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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Winds of Plague - Against the World



Artista: Winds of Plague
Álbum: Against the World
Data de lançamento: 19 Abril 2011
Género: Deathcore
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:

1 – “Raise the Dead”
2 – “One for the Butcher”
3 – “Drop the Match”
4 – “Built for War”   (com Jamey Jasta, dos Hatebreed)
5 – “Refined in the Fire”   (com Mattie Montgomery dos For Today)
6 – “The Warrior Code”   (com Ultimate Warrior)
7 – “Against the World”
8 – “Monsters”   (com Drew York dos Stray From the Path)
9 – “Most Hated”
10 – “Only Song We’re Allowed to Play in Church Venues”
11 – “California”   (com Martin Stewart dos Terror e John Mishima)
12 – “Strenght to Dominate”

Os Winds of Plague são daquelas bandas cujo género demográfico que os segue é reconhecível com facilidade e o facto de serem ou não duradouros é questionável e parte mais do ponto de vista pessoal de cada um. Quanto aos seguidores, não é de admirar encontrar fãs da banda que nos concertos andem aos encontrões e que de vez em quando lá façam o seu ritual de abanar de braços e pontapés no ar. Encaixam no género.

A música da banda American também vai de encontro à ideia visual a que se associa e muito directamente: A energia que cospe a cada tema é daquela de “testosterona juvenil” e até o visual da banda reforça isso – a presença de teclistas femininas também ajuda nisso, olhem para elas. Os temas baseiam-se no simples Deathcore que cada vez mais se esbarra na vulgaridade, com vocais guturais agressivos e breakdowns poderosos. O que esta banda acrescenta para se distanciar um mínimo das outras é o uso dos sintetizadores para sons sinfónicos, mas também já não soa novo.

E é aí que se encontra o principal pecado de bandas/discos como a apresentada: A banda já vai no seu quarto álbum de originais e não parecem ter saído do sítio. E depois de algum tempo sem se movimentarem começam em vez disso a cair no aborrecido e previsível. A parte do “previsível” possivelmente já está presente em maioria das bandas mais populares do género, agora falta sabermos quanto tempo para se tornar um puro aborrecimento pegado.

Talvez um pouco alarmante seja poder-se afirmar que este disco – sendo já o quarto, como já disse – pode já saber um pouco inferior aos outros. Os temas, por muito brutais, enérgicos e chamativos à moshpit que sejam, soam semelhantes a muitos outros da banda e de outras bandas. Isto no futuro pode começar a fazê-los cair no “cansaço” e é aí que se estraga tudo. “Refined in the Fire”, por exemplo, até é uma boa malha, dá para bater o pé, abanar a cabeça até, se para aí se quiserem virar. É o riff que mais se entranha, mas é o riff também que mais denuncia a música como “mais uma”.

Também há alguns pontos interessantes no disco como a Interlude “The Warrior Code” narrada pelo lendário wrestler e ex-Campeão Mundial, Ultimate Warrior, que lhe dá um certo tom épico que combina com a capa do álbum – que parece destoar um pouco do som em geral.

Mas assim como há coisas interessantes a apontar, também existem outras para esquecer, como “California” que soa a um autêntico tiro ao lado na tentativa de fazer uma canção de Rapcore e cuja abordagem “badass” do tema perde-se ali num mar de paródia acidental.

Logo, com um disco que pouco ao nada acrescenta ao género e ao repertório da banda, fica aquela sensação de insipidez ao final, quando percebemos que mesmo que tenha sido um álbum pesado, porreirinho para dar uns saltos, não se encontra nada para nos querer fazer ouvi-lo de novo. Se o que aqui está já é o suficiente para vos encher as medidas, então óptimo, mas numa indústria tão repetida que cada vez mais se pede inovação, fica pouco retido daqui.

Portanto se a banda não se quiser deixar meter em apuros e deixar-se ir com o Metalcore e o Deathcore que não têm mãos suficientes para agarrar-se a um futuro longínquo – perguntem ao Nu Metal como é que ele as passou – devia procurar fazer algo mais que este “Against the World”. 

Avaliação: 5,7

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Motorhead - The World Is Yours



Artista: Motorhead
Álbum: The World Is Yours
Data de lançamento: 14 Dezembro 2010
Género: Heavy Metal, Hard Rock, Speed Metal, Blues Rock, Rock and Roll
Editora: Motorhead Music
Lista de faixas:

1 – “Born to Lose”
2 – “I Know How to Die”
3 – “Get Back in Line”
4 – “Devils in My Head”
5 – “Rock ‘n’ Roll Music”
6 – “Waiting for the Snake”
7 – “Brotherhood of Man”
8 – “Outlaw”
9 – “I Know What You Need”
10 – “Bye Bye Bitch Bye Bye”

Existem dois tipos de bandas que seguem uma linha musical contínua baseada na mesma fórmula: Aquelas que começam a chatear passado pouco tempo e implora-se por algo diferente e aquelas que assim o são porque assim o povo as quer. E se os AC/DC andam ali pelo meio com a opinião do público dividida, uma parte para cada lado, os Motorhead são daqueles que exemplificam e representam o segundo caso apresentado. Uma banda daquela que “ou se gosta ou não se gosta” e se realmente se gosta, o que se quer a cada disco é um punhado de malhas dos bons e velhos Motorhead para abanar a caixa craniana. Com este “The World Is Yours” lançado em finais do ano passado completam-se vinte álbuns de estúdio numa invejável carreira que já vai a caminho dos quarenta anos. E no meio dessa longa discografia, vão havendo uns pontos variantes, claro que vão, seja nuns álbuns mais Punk do início, um “Overkill” e um “Ace of Spades” a escancarar as portas para o Thrash Metal que chegaria em pouco tempo, um cru e directo “Orgasmatron”, ou um com tons de peso mais modernos em “We Are Motorhead”. Mas a base mantém-se e a banda de Lemmy pode-se gabar de o fazer não só porque o faz bem, mas porque conseguiu efectuar um trabalho formidável na criação de um estilo próprio que ainda hoje mais ninguém o consegue tocar. Qual a necessidade de os Motorhead mudarem de estilo se o estilo que praticam é o estilo Motorhead? Pronto então, “The World Is Yours” é mais um álbum que desde que carregamos no botão “Play” já sabemos o que esperar e porque assim o queremos: canções de Rock and Roll à antiga – Lemmy até diz que eles não são uma banda de Heavy Metal mas sim de Rock and Roll – com uns riffs bem ruidosos e crus. Uns toques de Blues sem tirar peso e rapidez às canções directas que enchem o decorrer do disco. Música que soa veterana e com tomates, como se fosse a figura de um velho conselheiro com vida cheia de aventuras, simbolizado pela música. E claro, para completar a inconfundível, inigualável e até inimitável voz de Lemmy que certamente terá introduzido todo o tipo de vocal não-limpo que se encontra no Metal extremo de hoje, seja gutural ou berrado – quanto a berros, pergunto-me o que Lemmy achará de uns tais de Brokencyde… - que quando todos o começaram a fazer, tivessem eles a sua maneira criada por eles, Lemmy foi o pioneiro. Se míticos discos como “Overkill”, “Bomber”, “Iron Fist” ou “Ace of Spades” soam a discos influentes que servem de ponto de partida para Speed, Thrash Metal e muitos outros que aí viriam, este “The World Is Yours” apenas soa aos Motorhead a fazer aquilo que melhor sabem, que é serem eles mesmos. Aqui não é preciso inventar, é directo ao assunto, é suposto ser assim. Até porque o álbum é dirigido muito directamente a uma audiência: pessoas que gostam de Motorhead. E mais não é preciso.

Avaliação: 7,8