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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Lacuna Coil - Dark Adrenaline



Artista: Lacuna Coil
Álbum: Dark Adrenaline
Data de lançamento: 23 Janeiro 2012
Género: Metal gótico, Metal alternativo
Editora: Century Media
Lista de faixas:

1 – “Trip the Darkness”
2 – “Against You”
3 – “Kill the Light”
4 – “Give Me Something More”
5 – “Upsidedown”
6 – “End of Time”
7 – “I Don’t Believe in Tomorrow”
8 – “Intoxicated”
9 – “The Army Inside”
10 – “Losing My Religion”
11 – “Fire”
12 – “My Spirit”

“Dark Adrenaline” é já o sexto álbum de originais dos Italianos Lacuna Coil e longe já vão os tempos de “Comalies” e ainda muito mais de “In a Reverie”. E quando se diz que já vai longe não significa apenas que se passaram muitos anos, as mudanças e evoluções sonoras já tomaram bastante conta da banda e hoje em dia já constam em mais tabelas de venda, com ajuda do seu actual som.

No entanto, nem sempre se pode levar uma banda à cruz por arriscar na sonoridade mais comercial, não significa que vá sempre sair de lá algo completamente descabido. E se realmente houve muitas desilusões com o anterior “Shallow Life” não há porque não perdoar e não tentar dar uma oportunidade a este “Dark Adrenaline”. Afinal de contas este parece manter uma linha mais saudável entre o “Pop Rock pesado” que agrade às massas jovens e o mais pesado e obscuro. Até pode ser um dos discos mais completos da banda.

Não há como negar que existe nestes temas uma procura de airplay e que vá sempre reinando aquele bichinho do negócio que proporcione a criação de umas melodias pegajosas para resultar em mais vendas. Mas não é por isso que deixa de haver aqui bastante “feeling” no que se faz. As melodias e refrães de se instalar e criar casulo no nosso ouvido estão aqui bem presentes em temas como o pegadiço single “Trip the Darkness”, “Against You”, “Give Me Something More”, “I Don’t Believe in Tomorrow” e que se dane a enumeração, praticamente no álbum todo.

Algo que tem sempre que estar bem destacado e no topo das preferências é o trabalho vocal de Cristina Scabbia que carrega talento vocal para acompanhar toda a beleza que já nos demonstra de imediato – e que também deve servir de factor para conseguir vender mais uns disquitos. Mesmo que alguns não apreciem tanto a parte vocal de Andrea Ferro, é certo que está lá bem administrada com a de Scabbia e ajuda a dar-lhes o toque pessoal – e mínimo dos mínimos, pelo menos ainda há-de servir para fazer Scabbia soar ainda melhor em comparação. Voz feminina ainda em muito boa forma e destaco o trabalho vocal de”Intoxicated” que deveras me encantou.

Mais pormenores com carga positiva serão a composição mais badalesca de “End of Time” cuja acessibilidade não a torna insípida, até pelo contrário. E para quem aprecie um clássico intemporal bem homenageado – e não violentamente assassinado – num tom mais pesado, os Lacuna Coil já nos habituaram a alguns e neste disco presenteiam-nos com “Losing My Religion” dos R.E.M. Admito que já fiz muitos cabelos ser arrancados cá por casa com a versão menos simpática da mesma canção, pelos Graveworm. Creio que com esta, mais polida, bem composta e decentemente personalizada com bom resultado, já tenho aqui algo que agrade mais a todos.

Reside no entanto, na agressividade acrescida deste registo em relação ao anterior “Shallow Life”, algo que pode entrar por vias de franzir sobrancelhas e testas. Existem por vezes, algumas brisas que parecem acenar ao Nu Metal em temas como “Upsidedown”, “I Don’t Believe in Tomorrow” ou “Fire”. Mas não parece ser factor de “polegar para baixo” pois afinal de contas, é um caso em que tanto pode fazer torcer o nariz a uns como ser a parte predilecta de tantos outros.

No geral é um álbum bem mais sólido, mais pesado e mais bem conseguido que o pobremente recebido “Shallow Life” que o precedeu. Já não é surpresa que isto tenha constado nas mais galardoadas tabelas de vendas e até quebrado alguns recordes da banda, dentro das mesmas. E continua a ser um disco aceitável para emprestar aos miúdos e miúdas que estejam em fase de iniciação na música pesada antes de se adaptarem a outras coisas menos “bonitas”. Mas inserindo este no actual contexto de Lacuna Coil – não se pode analisar os discos mais recentes usando os antigos como critério – a banda ainda é bastante competente naquilo que realiza e o que não lhe falta é identidade. Até se pode dizer que neste disco haja suficiente para agradar a tanto alguns dos fãs mais antiguinhos como a alguns dos recentemente introduzidos à sonoridade mais Americanizada. E novos ainda haverão de vir!

Avaliação: 7,9

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dark Moor - Ancestral Romance


Artista: Dark Moor
Álbum: Ancestral Romance
Data de lançamento: 24 Novembro 2010
Género: Power Metal Sinfónico
Editora: Scarlet Records
Lista de faixas:

1 – “Gadir”
2 – “Love From the Stone”
3 – “Alaric de Marnac”
4 – “Mio Cid”
5 – “Just Rock”
6 – “Tilt at Windmills”
7 – “Canción del Pirata”
8 – “Ritual Fire Dance”
9 – “Ah! Wretched Me”
10 – “A Music in My Soul”

Mais um disco de Dark Moor a circular. Mais Power Metal sinfónico épico com níveis médios de Inglês da banda Espanhola que representa bem o seu país no panorama de Metal. É aquele Power Metal bem arranjado com elementos orquestrais que lhe dão aquele tom épico que conhecemos. Sim, aquilo que tanto pode ser tão parolo para uns como fascinante para outros. Logo, já se espera que seja daqueles discos que não tenham nada de especial a sobressair e que serve precisamente para os fãs do estilo e da banda lá darem as suas repetidas audições. De resto, nada mais de especial se passa aqui, o que se faz neste CD já nos é conhecido. Talvez fosse mais interessante quando tínhamos a voz feminina de Elisa Martin a fornecer os “power vocals”, e agora com Alfred Romero, continua a ser um excelente trabalho, mas apenas se torna mais comum. Nas canções ao longo do disco, aposta-se bem em refrões, solos de guitarra técnicos e bem tocados e os arranjos orquestrais que já não precisam menção. Já as letras é que não são das mais brilhantes, talvez pelo nível de Inglês “médio-alto” da banda Espanhola. Descrevendo o disco de um modo muito geral, o álbum arranca muito bem com “Gadir” uma faixa forte e sólida, passa por canções simples que se tornam boas para os ouvidos de quem aprecia e maçadoras para os de quem despreza – mas admito que gostei bastante da risada maléfica no final de “Alaric de Marnac” -, uma estranha experiência em “Just Rock” que faz lembrar um Pop Metal perdido algures na década de 80, a homenagem à língua materna em “Canción del Pirata”, a muito bem composta instrumental “Ritual Fire Dance”, cujo início medieval que irrompe num riff do mesmo ritmo, originando depois a entrada num festival de guitarradas orquestradas torna-se uma das faixas mais atractivas do CD e um dos pontos principais, e conclui com uma poderosa balada, “A Music in My Soul”. É o que vem no rótulo, sem tirar nada e sem nada pôr. Nada de muito brilhante e especial, mas até se encontra aqui um disco jeitoso.

Avaliação: 7,1