Álbum: Contro.luce
Data de lançamento: 14 Dezembro 2010
Género: Darkwave, Étnica
Editora: Eibon Records
Lista de faixas:
1 – Calma
2 - .
3 – Oniore
4 - .
5 – Noia
6 - .
7 – Terrore
8 - .
9 – Ragione
10 - .
11 – Oblio
12 - .
13 - .
14 – Lascivia
15 - .
16 – Umiltà
17 - .
18 – Concupiscenza
19 - .
20 – Esitazione
21 - .
De vez em quando é necessária uma coisinha mais calma para relaxar e para desfrutar. Para se saborear algo diferente. O estilo Darkwave e o seu ambiente obscuro mas calmo, a sua leve electrónica, as canções de estrutura simples e o tom gótico são suficientes para criar uma sensação de relaxamento para quem se deixar levar mais facilmente. Canaan é um bom exemplo de um projecto que apresenta discos calmos e bons. O mais recente “Contro.luce” é uma prova perfeita disso, pois ainda para além das canções com a estrutura que já descrevi, ainda apresenta interlúdios de música étnica com origens orientais e de tudo um pouco. Essa mistura de sons, que demonstra funcionar perfeitamente, faz com que o ouvinte mais dedicado, no final do disco já tenha viajado para outro sítio completamente diferente daquele onde estava no início. E isto depois de já ter passado por inúmeros locais. Um registo bastante calmo, como já disse, com melodias agradáveis que mesmo que não sigam uma essência propriamente orelhuda, conseguem engendrar uma maneira de ficarem presas ao ouvido. Canções cantadas lentamente na língua Italiana, de uma forma que se entranha na mente e com as canções étnicas a servir de intermédio entre as canções. Um longo disco, com cerca de 70 minutos, mas não se torna maçador. No entanto, acaba por sofrer um pouco com o seu estatuto num estilo tão underground. Estas canções são bastante acessíveis, podem agradar a muita gente e não há muito por onde pegar contra estas canções em geral. Esta seria uma banda que se poderia expandir para muitos tipos de público diferentes. Mas pouquíssima gente sabe sequer da existência desta banda. O estilo darkwave por si só já tem, por agora, um estatuto underground. Logo encontra-se aqui um disco que poderia agradar a muita mais gente se elas soubessem sequer que isto existe, quanto mais se ouvissem. Mas as vendas e a exposição ao mainstream são um assunto que importam pouco ou nada à banda, como o vocalista Mauro já afirmou numa entrevista. Quanto ao disco, não me vou estender mais na descrição, porque já dei uma ideia anteriormente, que mesmo que vaga, é a melhor maneira que encontro de momento para retratar um registo tão “zen”. É aquela simplicidade e aquela genialidade ao mesmo tempo que faz com que a melhor maneira de conhecer isto seja ouvindo. Várias vezes, alto e bom som para percebermos as canções e deixá-las penetrar em nós, ou baixinho nos ouvidos, à noite em altura de descanso para nos deixarmos seduzir. Um tipo de disco que dificilmente ao ser apresentado a alguém com um mínimo de conhecimento, esse alguém ouse dizer “Isto não presta”. Mas facilmente pode chegar às mãos de alguém que afirme “Isto é espectacular”…
Avaliação: 9,1
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