Artista: Black Sabbath
Álbum: Black Sabbath
Data de lançamento: 13 Fevereiro 1970
Género: Heavy Metal
Editora: Vertigo Records
Lista de faixas:
Álbum: Black Sabbath
Data de lançamento: 13 Fevereiro 1970
Género: Heavy Metal
Editora: Vertigo Records
Lista de faixas:
1 – “Black Sabbath”
2 – “The Wizard”
3 – “Behind the Wall of Sleep”
4 – “N.I.B.”
5 – “Evil Woman”
6 – “Sleeping Village”
7 – “Warning”
2 – “The Wizard”
3 – “Behind the Wall of Sleep”
4 – “N.I.B.”
5 – “Evil Woman”
6 – “Sleeping Village”
7 – “Warning”
Como se já não bastassem os loucos dos Led Zeppelin a fazer ruído e uns pedrados Pink Floyd com músicas que não cabem tão facilmente na cabeça de um comum, ainda tinham que vir mais uns Ingleses “estragar” o panorama musical do Rock. E agora a falar a sério, uma enorme vénia a estes senhores imortais Black Sabbath por finalmente concluírem a pavimentação de um novo género musical tão mítico, tão controverso, tão belo. Já antes deles andavam os Led Zeppelin a distorcer guitarras, a fazer abanar cabeças com riffs e a fazer alguns conservadores tapar os ouvidos em horror. E os Pink Floyd também já a desafiar algumas “leis” do Rock vulgar e a fugir às regras, tratando os instrumentos de forma diferente de outros da época. Jimi Hendrix também quis tocar a guitarra à sua maneira e imortalizou-se como um dos melhores guitarristas e dos primeiros a distorcê-la. E muitas mais sementes se foram espalhando pelo caminho para se criar um novo estilo, e foi com o aparecimento da banda de Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward que surgiu um álbum completamente assombroso, fora do normal. Aquelas guitarras soavam mais forte que as outras, às vezes pareciam gritar e as estruturas das canções e a harmonia das canções funcionavam de forma assombrosa. A atmosfera proporcionada por todo aquele trabalho e a harmonia dos instrumentos soberba e magicamente bem tocados com os vocais marcantes que entranham de um jovem Ozzy Osbourne torna-se uma mistura de sentimentos, desde o mágico e fantasioso ao obscuro e arrepiante, desde um ácido alucinante a um aterrador e apocalíptico. Nunca se tinha ouvido algo assim. Desde a inicial faixa-título e a sua estrutura arrastada, em tom de pesadelo, ritmo lento e melancólico – aqui já se davam os primeiros passos também para o subgénero do Doom Metal – que irrompia num riff enlouquecido que parecia saído de outro mundo. Era, de facto, o mais pesado que havia naquela altura, se pensarmos bem. Logo, os mais conservadores iriam de imediato vaiar o disco, acusar a banda de dementes loucos adoradores do Diabo e proibir a malta mais jovem de deitar ouvido a isto, por razões morais. As críticas do disco realmente mudaram bastante com o tempo e nesta altura a comunidade do Metal, o pessoal que realmente desfrutava disto era mais reduzido. O Heavy Metal ainda era discriminado como género musical e era posto de parte em tudo o que era acerca de música do mainstream, não se poderia considerar sequer haver especialistas neste estilo sem serem vistos como ignorantes e as críticas Pop de imediato rotulavam qualquer coisa do estilo como lixo. Não era geral, mas quase. O género conseguiu manter-se forte com os anos e ir-se desenvolvendo em inúmeros subgéneros – o Metal talvez seja dos estilos musicais com mais subgéneros, que mais formas consegue tomar e que melhor consegue fazer fusão com outros estilos. Mas na aquela altura, os Black Sabbath eram apenas uns drogados que andavam por aí a adorar o Satanás. Mas não era isso que eles faziam, o que eles adoravam era a música, e era uma banda empenhada que realmente depositava toda a alma na concepção de um novo trabalho e que levava a sua música a sério – até mesmo um Ozzy Osbourne semi-consciente era dedicado. E não deve haver uma única banda de Metal do presente que despreze os Black Sabbath e que não os veja como uma enorme influência. Mesmo fora do Metal, poucos deverão negar o impacto desta banda e mesmo que não gostem, pelo menos um enorme respeito tem que haver. É que ao falar-se em Black Sabbath, fala-se das maiores bandas de sempre, uns pioneiros e o seu álbum de estreia, mesmo que não seja o mais sólido construtor de clássicos – isso foi-se formando mais com os seguintes “Paranoid”, “Master of Reality” e mais tarde com “Heaven and Hell”, já com Ronnie James Dio – é o primeiro disco, onde toda a lenda começou, onde o estilo se afirmou e estabeleceu. Como seria possível ficar indiferente a tal obra-prima?
Adoro! Banda favorita desde os meus 6 anos. Vibrava a ouvir canções como Paranoid e ainda hoje vibro, não tanto como uma professora de Inglês quando vê num quadro escrito U2, mas vibro sim.
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