segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Firewind - Days of Defiance



Artista: Firewind
Álbum: Days of Defiance
Data de lançamento: 25 Outubro 2010
Género: Power Metal
Editora: Century Media
Lista de faixas:

1 – “The Ark of Lies
2 – “World on Fire”
3 – “Chariot”
4 – “Embrace the Sun”
5 – “The Departure”
6 – “Heading for the Dawn”
7 – “Broken”
8 – “Cold as Ice”
9 – “Kill in the Name of Love”
10 – “SKG”
11 – “Losing Faith”
12 – “The Yearning”
13 – “When All Is Said and Done”

Os Gregos Firewind são um exemplo de mais uma daquelas bandas dentro do Metal que já soube como alastrar-se bem pelo terreno Europeu, mas sem ser um nome tão soante e representativo. No entanto, algo aconteceu que já fez voltar algumas cabeças na direcção do grupo: a contratação do talentoso guitarrista Gus G por parte de Ozzy Osbourne como substituto de Zakk Wylde. O dobro do trabalho para o habilidoso músico mas também o dobro da atenção, fazendo com que o Power Metal de selo Europeu se alastrasse um pouco por outros territórios – inclusive o Norte-Americano mais fanático do vocalista Britânico Ozzy. 

Retirando essa crescente atenção pela banda que se deve maioritariamente a um facto exterior, não existe realmente nenhuma mudança radical no som dos Firewind, ou melhor, não existe praticamente mudança. Sendo o Power Metal por si só, um género já bastante estagnado, cabe à banda manter-se pelo menos competente, tentar remar contra a maré do “foleiro” que cada vez mais se sobressai no outrora épico estilo – que de tão épico, por vezes dá a volta inteira até cair no ridículo – e pelo menos manter-se credíveis, como representantes positivos do género, os que demonstram o que de bom se faz.

Portanto, se já não estiverem completamente fartos de tal género ao ponto das excepções aceitáveis serem cada vez mais raras, ainda há aqui muito que aproveitar para se tornar um disco bastante agradável de se ouvir. O registo de voz de Apollo Papathanasio é aquele que se adeqúe ao estilo e que nós facilmente identifiquemos assim que se menciona, mas sem se estatelar no exagero dos agudos. Voz potente e que com as suas melodias conseguem dar aquele tom épico que se requer/espera – é épico mas não andam propriamente para aqui a matar dragões em castelos e mais não sei quê com poções mágicas e uns quantos Deuses, pelo menos isso, um ponto mais para os Firewind.

A acrescentar à voz, a base de toda a música pode-se considerar centrada nas guitarras. Aliás, Ozzy teve bom olho/ouvido para a escolha de Gus G para o seu guitarrista, não fosse ele um músico deveras talentoso. Excelentes solos se encontram por aqui espalhados e a sua habilidade em “riffar” também é admirável e respeitável e não há como não destacar a belíssima faixa instrumental “SKG”. Não tem necessariamente que cair constantemente no habitual “riff solado” – que eu chamo assim, não creio que se denominem assim, aí ainda estou um passo atrás – que muito e cada vez mais se encontra para os lados do Power Metal Europeu, aqui existem umas boas “riffadas” fortes.

E para ter a certeza que utilizam a maioria ou a totalidade dos ingredientes que normalmente vêm no rótulo – sem ser daqueles do produto Power Metal mais azedo – ainda se acrescentam mais uns sintetizadores que andam ali a roçar-se no “chessy” – palavra seleccionada por não encontrar uma no nosso dicionário que se adequasse ao significado pretendido – mas que assim são porque se tornam completivos nas canções. Com uns quantos refrães como “The Ark of Lies”, “World on Fire” ou “Embrace the Sun” e as letras de carácter épico e aventureiro – sem ir ao encontro do exagerado e ridículo como num conto saído de Nárnia ou coisa que o valha – e temos aqui um produto com todos os componentes no sítio para ser um registo de Power Metal como manda a lei.

Suficiente pode-se dizer, e a própria banda não crê na necessidade de se reinventar radicalmente sentindo-se inspirados para nos dar mais disto refrescando-o ligeiramente. Mas tem qualidade suficiente para se apresentar a este novo público que os descobre através da associação a Ozzy e para uma audiência que poderá sentir os primeiros sabores do Power Metal Europeu, pode-se considerar suficientemente competente.

Avaliação: 7,3


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