quinta-feira, 6 de maio de 2010

Burzum - Belus


Artista: Burzum
Álbum: Belus
Data de lançamento: 8 Março 2010
Género: Black Metal, Dark Ambient
Editora: Byelobog Productions
Lista de faixas:



1 - "Leukes Renkespill (Introduksjon)"
2 - "Belus' Død"
3 - "Glemselens Elv"
4 - "Kaimadalthas' Nedstigning"
5 - "Sverddans"
6 - "Keliohesten"
7 - "Morgenrøde"
8 - "Belus' Tilbakekomst (Konklusjon)"

E Varg Vikernes já saiu da prisão. Após cumprir a sua pena após o assassinato de Euronymous - para mais informações, consultem a trágica história da lendária banda Mayhem - Varg já está livre e com um novo disco nas lojas. Sim, porque Burzum trata-se de uma "banda" constituída por muitos elementos: Varg Vikernes. Álbum que foi uma desilusão para alguns e algo razoávelzinho para outros. Varg já se demonstrou descontente com o estado actual do Black Metal, logo decidiu manter um estilo cru à antiga, com o Black Metal fresquinho, vindo de lá de cima, da Noruega. É bastante perdoável essa medida, até que nem é má ideia. Mas o que é que este homem não devia ter feito? Primeiro: arrastar a conclusão do álbum durante 10 minutos de sons ambiente/noise. Segundo: Usar vocais limpos não é muito o forte deste senhor. Terceiro: Não é só na conclusão, em geral este álbum é bastante drone e pode-se tornar aborrecido. Mas isso já não é bem defeito, desde sempre que a música de Burzum foi assim, com o rótulo de "Dark Ambient" e uma das músicas que acaba por ter maior aclamação é "Glemselens Elv" de 11 minutos, juntamente com a seguinte "Kaimadalthas' Nedstigning" - mesmo com os vocais limpos desafinados. Quarto: Mesmo que eu não tenha notado nada de errado nos vocais berrados de Varg, de acordo com as minhas pesquisas, muita alma ficou descontente com o trabalho vocal. De resto, a música safa-se sem se desencostar muito do razoável. Não é mau, até pelo contrário, mas não temos nada por aí além neste registo novo, e certamente que para um novo ouvinte que nunca tenha ouvido este projecto e gostar deste estilo, certamente que irá ficar excitado com o seu conteúdo. Mas de resto, fica-se a ponderar se com uma pausa de 11 anos, não dava tempo para fazer algo ainda melhor?

Avaliação: 6,9



quarta-feira, 5 de maio de 2010

Massive Attack - Heligoland


Artista: Massive Attack
Álbum: Heligoland
Data de lançamento: 8 Fevereiro 2010
Género: Trip Hop, Electronica
Editora: Virgin Records
Lista de faixas:



1 - "Pray for Rain" (com Tunde Adebimpe)
2 - "Babel" (com Martina Topley-Bird)
3 - "Splitting the Atom" (com Horace Andy)
4 - "Girl I Love You" (com Horance Andy)
5 - "Psyche" (com Martina Topley-Bird)
6 - "Flat of the Blade" (com Guy Garvey)
7 - "Paradise Circus" (com Hope Sandoval)
8 - "Rush Minute"
9 - "Saturday Come Slow" (com Damon Albarn)
10 - "Atlas Air"

Os Massive Attack estão de volta. Lendários, das principais figuras do Trip Hop e autores de clássicos intemporais como "Unfinished Sympathy" ou "Teardrop". E cá estão eles de volta com o seu primeiro registo de estúdio em 7 anos - a não ser que contem com a soundtrack "Danny the Dog", nesse caso já são 6 anos. É claro que uma banda deste calibre não se podia dar ao luxo de se desleixar num novo álbum, havendo uma pausa tão grande desde o último. Os Massive esforçaram-se bem para gravar a música habitual deles e de trazer uma boa dose de convidados. E que convidados! Pegando em alguns exemplos: Neste álbum, passam as vozes de Tunde Adebimpe, - dos TV on the Radio - Guy Garvey, - dos Elbow - e Damon Albarn - dos Blur e Gorillaz. Apenas alguns exemplos dos enormes e aclamados talentos que oferecem uma ajuda no disco. É claro, que falando da música dos Massive Attack, já é óbvio que não fale de música para qualquer um. Se gostam de música que mexa - literalmente - convosco, então chega à faixa 5 e já vão estar a ressonar alto. Mas para aqueles que adorarem aquela música verdadeiramente chill out... Então este disco - esta dupla, em geral - é uma maravilha... Sons electrónicos com batidas lentas, perfis drone nas canções e as vozes limpas, calmas e melancólicas. Se fecharem os olhos enquanto ouvem estas 10 canções, certamente que se deslocarão mentalmente para um outro lugar longínquo. Desde sempre que é essa a magia da música dos Massive Attack e neste "Heligoland" não falharam. Mesmo que não haja grande sobressalência deste álbum em relação aos outros - e para alguns funcione como apenas mais um - era isto que esta dupla Britânica deveria fazer. Principais destaques às 2 últimas faixas - uma delas contando com a gigante participação de Damon Albarn - e à participação da voz feminina angelical de Martina Topley-Bird, cuja voz já era conhecida por alguns dos discos de Tricky, um outro grande nome do Trip Hop que também já passou pelos Massive Attack. Estão de volta.

Avaliação: 8,0




Eluveitie - Everything Remains as It Never Was

Artista: Eluveitie
Álbum: Everything Remains as It Never Was
Data de lançamento: 19 Fevereiro 2010
Género: Folk Metal, Death Metal melódico, Metal Pagão/Céltico
Editora: Nuclear Blast
Lista de faixas:


1 - "Otherworld"
2 - "Everything Remains as It Never Was"
3 - "Thousandfold"
4 - "Nil"
5 - "The Essence of Ashes"
6 - "Isara"
7 - "Kingdom Come Undone"
8 - "Quoth the Raven"
9 - "(Do)minion"
10 - "Setlon"
11 - "Sempiternal Embers"
12 - "Lugdūnon"
13 - "The Liminal Passage"

Cito o líder da banda que afirmou este "Everything Remains as It Never Was" como um álbum mais Folk e mais Metal. O certo é que "Everything Remains as It Never Was" é um retorno à garra do Death Metal recheado de folclore céltico que a banda já tinha em "Slania". Entre esses 2 álbuns, fomos brindados com uma experiência nova para a banda Suiça, "Evocation I - The Arcane Dominion", um álbum mais leve, mais acústico, com vocais femininos predominantes. Um disco genial, mas agora temos de novo o que é doce: extremidade, peso e folclore pagão. É certo que não há nenhuma "Inis Mona" neste novo registo, mas a faixa-título e "Thousandfold" já têm o seu fascínio nas composições que já podem subir ao mesmo patamar desse hino retirado de "Slania". Os "brindes" espalhados ao longo do álbum, ou seja, as "Interludes", onde o Metal se retira por um pouquinho para descansar e ir fazer um pipi, e relaxamos a ouvir os instrumentos a fornecer-nos música que não é desta época - era este o tipo de faixas que muito se encontrava em "Evocation I". Quanto ao resto, temos aquele peso a inundar-nos o tímpano, que no entanto forma uma excelente aliança com os elementos folclóricos, para tomar duas formas completamente diferentes ao mesmo tempo. Em "Kingdom Come Undone" temos um riff que ao princípio até nos parece duma banda de Metalcore, até entrar a marca Eluveitie no meio, aí já identificámos logo os autores. No entanto, estou longe de achar que um termo como Folkcore faria sentido de alguma maneira... Mesmo que este grupo pratique um Death Metal à Sueca e ande lá a roçar. Em conclusão, trata-se de um excelente álbum de Folk Metal, um excelente álbum para juntar à colecção dos Eluveitie e se houver algum fã vivo que recuse este CD, então deve ter batido com a cabeça em algum lado, com muita força.

Avaliação: 8,8



terça-feira, 4 de maio de 2010

Rob Zombie - Hellbilly Deluxe 2

Artista: Rob Zombie
Álbum: Hellbilly Deluxe 2: Noble Jackals, Penny Dreadfuls and the Systematic Dehumanization of Cool
Data de lançamento: 2 Fevereiro 2010
Género: Hard Rock, Rock/Metal Industrial
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:


1 - "Jesus Frankestein"
2 - "Sick Bubble-Gum"
3 - "What?"
4 - "Mars Needs Women"
5 - "Werewolf, Baby!"
6 - "Virgin Witch"
7 - "Death and Destiny Inside the Dream Factory"
8 - "Burn"
9 - "Cease to Exist"
10 - "Werewolf Women of the SS"
11 - "The Man Who Laughs"

Rob Zombie! Sem dúvida um dos mais importantes e geniais músicos da era 90's-presente. Homem bastante ocupado, que no meio da sua carreira musical ainda arranja tempo para realizar uns filmezitos de terror, como ele bem gosta. No entanto, mesmo ocupado com o remake do filme "Halloween", Zombie arranjou tempo de lançar "Hellbilly Deluxe 2: Noble Jackals, Penny Dreadfuls and the Systematic Dehumanization of Cool", cujo nome mais vale ser abreviado para apenas "Hellbilly Deluxe 2", sequela de "Hellbilly Deluxe", de 1998, seu álbum de estreia a solo pós-White Zombie. Álbum que tem vindo a ser alvo de críticas mistas, pois uns acham este registo genial e outros lá complicam a coisa e insistem que não chega aos joelhos sequer, do primeiro "Hellbilly". Se Zombie tinha a intenção de igualar a qualidade da sua estreia a solo ou não, não sei... E se me vejo na obrigação de avaliar este disco, tendo em conta o primeiro, muito menos sei. O certo é que ouvindo este disco simplesmente como ele é, deixando o primeiro de parte, não me soou que faltasse alguma coisa de essencial. O que era necessário estava lá: Rock pesadote ricamente riffado, com arranjos industriais, a voz de Rob facilmente reconhecível, os refrões simples que nos fazem cantarolá-los baixinho sem nos apercebermos e uma ponta de humor negro nas letras influenciadas pelos filmes de terror que ele tanto gosta. E mais. Excelentes canções que há neste álbum e sinto-me na obrigação de destacar algumas, como "What?", "Cease to Exist" e a genial e épica "The Man Who Laughs" de 10 minutos com direito a um longo solo de bateria. Apenas alguns exemplos. Agora então, tendo em conta o primeiro "Hellbilly"... Realmente, talvez seja verdade que este 2º "volume", assim digamos, não tenha o mesmo impacto e a mesma qualidade imprevisível que o primeiro, mas temos que nos lembrar que Rob Zombie encontrava-se na sua fase de revelação, no seu pique de criatividade e na sua loucura de expressão ao lançar-se a solo após os White Zombie. Rob Zombie hoje já é um músico consagrado, com o seu devido mérito, com múltiplos talentos que ele crê - e muito bem - que deve utilizá-los todos. E no meio disso ainda vai lançando discos que nos soam à garra Zombie que todos nós gostámos de ouvir no carro, no iPod ou até mesmo nos nossos PC's quando temos todas as nossas músicas a reproduzir em modo aleatório. É esse o ponto de vista que prefiro. É desse ponto de vista que avalio.

Avaliação: 8,2



Ov Hell - The Underworld Regime


Artista: Ov Hell
Álbum: The Underworld Regime
Data de lançamento: 8 Fevereiro 2010
Género: Black Metal
Editora: Indie Recordings, Prosthetic Records
Lista de faixas:



1 - "Devil's Harlot"

2 - "Post Modern Sadist"
3 - "Invoker"
4 - "Perpetual Night"
5 - "Ghosting"
6 - "Acts of Sin"
7 - "Krigsatte Faner"
8 - "Hill Norge"

Ov Hell é um projecto que atrai. Um mero side-project que junta 2 grandes nomes de 2 das mais influenciais bandas do Black Metal: Shagrath - dos Dimmu Borgir - e King ov Hell - dos Gorgoroth. Soa interessante e quando sabemos do projecto, já estamos à espera de ouvir uma boa dose de Black Metal vinda directamente do país do bacalhau, e por outro lado também já sabemos que não vai ser nada por aí além e que se vai ficar apenas pelo "bom". A começar pelo facto de termos Shagrath nos vocais. A sua voz característica e reconhecível faz com que este Ov Hell soe inevitávelmente parecido com Dimmu Borgir sem os arranjos sinfónicos. A acompanhar esta dupla temos os talentosos Teloch e Ice Dale nas guitarras - King ov Hell toca baixo e fornece back vocals o que o faz passar algo despercebido num projecto com o seu nome... - e Frost - já com fama dos Satyricon e dos 1349 - na bateria. Esses senhores fazem um bom trabalho no que toca a "riffar". Mesmo que se mantenha no básico de Black, já é bastante bom. Ao longo de todo o disco temos introduções e outros que de certa forma servem para alongar o disco - que ainda assim se fica pelos 37 minutos - e mesmo que por vezes esses elementos sejam dispensáveis, aqui acabam por soar bem e adequados - nada como essas tretas de Pornogrind. E em geral é um álbum com pouco ardiúme, não ultrapassando muito o razoável, com practicamente uma ausência de canções memoráveis, sendo todas boas, mas nada que daí passe. Destaco apenas talvez a "Ghosting". E de novo menciono o factor Dimmu Borgir: impossível seria termos um disco com Shagrath a liderar os vocais e acabarmos mal servidos desses vocais. A voz do Noruguês encontra-se em óptima forma... Soando a Dimmu Borgir... Mas tendo em conta as composições não-sinfónicas, soa a Dimmu Borgir desmazelados. Mas deixando de ser tão mauzinho, é um bom disco de Black Metal - afinal de contas, grandes nomes estão aqui, seria impossível fazerem algo mau - só está muito aquém de ser dos mais notáveis lançamentos deste ano, no estilo e limita-se a ser um bom disco para abanar uns quantos pescoços, com a dose ideal de peso e extremidade. Não deixa de ser bom.

Avaliação: 7,0




segunda-feira, 3 de maio de 2010

Lil Wayne - Rebirth

Artista: Lil Wayne
Álbum: Rebirth
Data de lançamento: 2 Fevereiro 2010
Género: Hip Hop, Rap Rock, Rap Pop, Electropop, Electro Hop
Editora: Cash Money Records, Young Money Entertainment
Lista de faixas:


1 - "American Star" (com Shanell)
2 - "Prom Queen" (com Shanell)
3 - "Ground Zero"
4 - "Da Da Da"
5 - "Paradice"
6 - "Get a Life"
7 - "On Fire"
8 - "Drop the World" (com Eminem)
9 - "Runnin'" (com Shanell)
10 - "One Way Trip" (com Kevin Rudolf)
11 - "Knockout" (com Nicki Monaj)
12 - "The Price Is Wrong"

Quais as razões para que os fãs de Lil Wayne esperem tanto por "The Carter IV"? Um "We Are Young Money" gravado pelos vários artistas da editora "Young Money Entertainment" cuja intenção do seu lançamento ainda não parece ter sido explicada. E a desilusão fantasmagórica que foi esta tentativa de inovação "Rebirth". Simples. Lil Wayne tentou fazer algo de fantástico. Pegou no seu Hip Hop, juntou-lhe uma costelazinha Rock para dar um ar de bad boy, mais os sintetizadores Pop e fez uma absoluta michorda de Pop/Rock/Rap. Não é uma má ideia no papel, mas passando para o disco soa como se Lil Wayne pegasse nos 3 estilos, pusesse um pouquinho de cuspe por cima e atirasse à parede para ver quais é que colavam, para fazer canções quase aleatoriamente compostas. Maior parte do álbum com músicas a evitar - "Ground Zero" nem me lembro como é, não tive ponta por onde lhe pegar e "The Price Is Right", porque não me lembro de ter ouvido a expressão "OK" ser utilizada tantas vezes seguidas numa música só... Apenas alguns exemplos. E queria evitar falar no assunto, mas tem que ser: Lil Wayne quis dar uma de T-Pain e em quase todas as faixas, anda a espalhar a sua graça através de vocais distorcidos e computadorizados... O que também dói bastante é o facto de que o pouco de relativamente bom que há neste álbum, consiga torná-lo pior. A participação de Eminem, com a sua voz reconhecível e agradável - esta já não estava distorcida! - foi uma luz a iluminar todo este disco. E só das faixas 8 a 10 é que temos refrões algo interessantes. O que lhe fica mal é que para isso teve que mandar vir gente de fora... E é por isso então que acho que já tenho aqui uma justificação - plausível, creio eu - para que este álbum seja para esquecer e para que os seus fãs continuem à espera da 4ª parte de "The Carter"... Vá lá, Wayne, tu nunca foste um mau rapper...

Avaliação: 3,6



domingo, 2 de maio de 2010

Aborted - Coronary Reconstruction EP


Artista: Aborted
Álbum: Coronary Reconstruction
Data de lançamento: 14 Janeiro 2010
Género: Brutal Death Metal, Deathgrind, Goregrind
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:


1 - "Coronary Reconstruction"
2 - "From a Tepid Whiff"
3 - "Grime"
4 - "A Cadaverous Dissertation"
5 - "Left Hand Path" (cover de Entombed)

5 músicas. Muita brutalidade. Um simples EP composto por apenas 5 músicas para demonstrar o potencial do novo line-up destes Belgas praticantes de música extrema. Também serve, de certa forma, como aperitivo para o próximo registo full-lenght de estúdio deste quinteto. A música, por muito básica que seja dentro do Death brutal/Deathgrind é o que se pode esperar vindo dos Aborted. As estruturas são elas como as bem conhecemos e levamos com uma boa dose de sangue, tripas e vómito a cada verso grunhido por Sven de Caluwe. Os riffs, em conjunto com a bateria doentia são bastante sugestíveis a destruição e acabam eles mesmo por nos transmitir tanta carnificina como os vocais. Os vocais saltam entre o grunhido e o berrado "vomitado", soante a desespero. De resto, ainda temos outros elementos previsíveis, como a introdução arrepiante de "Coronary Reconstruction" e outros mais inesperados como sons flatulentos no final de "From a Tepid Whiff". Para quem gostar deste estilo, certamente que se irá babar com estes 5 temas e por muito bom que seja, o que se pede é mais e ficamos à espera do próximo registo de estúdio com 11, 12 temas no mínimo. Em 20 e poucos minutos, a brutalidade passa muito depressa...

Avaliação: 6,7



sábado, 1 de maio de 2010

[Clássico do Mês] Kiss - Revenge


Artista: Kiss
Álbum: Revenge
Data de lançamento: 19 Maio 1992
Género: Hard Rock, Heavy Metal
Editora: Mercury Records
Lista de faixas:



1 - "Unholy"
2 - "Take It Off"
3 - "Tough Love"
4 - "Spit"
5 - "God Gave Rock 'N' Roll to You II"
6 - "Domino"
7 - "Heart of Chrome"
8 - "Thou Shalt Not"
9 - "Every Time I Look at You"
10 - "Paralyzed"
11 - "I Just Wanna"
12 - "Carr Jam 1981"

Eu sei, eu sei, este álbum já foi lançado em 1992, os Kiss já há muito tempo que não "atinavam a fazer um disco como deve ser" - serei o único a gostar de todos? - e que em 1992 já nem valia a pena perder o precioso tempo a ouvir discos dos Kiss - diziam pessoas. Mas porquê um clássico, este "Revenge"? O certo é que este é um dos muitos álbuns que na sua simplicidade se torna divertidíssimo de ouvir. A verdade é que realmente os discos dos Kiss deixaram de ser provas de originalidade e imaginação e tudo o que este quarteto tinha a revolucionar, fê-lo nos 70's. Daí para a frente, seguiu-se a junção à massa do Glam Metal nos 80's, com remoção das maquilhagens e uma via férrea musical que foi seriamente seguida constantemente ao longo dos anos. Nem intenção de inovar tinham eles. Apenas limitavam-se a fazer discos para que os fãs fiéis os ouvissem enquanto saltavam na cama e para que alguns semi-fãs aumentassem o volume da rádio, quando desse a "Crazy Crazy Nights". Logo, pego neste "Revenge" como um clássico pela diversão que me consegue fornecer. Sigam a experiência que tive com um amigo meu na sua garagem: No meio de uma relativamente vasta colecção de discos de vinil, escolham este "Revenge" e reproduzam-no no vosso leitor. Podem fazer como nós, a uma sexta-feira à tarde, com alguns vizinhos a rondar essa mesma garagem - trata-se dum prédio. Mal comece a "Unholy", ponham o volume no máximo, ou perto do máximo, dependendo das colunas que possuam. Sintam o chão a tremer. Ouvir o disco inteiro ou não, fica ao vosso critério. Sintam os riffs básicos mas bons e os refrões simples mas catchy a ecoar por toda a garagem. Dancem - mas calma lá com o que fazem - ao longo do vosso espaço e podem até cantar, se a música estiver suficientemente alta, mal se conseguem vocês ouvir a vocês próprios. Assim que acabem, retirem o disco do leitor e voltem a colocar o que o pai do dono da garagem tinha lá anteriormente - não estávamos a esconder nada dele, apenas quisemos fazer assim. Deixem a vossa garagem e se algum vizinhos vos vir, já fica a saber que estão a lidar com jovens que ainda gostam de "curtir" um bom Hard Rock à antiga - eu disse "jovens"? Por amor de Deus, não há idade para ouvir música. Certamente que ao final acabarão sentindo-se lindamente com um álbum simples mas suficientemente bom para vos marcar por dentro. E após esta experiência, senti-me na obrigação de incluir o "Revenge" na minha lista de clássicos. Ah sim, e "God Gave Rock 'N' Roll to You II" é hoje um hino!