Artista:
Winds of Plague
Álbum:
Against the World
Data de lançamento: 19 Abril 2011
Género: Deathcore
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:
1
– “Raise the Dead”
2
– “One for the Butcher”
3
– “Drop the Match”
4
– “Built for War” (com Jamey Jasta, dos
Hatebreed)
5
– “Refined in the Fire” (com Mattie
Montgomery dos For Today)
6
– “The Warrior Code” (com Ultimate
Warrior)
7
– “Against the World”
8
– “Monsters” (com Drew York dos Stray
From the Path)
9
– “Most Hated”
10
– “Only Song We’re Allowed to Play in Church Venues”
11
– “California” (com Martin Stewart dos
Terror e John Mishima)
12
– “Strenght to Dominate”
Os Winds of Plague são daquelas bandas cujo género
demográfico que os segue é reconhecível com facilidade e o facto de serem ou
não duradouros é questionável e parte mais do ponto de vista pessoal de cada
um. Quanto aos seguidores, não é de admirar encontrar fãs da banda que nos
concertos andem aos encontrões e que de vez em quando lá façam o seu ritual de
abanar de braços e pontapés no ar. Encaixam no género.
A música da banda American também vai de encontro à
ideia visual a que se associa e muito directamente: A energia que cospe a cada
tema é daquela de “testosterona juvenil” e até o visual da banda reforça isso –
a presença de teclistas femininas também ajuda nisso, olhem para elas. Os temas
baseiam-se no simples Deathcore que cada vez mais se esbarra na vulgaridade,
com vocais guturais agressivos e breakdowns poderosos. O que esta banda
acrescenta para se distanciar um mínimo das outras é o uso dos sintetizadores
para sons sinfónicos, mas também já não soa novo.
E é aí que se encontra o principal pecado de
bandas/discos como a apresentada: A banda já vai no seu quarto álbum de
originais e não parecem ter saído do sítio. E depois de algum tempo sem se
movimentarem começam em vez disso a cair no aborrecido e previsível. A parte do
“previsível” possivelmente já está presente em maioria das bandas mais
populares do género, agora falta sabermos quanto tempo para se tornar um puro aborrecimento
pegado.
Talvez um pouco alarmante seja poder-se afirmar que
este disco – sendo já o quarto, como já disse – pode já saber um pouco inferior
aos outros. Os temas, por muito brutais, enérgicos e chamativos à moshpit que
sejam, soam semelhantes a muitos outros da banda e de outras bandas. Isto no
futuro pode começar a fazê-los cair no “cansaço” e é aí que se estraga tudo.
“Refined in the Fire”, por exemplo, até é uma boa malha, dá para bater o pé,
abanar a cabeça até, se para aí se quiserem virar. É o riff que mais se
entranha, mas é o riff também que mais denuncia a música como “mais uma”.
Também há alguns pontos interessantes no disco como
a Interlude “The Warrior Code” narrada pelo lendário wrestler e ex-Campeão
Mundial, Ultimate Warrior, que lhe dá um certo tom épico que combina com a capa
do álbum – que parece destoar um pouco do som em geral.
Mas assim como há coisas interessantes a apontar,
também existem outras para esquecer, como “California” que soa a um autêntico
tiro ao lado na tentativa de fazer uma canção de Rapcore e cuja abordagem
“badass” do tema perde-se ali num mar de paródia acidental.
Logo, com um disco que pouco ao nada acrescenta ao
género e ao repertório da banda, fica aquela sensação de insipidez ao final,
quando percebemos que mesmo que tenha sido um álbum pesado, porreirinho para
dar uns saltos, não se encontra nada para nos querer fazer ouvi-lo de novo. Se
o que aqui está já é o suficiente para vos encher as medidas, então óptimo, mas
numa indústria tão repetida que cada vez mais se pede inovação, fica pouco
retido daqui.
Portanto se a banda não se quiser deixar meter em
apuros e deixar-se ir com o Metalcore e o Deathcore que não têm mãos
suficientes para agarrar-se a um futuro longínquo – perguntem ao Nu Metal como
é que ele as passou – devia procurar fazer algo mais que este “Against the
World”.
Avaliação: 5,7
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