quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ozzy Osbourne - Scream


Artista: Ozzy Osbourne
Álbum: Scream
Data de lançamento: 11 Junho 2010
Género: Heavy Metal, Hard Rock
Editora: Epic Records
Lista de faixas:


1 – “Let It Die”
2 – “Let Me Hear You Scream”
3 – “Soul Sucker”
4 – “Life Won’t Wait”
5 – “Diggin’ Me Down”
6 – “Crucify”
7 – “Fearless”
8 – “Time”
9 – “I Want It More”
10 – “Latimer’s Mercy”
11 – “I Love You All”

Há cientistas que se dão ao trabalho de procurar a razão para Ozzy Osbourne ainda estar vivo. Mas para os fãs, com certeza que o que os deixa mais curiosos é como Ozzy Osbourne ainda consegue fazer a música que faz. 61 anos, maior parte deles preenchidos por uma vida de abusos, e no entanto aí está ele ainda de pé e com um novo disco nas lojas. E mesmo que uns achem que o álbum mostra um Ozzy fora de forma, obrigado a usar tecnologias para o ajudar na voz e com falta de imaginação… Depois de o ouvir, eu achei precisamente o contrário. Ozzy parece manter-se com a mesma força que ainda tinha há uns bons anos atrás, tudo o que foi usado na voz de Ozzy pareceu-me antes para dar efeitos artísticos – como na faixa de abertura “Let It Die” – do que para “ajudar” ou para disfarçar alguma coisa. Disco pouco imaginativo? Não, a cada faixa que ouvia sentia-me bastante deliciado com o conteúdo. Em vez de, simplesmente sentar-me e ouvir o álbum à espera de levar com uma enchorrada de originalidade, um jovem Ozzy, um novo “Blizzard of Ozz”, mais uma obra-prima para se juntar aos trabalhos dos Black Sabbath. Não, preparei-me para um disco repleto de bom Metal tradicional modernizado, bons riffs, esperava a voz reconhecível de Ozzy – quer se note a idade ou não, se ele tivesse a voz de um jovem adolescente, isso sim seria estranho – e também esperava refrões estrondosos que quase nos levam mentalmente a um espectáculo do senhor, com o público todo a acompanhá-lo em uníssono. O single “Let Me Hear You Scream”, os riffs de “Let It Die”, “Diggin’ Me Down”, “I Want It More” ou “Latimer’s Mercy” são pérolas para o “headbanger”, e são um dos principais ingredientes para um bom álbum de Metal/Hard Rock – é claro que há que ter em conta o resto e quanto a esse resto também não tenho razões de queixa - ; a mais caalma “Time”, que não podia falhar, pois um disco de Ozzy sem uma balada não é um disco de Ozzy; traços em “Soul Sucker” que nos remontam a “Miracle Man” apesar de técnicas diferentes; e ao fim temos “I Love You All” uma pequena faixa em que Ozzy parece despedir-se, agradecendo e dizendo “God bless you”, que talvez soe estranho para aqueles que o viam como adorador do Diabo. É claro que as opiniões variam e certamente andará por aí muito boa gente a achar este disco desapontante e desinteressante, mas também há uns como eu, muitos fãs deste homem que acharam o disco simplesmente genial e excelente. De certeza que não queres gravar mais um, Ozzy?


Avaliação: 9,1

terça-feira, 27 de julho de 2010

Rhapsody of Fire - The Frozen Tears of Angels


Artista: Rhapsody of Fire
Álbum: The Frozen Tears of Angels
Data de lançamento: 30 Abril 2010
Género: Power Metal sinfónico
Editora: Nuclear Blast
Lista de faixas:

1 – “Dark Frozen World”
2 – “Sea of Fate”
3 – “Crystal Moonlight”
4 – “Reign of Terror”
5 – “Danza di Fuoco e Ghiaccio”
6 – “Raging Starfire”
7 – “Lost in Cold Dreams”
8 – “On the Way to Ainor”
9 – “The Frozen Tears of Angels”


Como poderiam os Rhapsody of Fire falhar, fazendo o seu habitual estilo de música, seguindo uma saga? E como é que seria possível os fãs ficarem descontentes com este lançamento – que não passa de música de Rhapsody of Fire, tal como ela é – após uma paragem forçada de 4 anos desde o último lançamento? E temendo que este texto fique com demasiadas perguntas, vou só acrescentar mais uma: Isto soa semelhante aos registos anteriores da saga… Que mais haveria a acrescentar ao estilo? Tudo o que aqui se encontra é Rhapsody of Fire aos quais nos habituamos nestes últimos anos. Tem tudo o que é requerido: Aquela instrumentalização de marca, composta de riffs técnicos e rápidos, passando por partes mais lentas, as partes orquestrais fornecendo aquele tom épico, as letras conceptuais que nos contam uma história – que já vem dos 2 anteriores álbuns – sem se perder numa história fantasiosa de encantar com dragões. As guitarras de Luca Turilli e Dominique Leurquin encontram-se em excelente harmonia e a voz de Fabio Lione se não está na mesma forma que anteriormente, está melhor ainda. As canções são precisamente tudo aquilo que se esperava e há 3 destaques: a épica de 11 minutos “The Frozen Tears of Angels”, cuja composição é daquelas progressivas, habituais nas faixas de longa duração; “Reign of Terror”, uma música dura e poderosa, merecedora do destaque de single; e a medieval cantada na língua-mãe deste grupo Italiano “Danza di Fuoco e Ghiaccio”, que torna-se algo simplesmente diferente. Não é um cúmulo de entusiasmo este disco, mas é simplesmente Rhapsody of Fire. O que os fãs queriam. A reciclagem musical deste grupo não é negativa, se já fazem música boa tão moldável…

Avaliação: 7,9




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Nonpoint - Miracle


Artista: Nonpoint
Álbum: Miracle
Data de lançamento: 4 Maio 2010
Género: Hard Rock, Metal alternativo, Nu Metal
Editora: 954 Records
Lista de faixas:


1 – “Shadow”
2 – “Miracle” (com Chad Gray)
3 – “Crazy”
4 – “Frontlines”
5 – “Looking Away”
6 – “Electricity”
7 – “What You’ve Got For Me”
8 – “Throwing Stones”
9 – “5 Minutes Alone” (cover dos Pantera)
10 – “What I’ve Become”
11 – “Dangerous Waters”
12 – “Lucky #13”
13 – “Dead Soul” (faixa escondida)


Novo álbum de Nonpoint. Eles já estavam a avisar com um EP acústico lançado no início do ano. Portanto os que não gostam deste estilo ao qual chamam Nu Metal, que apenas o nome do estilo já causa alguns ataques de pânico, mantenham-se afastados disto. Mesmo que nos dias de hoje seja difícil fazer Nu Metal propriamente dito e quase todas as bandas tenham partido para um som de Metal alternativo mais generalista e virado para o Hard Rock do que aquele que se fazia em finais de 90’s/início de 00’s. Portanto os Nonpoint são mais uns desses que acabam por se submeter à simplicidade do estilo, tirando-lhe o rótulo de Nu Metal, simplesmente porque esse estilo já não é moda. No entanto esses novos caminhos tomados ainda se mantêm dentro do seguro e não há maneira de os antigos fãs deixarem de gostar, porque a base acaba por se manter praticamente a mesma. Quando toca a descrever este álbum, pouco há a dizer. É a música habitual dos Nonpoint, feita de umas boas melodias, temos bons riffs memoráveis, pondo em prática o novo guitarrista, Zach Broderick. A voz de Elias Soprano mantém-se como habitualmente, em forma, de modo a que faça com que os fãs adorem a voz rouca reconhecível e os haters odiar a voz rouca irritante. Um bom trabalho de produção por parte de Chad Gray, vocalista dos Mudvayne, em conjunto com o guitarrista Greg Tribbett, seu companheiro de banda. Para acrescentar, também há uma cover dos Pantera, que apesar de não acrescentar nada novo à música, encontra-se muito bem interpretada. E um ponto interessante: a faixa escondida “Dead Soul” que acaba por ser talvez a coisa mais diferente que os Nonpoint já fizeram, uma balada à base de piano. Muito difícil seria fazer algum hino estrondoso como “Bullet with a Name”, “Endure”, “Alive and Kicking” ou “What a Day”, mas não é por isso que este disco se torna aborrecido de ouvir. De forma alguma. Ainda há bastante diversão nas faixas aqui apresentadas e a música “Miracle” é realmente muito boa e com algum tempo pode vir a juntar-se aos maiores títulos da carreira destes Americanos e como uma das suas melhores canções. Antigos fãs… Juntem este CD às prateleiras e vão aos concertos, que vai valer a pena, na mesma.

Avaliação: 6,9


Darkthrone - Circle the Wagons


Artista: Darkthrone
Álbum: Circle the Wagons
Data de lançamento: 5 Abril 2010
Género: Crust Punk, Heavy Metal, Speed Metal, Black Metal
Editora: Peaceville Records
Lista de faixas:


1 - "Those Treasures Will Never Befall You"
2 - "Running for Borders"
3 - "I Am the Graves of the 80's"
4 - "Stylized Corpse"
5 - "Circle the Wagons"
6 - "Black Mountain Totem"
7 - "I Am the Working Class"
8 - "Eyes Burst at Dawn"
9 - "Bränn inte slottet"


Se muitos fãs de Darkthrone se sentem frustrados por esta dupla Noruguesa ter-se afastado das suas raízes de Black Metal, então não vai ser este álbum que os vai animar. Este "Circle the Wagons" já se torna num abandono total do som cru do Black Metal Noreguês que este grupo praticava nos seus tempos em inícios/meados de 90's. Isto trata-se de um estilo característico dos Darkthrone, algo entre um "Heavy/Speed Metal/Punk" onde de Black Metal já há quase nada. É de tirar o chapéu, a forma como Nocturno Colto e Fenriz seguem a fazer música como lhes dá a real gana, fazendo antes para eles do que para os fãs, mesmo depois de terem estado submetidos a inúmeras críticas pela mudança de estilo - é claro, que ainda há os fãs fiéis que se mantêm contentes. Vendidos ou traidores, ou o que seja, os Darkthrone podem ter deixado muita coisa de lado mas houve uma coisa que conseguiram manter e bem: criatividade. Fora com as letras de natureza Satanista, e entram letras que ainda que se mantenham algo "negras", já são mais aleatórias e viradas para a diversão. Fora com os vocais berrados de gargantas a ponto de sangrar, entra a alternância das vozes limpas -ou semi-limpas- dos dois membros, por vezes dando efeitos cómicos às canções. Fora com os riffs técnicamente crus, fornecedores de ambientes obscuros, entram os riffs rápidos que nos levam a uns tempos antigos do Punk e do Speed Metal. Fora o estilo "underground" de gravação feito de propósito para soar como se fosse gravado numa cave húmida e poeirenta, entra alguma melhoria na produção, mesmo que ainda assim mantenha uma sonoridade muito crua e não muito cuidada. Fora com a corpse-paint! E apesar de isto já ter sido visível nos dois últimos discos, com este "Circle the Wagons", só se confirma que os Darkthrone têm intenções de manter este som e já mostraram que se sentem bastante contentes e confortáveis a fazer música dessa forma. E mesmo que não seja isto que os velhos fãs queriam que eles fizessem e que não sejam os mesmos Darkthrone de há uns anos atrás, não deixa de ser um disco divertido de se ouvir...

Avaliação: 7,6



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Underground Penetration

Nova secção do blog onde pesquiso por talentos desconhecidos através dos seus MySpace, canais de YouTube, entre outros. Porque a boa música não está só no mainstream...



Pomplamoose-
Um projectozinho de Indie Rock/Jazz suavezinho, com a voz doce de Nataly Dawn. Talvez seja o mais próximo que por aqui ande de "mainstream", devido à sua larga base de fãs. Uma dupla admirável pela sua capacidade de composição de melodias suaves, orelhudas e viciantes e pela multi-instrumentalização de cada um. Mais impressionante do que as suas canções originais, apenas as covers de outras canções famosas. O grupo tira partido do facto de ter um estilo de música próprio e único para poderem tocar as versões de clássicos, de forma inigualável. Vale a pena espreitar.

Avaliação: 8,9
MySpace dos Pomplamoose



Visceral Infection-
Gostam daquele Death Metal brutal, que quando o ouvem parece que levam com uma enchorrada de sangue, tripas e vómito? Então vão adorar este trio Polaco e a sua música grotesca, pouco técnica. Isto não se trata nada de composição musical, melodias ou solos técnicamente difíceis. É mesmo só riffs de abanar o pescoço, baterias a ecoar (a sério, prestem atenção à bateria... isso quando não conseguirem sequer ouvir outra coisa) e vocais que não passam de "guttured" e "squeals" sem seguir qualquer letra... Se não gostam disto, bem que podem afastar-se disto... Não é para os ouvidos de qualquer um... O mais dispensável... Intros e Outros típicos do Porno/Gore Grind, que distraem/estorvam no meio de toda a brutalidade que se encontra nas curtas canções...

Avaliação: 7,3
MySpace dos Visceral Infection



InderborN-
Fãs de Marilyn Manson, afastem-se disto! Esta banda nacional não parece estar muito familiarizada com o termo "singularidade". O vocalista esforça-se demasiado para soar igual a Manson. Mas não soa a Manson. Soa exactamente a alguém a tentar forçosamente imitar o Manson, o que apenas piora. E como se não bastasse os vocais e a abordagem industrial da música, ainda há a postura da banda. O vocalista da banda sente que deve ter em palco os tiques do Sr. Brian Warner... E isso não fica nada bem... A cereja no topo do bolo? Bem... Ouçam o primeiro minuto de "Loathsome Fuck" e digam lá se não parece que Marilyn Manson se desleixou e decidiu gravar um disco rasca sem investimento na produção?

Avaliação: 3,0
MySpace dos InderborN



DJ Paul Master-
Decidi também incluir de vez em quando um DJ nesta porra. O que é algo arriscado, visto que não sou grande apreciador do DJ'ing... Que é que posso dizer? Que este jovem (diz ser Sanjoanense, então é daqui destes lados, anda aqui perto de mim) deve seguir um pouco a filosofia do "dançar até cair". No seu MySpace apenas se encontram 4 faixas intituladas como "Maio 2008", nenhuma delas tendo menos de 10 minutos. E que é que eu digo então acerca da música? Não é mais do que beats rítmicos para abanar o público e um bom uso de samples (talvez use um pouquinho as samples demais, não sei). Ao ouvir, temos a imagem de um adolescente semi-consciente de copo na mão a abanar o corpo, sabendo que amanhã não se lembra do que fez. Não é uma imagem bonita, mas é o que se tem. Mas se é para animar festas, então que dizer sobre DJ Paul Master? Com certeza que está a fazer um bom trabalho. Talvez o possam chamar para animar uma das vossas festas. Mas peçam para ele não tocar samples da "I Know You Want Me". Essa música já se tornou algo... er... repulsiva...

Avaliação: 6,8
MySpace de DJ Paul Master



Godvlad-
Já há um tempo que me fiz amigo deste grupo no Hi5, no entanto, apenas há pouco tempo é que fui ouvir. Uma banda nacional de Metal Gótico, que já anda a trabalhar no álbum de estreia... Já há "teasers" no MySpace da banda... E o que ouvi aí, agrada-me muito. O grupo sabe o que está a fazer e nas canções temos uma soberba administração de vocais femininos com grunhidos (parabéns às fantásticas vozes de ambos), enquanto são acompanhados por belíssimos riffs. Não é nada de novo no género, mas dá gosto ouvir que esta banda ainda toca o género com muita garra, gosto e sabendo o que faz e não só porque é giro tocar determinado estilo. Apenas aquelas 4 canções disponíveis no MySpace demonstraram-se bem agradáveis, extremamente bem "polidas" para uma banda amadora, digamos assim, e já abrem uma certa sede para que o álbum de estreia saia por fim cá fora. Se é para soar melhor ainda do que aquelas demos disponíveis online, então que venha daí o álbum!

Avaliação: 9,2
MySpace dos Godvlad



-Se lerem isto e tiverem o vosso projecto amador, a expôr a música online, sintam-se à vontade de deixar nos comentários um pedido para que ouça e avalie. Os textos mais negativos não servem de forma alguma para rebaixar os artistas, mas mais para os encorajar a melhorar, e ao fim e ao cabo, isto é apenas entretenimento e a minha opinião.-

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fear Factory - Mechanize


Artista: Fear Factory
Álbum: Mechanize
Data de lançamento: 5 Fevereiro 2010
Género: Metal Industrial, Groove Metal
Editora: Candlelight Records, AFM Records
Lista de faixas:


1 – “Mechanize”
2 – “Industrial Discipline”
3 – “Fear Campaign”
4 – “Powershifter”
5 – “Christploitation”
6 – “Oxidizer”
7 – “Controlled Demolition”
8 – “Designing the Enemy”
9 – “Metallic Division”
10 – “Final Exit”


Fear Factory. Um dos mais aguardados regressos no mundo do peso, desde que o grupo decidiu parar e dedicar-se a outros projectos paralelos em 2005 após “Transgression”. Logo, quando se ouve falar em disco novo deste quinteto – com um alinhamento agradável que já demonstrou que resulta – o que se espera é aquela mesma garra e peso que os FF nos forneciam nos seus tempos de ouro, nos anos 90. Já conhecemos bem esta banda pela sua genialidade e brutalidade, a sua capacidade de tornar a música discretamente experimental e a inovação, ao inserir elementos industriais em Metal Groove/Alternativo de vocais grunhidos, tornando-o assim um parente também da música Death. Este novo “Mechanize” não é nada de novo e não é algo de deixar os ouvintes boquiabertos com as inovações épicas exclusivas nunca antes ouvidas. Qualquer fã de Fear Factory que vá para ouvir este disco, já deve saber de antemão o que vai ter. Metal Groove de riffs “thrashados” acompanhados de música industrial. A música torna-se brutal e agradável para o ouvido daquele que se elevar mais com um riff “catchy” e bem estruturado. Os vocais de Burton C. Bell – que lá fazem vagamente lembrar os de Jens Kidman dos Meshuggah – para adicionar ali mais aquela pitada de peso, para que o fã que aguardava este lançamento não se desiluda. Ao final da audição, temos o costume dos Fear Factory, mas não fica a sensação de “mais um”. Porque não há como negar o impacto destes riffs e a capacidade dos Fear Factory em manter sempre a mesma base musical, de modo a que se mantenham sempre frescos e “recicláveis”. Valeu a pena a espera afinal?

Avaliação: 7,9


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bullet for My Valentine - Fever


Artista: Bullet for My Valentine
Álbum: Fever
Data de lançamento:
28 Abril 2010
Género: Heavy Metal, Hard Rock, Metalcore (?)
Editora:
Jive Records
Lista de faixas
:

1 – “Your Betrayal”
2 – “Fever”
3 – “The Last Fight”
4 – “A Place Where You Belong”
5 – “Pleasure and Pain”
6 – “Alone”
7 – “Breaking Out, Breaking Down”
8 – “Bittersweet Memories”
9 – “Dignity”
10 – “Begging for Mercy”
11 – “Pretty on the Outside”

Os Bullet for My Valentine são daquelas bandas que não se sabe o que há em maior quantidade. Pessoas que os adoram ou que os odeiam. Classificados com o indesejável rótulo de Metalcore, este quarteto Inglês neste terceiro registo de estúdio, procura afastar-se desse género e fazer um disco de Heavy Metal mais generalista, mais influenciado por Hard Rock. Os berros estão lá na mesma, claro e os riffs mais virados para o Hardcore também. No entanto a audiência que eles procuram com este novo disco é algo mais ampla do que aquela dos que ouviam "Scream Aim Fire" e "Suffocating Under Words of Sorrow". De qualquer das formas, a qualidade musical do grupo encontra-se igual. Mainstream ou não, os Bullet for My Valentine são uma boa banda de Metal. E mesmo que a sonoridade deste álbum não seja assim tão afastada da dos dois anteriores álbuns para que os não-apreciadores mudem de ideias, tem o suficiente para expôr o potencial da banda. Os riffs simples mas técnicos, a boa administração de vocais limpos/berrados de Matthew Tuck e sem esquecer o impacto dos seus refrões. A balada "A Place Where You Belong" parece ter sido escrita para andar aí lado a lado com "All These Things I Hate" ou "Tears Don't Fall"; "Fever" usa um conteúdo lírico mais para "aquecer" as coisas; o single "The Last Fight" torna-se imediatamente um hino de concertos e já parece ter sido escrito com o intuito de encher uns estádiozitos e pôr o pessoal a vibrar com a música; "Alone" é aquela obra-prima que já quase todos os críticos - até mesmo os que não gostaram - se viram obrigados a levantar os braços e a admitir que é uma excelente canção e não se trata de uma composição comum; e é preciso algo muito forte para nos retirar da mente os refrões de "Your Betrayal", "Bittersweet Memories" e "Pretty on the Outside". É disso que se trata este disco. Os Bullet escolheram um outro caminho, muito próximo do anterior, para a gravação deste terceiro registo e é bom. É certo que não vai ser nada de estrondoso, pois esta banda continua a fazer música para a juventude e não consegue esticar a sua música assim tanto, para se alargar fora dessas bordas, mas para o que é, é um álbum muito bom. E quer gostem ou não, os Bullet for My Valentine são uma banda muito boa...

Avaliação: 8,8



Remodelação de blog...

Bem, já lá vai meio ano desde que comecei este blog... E nunca consegui com que ele obtivesse grande popularidade... Com uma sondagem "pedi-vos ajuda", ou seja, pedi-vos sugestões para uma melhoria do blog e formas para o tornar mais atractivo. Após a análise dos resultados, deu facilmente para perceber que a maioria quer que eu faça algo mais do que apenas reviews, e pedem que eu adicione outros tipos de artigos a este espaço.

Sendo assim, as críticas vão continuar por aqui, mas a partir de agora vai haver muito mais do que apenas textos maçudos, seriamente estruturados e com uma pinguinha de pseudo-intelectualismo, só para ficar mais bonito. Mais e diferentes artigos, novas secções e mais sentido de humor vai passar por aqui.

Também reparei que houveram vários votos a pedir para que não me fixasse apenas no actual. Portanto vou dar asas à minha pesquisa e ter por aqui álbuns de qualquer ano ou década. Não há limites, é só música.

E apesar de não ter tido grande destaque, algumas pessoas também quiseram mais secções especiais para além do "Clássico do Mês". Também vou ver o que faço quanto a isso...

Portanto, acompanhem este blog que agora vai haver muito mais, até de vez em quando umas listinhas lamechas para agradar outras populações. Tudo para atrair mais pessoal... Logo, tecnicamente, posso dizer que me VENDI COMPLETAMENTE!!!

Uma musiquinha até ao próximo artigo?


sábado, 3 de julho de 2010

[Clássico do Mês] Aerosmith - Get a Grip


Artista: Aerosmith
Álbum: Get a Grip
Data de lançamento: 20 Abril 1993
Género: Hard Rock, Heavy Metal, Blues Rock
Editora: Geffen Records
Lista de faixas:



1 - "Intro"
2 - "Eat the Rich"
3 - "Get a Grip"
4 - "Fever"
5 - "Livin' on the Edge"
6 - "Flesh"
7 - "Walk on Down"
8 - "Shut Up and Dance"
9 - "Cryin'"
10 - "Gotta Love It"
11 - "Crazy"
12 - "Line Up"
13 - "Can't Stop Messin'"
14 - "Amazing"
15 - "Boogie Man"

Os Aerosmith supostamente já tiveram o seu tempo. Durante os anos 70, a banda de Steve Tyler era uma das mais importantes bandas do panorama Hard Rock, com gotas de Blues. Assim que ficaram sóbrios e despareceram, pareceu o fim. No entanto, uma colaboração com os Run DMC trouxe-os de volta e de uma forma talvez mais comercial. Quando chegaram a 1993, chegaram com este disco que já soava gasto e não soava a Aerosmith. Ou não. É verdade que os vídeos dos singles deste álbum receberam uma certa heavy rotation por parte da MTV, e a balada "Crazy" á ainda hoje das mais gastas, talvez a mais gasta depois da "I Don't Want to Miss a Thing". Mas isso não quer dizer nada. Este não é o melhor álbum dos Aerosmith, nem parecido, mas é um marco importante na carreira deste quinteto lendário. Disco que os introduziu na década de 90, adaptando-se ao som da década, mas mantendo o "cheirinho" Aerosmith. Canções como "Eat the Rich", "Get a Grip", "Shut Up and Dance" e muitas mais são excelentes canções de Hard-Rockalhada que não nos deixam parar quietos, em especial a "Get a Grip" e aquele brilhante refrão - e essa música começa com um arroto... tão giro. O inquestionável talento desta banda em criar power ballads de derreter que já tinha sido evidente em outras canções anteriores como "Dream On" ou "Angel" está aqui em presente em canções que já deram para singles, como a intemporal "Crazy", "Cryin'", feita na mesma base para agradar os que já estão acostumados e pedem mais, e se não estiverem fartos ainda têm a "Amazing". Se não gostarem disso, então não é uma boa escolha ouvi-las, mas podem ficar com as canções de estádio, de mexer o corpo, de pedir por mais, que é o que resta no disco. E sinto-me obrigado a dar destaque ao grande single deste álbum - "Livin' on the Edge". Redundância tolerável - quase requerida -, refrão tão simples que se torna bastante grosso, excelente trabalho instrumental de cada membro da banda, um bom riff memorável que tem que constar no baú de pérolas do Hard Rock, ou pelo menos, no mínimo, uma caixinha de jóias; excelente solo inesquecível de Joe Perry, muito bom trabalho vocal de Steve Tyler e temos um hit - nem sempre isso significa má música, até porque o termo e os critérios requeridos para o alcance desse termo é que têm vindo a ser degradados com o tempo - enfim, uma das canções mais importantes da carreira dos Aerosmith. Todo o álbum em si pode ser resumido a essas características que apresentei, enfim, mas há-que dar maior destaque a essa canção porque é de facto, um ponto histórico - mesmo que não seja dos mais gigantes - da carreira destes Americanos. O disco ainda conta com a participação de outros músicos reconhecidos como Lenny Kravitz, Don Henley, Desmond Child e outros mais. É como já disse, não é dos melhores álbuns dos Aerosmith e muito menos se aproxima dos piores - se é que esta banda tem algum mau álbum - mas é bastante divertido e no meio da prateleira não é de ficar esquecido e ainda há-de ter umas reproduções repetidas. Eu sei que comigo é assim. É inesquecível, encaremos.