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terça-feira, 27 de setembro de 2011

R.E.M. - Collapse Into Now



Artista: R.E.M.
Álbum: Collapse Into Now
Data de lançamento: 7 Março 2011
Género: Rock alternativo
Editora: Warner Bros. Records
Lista de faixas:

1 – “Discoverer”
2 – “All the Best”
3 – “Uberlin”
4 – “Oh My Heart”
5 – “It Happened Today”
6 – “Every Day Is Yours to Win”
7 – “Mine Smell Like Honey”
8 – “Walk It Back”
9 – “Alligator_ Aviator_Autopilot_Antimatter”
10 – “That Someone Is You”
11 – “Me, Marlon Brando, Marlon Brando and I”
12 – “Blue”

É com muita pena que escrevo este artigo já depois da banda de Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills ter anunciado o seu fim após uma mítica e lendária carreira de 31 anos. Adiando várias vezes a audição deste disco – os motivos saltavam entre questões de tempo e questões de preguiça – apenas o ouvi agora, quando já estava ciente de que este era o último álbum da banda. Mas não é com ouvidos diferentes que se ouve um álbum que se sabe que seja o último, principalmente no caso dos R.E.M. que já não têm nada a provar. Só o nome deles, três simples letras já carrega um legado que muitas bandas desejariam ter e não tantas o conseguem, repleto de excelentes canções, hits intemporais, influência e aquele tom que faz com que praticamente toda a gente goste pelo menos um pouquinho ou pelo menos de algumas músicas da banda. Não haveria qualquer pressão sobre os R.E.M. para a realização de um disco final, e de qualquer das maneiras, banda que saiba bem o que faz são eles. Ainda para mais, depois de um excelente “Accelerate” de 2008, que resgata uma sonoridade mais rockeira, mais “agressiva” que de certa forma não só contrasta outros trabalhos anteriores como também os completa. Este “Collapse Into Now” prossegue do ponto onde ficou “Accelerate” mas indo buscar mais influências ao repertório calmo dos R.E.M. para fazer um trabalho mais global. O resultado é um disco que perfeitamente pode representar o estilo/género/nome/legado R.E.M. Melodias perfeitamente compostas pelo trio, com a voz única e inigualável de Michael Stipe a sobressair-se. As letras parecem lidar com factores etários, como o crescente afastamento da juventude dos membros do grupo, completos com passagens que questionam os miúdos de hoje em dia – que são, com certeza, muito diferentes dos miúdos dos tempos em que andavam a editar o “Murmur” ou até mesmo o “Out of Time” ou o “Automatic for the People”, para citar alguns exemplos de álbuns lendários da espectacular carreira da banda. As canções são daquelas que já conhecemos que carregam o selo identificativo “R.E.M.” mas das quais não nos fartamos por serem tão características e ao mesmo tempo tão moldáveis. Exemplifico com “Discoverer” que como primeira faixa do disco já é suficiente para nos abrir o apetite e deixar-nos motivados para o que se segue, “Walk It Back” que com o seu “slow tempo” pode-nos fazer lembrar uma “E-Bow the Letter”, a faixa que a segue que pode imediatamente mudar os ares e a disposição do disco, ao apresentar-se como sendo mais enérgica “Alligator_Aviator_Autopilot_Antimatter” que pede emprestada alguma essência do “Accelerate”, uma curtíssima mas semelhante em energia “That Someone Is You” e a final abordada meia em “spoken word” que ainda nos lembra mais o clássico “E-Bow the Letter” por repetir a participação de Patti Smith. É assim que se faz um disco de uma banda que já tem a sua base de fãs mais que conquistada, já tem o seu nome pela parada das maiores bandas de Rock de sempre, das mais influentes e construiu uma carreira de invejar. Da minha (nossa) parte, o único que se pode dizer é… Obrigado por tudo o que nos deixaram, R.E.M…

Avaliação: 8,8



quarta-feira, 23 de março de 2011

Jenny and Johnny - I'm Having Fun Now


Artista: Jenny and Johnny
Álbum: I’m Having Fun Now
Data de lançamento: 31 Agosto 2010
Género: Indie Rock
Editora: Warner Bros. Records
Lista de faixas:

1 – “Scissor Runner”
2 – “My Pet Snake”
3 – “Switchblade”
4 – “Big Wave”
5 – “While Men Are Dreaming”
6 – “Animal”
7 – “Just Like Zeus”
8 – “New Yorker Cartoon”
9 – “Straight Edge of the Blade”
10 – “Slavedriver”
11 – “Committed”
12 – - “The Highs and Lows of Being #1”

Afinal é preciso música muito elaborada para fazer um bom álbum? Nem por isso, há bastante qualidade na simplicidade e no projecto Jenny and Johnny e a intenção é mesmo essa. Desde o momento em que se trata de um projecto de Jenny Lewis, uma mulher já com fama e reconhecimento na cena Indie Rock, através da sua carreira a solo ou mais ainda do seu grupo Rilo Kiley que já suscita algum interesse. Acrescenta-se ao projecto o seu namorado Johnathan Rice, cujo nome não é tão conhecido mas que também já conta com um punhado de álbuns em nome próprio e com trabalho de back-up de Elvis Costello no currículo. Então trata-se de um projecto de um casal em que ambos partilham vocais e tocam, cada um, quantos mais instrumentos possíveis. As músicas parecem seguir um tom entre o mais obscuro e o mais colorido… Como se fosse um “dark colorido”. As alternâncias de vozes em algumas das canções por vezes parecem dar um tom de discussão entre o casal. Dessa forma, parece vagamente que o “conceito” do álbum seja um casal com conflitos – apesar que, pelo que se saiba, não é o caso. Quanto à música em si, já tinha afirmado anteriormente, logo de início, que trata-se de música simples, estruturas simples, abordagens simples, tudo simples. No rápido período de cerca de 40 minutos, conseguem-se encontrar aqui melodias bastante boas, bom trabalho vocal por parte de ambos – a doce voz de Jenny já não soa estranha a muitos, principalmente fãs de Rilo Kiley. Quanto às vozes, utilizam-se como um dos principais factores de distinção de faixas. A abordagem musical é a habitual que se encontra muito em música alternativa/Indie, que não segue uma linha temporal fixa e em vez disso procura um som que se adeqúe a qualquer época e que, de preferência, não se situe de imediato em que década, por exemplo, possa ter sido feita. Apesar de algumas melodias bastante entranhantes, nem todo o álbum o é, e talvez sejam requeridas mais algumas audições ao disco para o conhecer melhor, para entrar mais nele. Mas é um álbum de uma qualidade inegável e para fãs dos antigos projectos dos dois membros do grupo – principalmente de Rilo Kiley, que são os mais sonantes e notáveis – com certeza que é um disco recomendável.


Avaliação: 7,4


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Girugamesh - NOW


Artista: Girugamesh
Álbum: NOW
Data de lançamento: 16 Dezembro 2009
Género: Nu Metal, Metal Industrial
Editora: Danger Crue
Lista de faixas:

1 - “NOW [Intro]”
2 - “Bit Crash”
3 - “No Music, No Reason”
4 - “Alive”
5 - “I Think I Can Fly”
6 - “Beast”
7 - “Nobody”
8 - “Suiren”
9 - “Dirty Story”
10 - “Game”
11 - “Driving Time”
12 - “Arrow”

É verdade que já não se fala muito de Nu Metal por aí... Mas no Japão não são muito de modas, graças a Deus e ainda se mantêm boas bandas Japonesas que abordam esse estilo como os Maximum the Hormone ou estes Girugamesh. E apesar de não ser nada de muito inovador, este 4º álbum de estúdio dos Girugamesh é tudo aquilo que se podia pedir: uma explosão de energia, riffs e peso. E se o disco não é aquilo a que se possa chamar um estrondo de originalidade, não há muitos pontos negativos a assinalar – talvez o título “I Think I Can Fly” soe muito parecido a “I Believe I Can Fly” do R. Kelly... - e há até muita coisa boa no conteúdo deste registo: as canções encontram-se bem acompanhadas por riffs “barulhentos”, o industrial é bem explorado com os sintetizadores de background, os refrões são tão memoráveis quanto os riffs rítmicos e catchy, se te assustares com o início de “Beast”, rápidamente se torna viciante e até de certa forma engraçado, a balada “Nobody” onde experimentam um cheirinho Pop e o baixo orelhudo de “Driving Time”. E isto é só uma forma de o descrever, enumerando itens, porque o ideal é ouvir isto. Um CD preparado para mexer com os pescoços dos fãs e criar até moshpits em concertos. E haja Nu Metal no Japão!

Avaliação: 8,1




Este artigo foi publicado anteriormente no site Otaku no Uchi, cuja secção de música foi recentemente retirada
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