terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Chiodos - Illuminaudio


Artista: Chiodos
Álbum: Illuminaudio
Data de lançamento: 5 Outubro 2010
Género: Post-Hardcore
Editora: Equal Vision Records
Lista de faixas:

1 – “Illuminaudio”
2 – “Caves”
3 – “Love Is a Cat From Hell” (com Vic Fuentes dos Pierce the Veil)
4 – “Modern Wolf Hair”
5 – “Notes in Constellations”
6 – “Scaremonger”
7 – “His Story Repeats Itself”
8 – “Let Us Burn One”
9 – “Hey Zeus! The Dungeon”
10 – “Stratovolcano Mouth”
11 – “Those Who Slay Together, Stay Together”
12 – “Closed Eyes Still Look Forward”

Para muitos, Chiodos é Craig Owens. Ao sair esse vocalista e ser substituído por Brandon Bolmer dos defuntos Yesterdays Rising, pronto, já não vale tanto a pena. É o que alguns fãs chegam a pensar quando se dá uma mudança de vocalista – a mudança de baterista já parece não ter feito assim tanta diferença quanto o vocalista. Mas, porquê, afinal? Craig Owens era, de facto, um bom vocalista e conseguia atingir uns agudos bem invejáveis. E quando era preciso berrar lá estava ele já pronto, de goela aberta. Mas este Brandon Bolmer veio do mesmo campo, portanto vai dominando os mesmos factores que o anterior e consegue manter a banda ao mesmo nível que anteriormente. Porque há que admitir que dentro do Post-Hardcore é pouco usual que bandas se diferenciem muito umas das outras, salvo várias excepções que ainda conseguem adicionar algo de inovador à música. Mas deixemos o facto de haver um novo vocalista que possa vir a prejudicar a banda porque não é verdade. Este terceiro álbum, “Illuminaudio”, funciona como mais um disco do catálogo dos Chiodos, com a sua habitual sonoridade que já atingiu o seu ponto de conforto em que não necessitam de apressar ideias bombásticas novas, desde que a música vá sempre soando fresca de disco para disco. Tarefa difícil para um estilo tão “mais arroz” como o Post-Hardcore, mas estes Chiodos não parecem ter problema algum nisso. Brandon Bolmer preenche bem a vaga de Craig Owens, permitindo ao disco manter a mesma força vocal que os dois anteriores – Bolmer sabe cantar e sabe arreganhar bem a garganta para uns bons berros. Em termos instrumentais temos aquela habitual linha entre o vulgar comum e o experimental. Tem a normal estrutura riffada a acompanhar os berros para dar a ilusão de ser uma música bem pesada – talvez tenha a quantia “máxima” de peso para principiantes – e isso não está de maneira alguma a rebaixar, não é preciso ter peso para ser bom, é o ideal para o seu estilo. E uma das suas capacidas mais fatais que tiveram que colocar à prova de novo, neste disco: as melodias orelhudas. Os Chiodos são umas das bandas do Post-Hardcore que melhor sabe atirar um refrão catchy – e os The Used também são tão bons lançadores como eles – e mesmo que isso já seja uma característica habitual do Post-HC, alguns apenas sabem formar um refrão embaraçoso. Já estes trabalham bem nisso e de novo concentram nesse mesmo factor o ponto mais poderoso do álbum. Feito mesmo para incapacitar qualquer ouvinte de ficar indiferente ao que ouve. Logo, em geral, este disco, mesmo que não tenha nada a assinalar que seja de fazer cair o queixo ou arregalar os olhos. E uns dos fãs ficam bastante contentes como o resultado de “Illuminaudio”. Outros, simplesmente esperam para saber o que sai do álbum de estreia dos D.R.U.G.S., novo projecto de Craig Owens.


Avaliação: 7,7


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