terça-feira, 15 de março de 2011

[Clássico do Mês] Cradle of Filth - Dusk.. and Her Embrace


Artista: Cradle of Filth
Álbum: Dusk.. and Her Embrace
Data de lançamento: 19 Novembro 1996
Género: Black Metal Sinfónico/Gótico, Extreme Metal
Editora: Music for Nations, Fierce Recordings
Lista de faixas:

1 – “Humana Inspired to Nightmare”
2 – “Heaven Torn Asunder”
3 – “Funeral in Carpathia”
4 – “A Gothic Romance (Red Roses for the Devil’s Whore)”
5 – “Malice Through the Looking-Glass”
6 – “Dusk and Her Embrace”
7 – “The Graveyard by Moonlight”
8 – “Beauty Slept in Sodom”
9 – “Haunted Shores” (com Cronos, dos Venom)

É este álbum que alguns dos fãs antigos dos Cradle of Filth querem voltar a ouvir! Variando as opiniões entre qual dos discos a banda atingiu o seu pico de criatividade e estabelecimento de estilo entre o “Midian” ou “Damnation and a Day”, alguns acham que eles estavam muito bem como estavam aqui. Segundo disco da banda (sem contar com o EP “V Empire or Dark Faerytales in Phallustein”) que sucedeu o bizarro disco de estreia “The Principle of Evil Made Flesh”. Nesse álbum de estreia havia aquela bizarra mistura entre Black Metal, algum Death Metal, Metal Gótico e elementos sinfónicos, fabricando um som verdadeiramente cru. O mais cru do currículo da banda, se excluirmos as Demos claro. Aí já se desenvolvia um estilo único. Com o seguinte “Dusk… and Her Embrace” veio uma derradeira explosão de música extrema de composição invejável. Delicioso para quem apreciar o estilo, mas para alguém mais sensível, é disco suficiente para os perturbar. Aqui ainda não há riffs daqueles bem chorudos, com influências Heavy e Thrash e ainda se mantém dentro do essencial do Black Metal, acompanhada da mesma habitual bateria maníaca. A abordagem sinfónica era um dos elementos que lhe acrescentava um tom diferente. Hoje em dia é cliché, após montes de bandas o terem feito, no entanto nos Cradle o Filth é diferente, é genuíno, afinal foram eles dos principais e dos primeiros a explorar tal estilo que veio mais tarde a enjoar tanta boa gente. Mas o que ainda é mais de se destacar aqui e que até consegue ser factor de arregalar os olhos é a voz de Dani Filth. Tentem ouvir os berros bem arranhadinhos e impiedosos que Dani solta sem ficarem indiferentes a eles, sem os destacarem, sem os seleccionarem como factor X de cada canção. E não se trata de tentar acompanhar a letra porque isso não é nada fácil e em alguns casos, deveras impossível, mas é realmente uma abordagem vocal à qual é impossível ficar indiferente. Muito difícil que é ouvir a faixa final “Haunted Shores” sem ficar completamente consumido e absorvido pelo trabalho vocal de Dani Filth. E para haver uma noção de como são tratadas aquelas cordas vocais, a saúde de Filth não ficou muito famosa depois desta experiência e fez com que a partir de “Cruelty and the Beast” abrandasse um pouco e desenvolvesse mais cuidadosamente o seu estilo único com guinchos imediatamente reconhecíveis. Também foi aqui, que para conseguir obter uma atmosfera verdadeiramente obscura, tenebrosa e gótica, abordaram-se os temas líricos vampirescos e diabólicos – já presentes em “The Principle of Evil Made Flesh” – vozes femininas e narração que aqui fica ao cargo de Cronos, o carismático vocalista dos lendários Venom. Portanto, para alguns, aqui é que se atingiu o ponto de criatividade dos Cradle of Filth, achando que não havia necessidade de evolução – como grande apreciador dos seguintes álbuns, discordo por completo – e elegem este como o disco perfeito do currículo da mítica banda Britânica. Com certeza, um marco na história discográfica do Metal extremo.


2 comentários:

  1. Mas o que é isto? Uma professora a ser violada por algum matulão da área de tecnológica a gritar? Vocais horriveis!

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