segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sylosis - Edge of the Earth

Artista: Sylosis
Álbum: Edge of the Earth
Data de lançamento: 11 Março 2011
Género: Thrash Metal, Melo-Death Metal, Metal Progressivo
Editora: Nuclear Blast Records
Lista de faixas:

1 – “Procession”
2 – “Sands of Time”
3 – “Empyreal”
4 – “Empyreal (Part 2)”
5 – “A Serpents Tongue”
6 – “Awakening”
7 – “Kingdom of Solitude”
8 – “Where the Sky Ends”
9 – “Dystopia”
10 – “Apparitions”
11 – “Altered States of Consciousness”
12 – “Beyond the Resurrected”
13 – “Eclipsed”
14 – “From the Edge of the Earth”

Os Sylosis são um exemplo de uma banda que já por aí anda há muito tempo – 11 anos – mas só em 2008 é que lançaram o seu álbum de estreia. E já desde aí, que deu a entender que esse grupo novato não tão novato já tinha o potencial para ser uma das bandas do Metal mais moderno – mais especificamente um Thrash Metal mais moderno – a manter debaixo de olho. Já no anterior “Conclusion of an Age”, que críticos e fãs se surpreenderam com a qualidade do disco, ainda para mais sendo um disco de estreia. Tinha uma bela mistura de Thrash Metal, com Death Metal Melódico, um pouco de Metalcore e sendo toda essa mistura regada com Progressivo. Depois desse álbum acontece como a todos, cai-lhes a pressão do segundo álbum. Ainda para mais, dá-se a perda do vocalista Jamie Graham. Salta então o guitarrista Josh Middleton para a frente e trabalha a parte vocal para além da sua habitual guitarra. Para alguns está aí mesmo uma razão para se considerar este “Edge of the Earth” inferior ao anterior, devido à estranheza que sentem quanto à voz. Mas não é uma razão muito plausível devido à qualidade inigualável e à excelente progressão que se encontra neste disco. Mantendo uma fórmula semelhante à do disco anterior, retirando mais à parte Metalcore, para garantir que se estabelecem com o seu próprio estilo e um som singular. Essa abordagem Thrash – um pouco à moda antiga da Bay Area também com um pouco do Thrash moderno praticado por bandas mais actuais – com um Melo-Death à Sueca, a construir canções de estrutura de Metal Progressivo faz com que o respeito pelos Sylosis aumente, chegando até a poder-se afirmar que este disco é um exemplo de como o Metal extremo moderno deve soar. Como cheguei a ler noutra crítica a este disco, o que algumas das bandas recentes querem fazer – o crítico que redigiu o texto que li usou Trivium como exemplo- os Sylosis conseguem fazê-lo na perfeição e como deve ser. É um disco longo, portanto é algo difícil de se absorver à primeira audição, mas de imediato que sentimos o impacto dos riffs, os vocais poderosos, toda a instrumentalização técnica – sem exageros -, e mesmo com o peso a reinar, ainda se tiram daqui umas melodias bastante interessantes. O suficiente para que queiramos mesmo ouvir mais vezes e eventualmente ser capaz de reter bem o disco na mente e reconhecer cada canção por si só. Destaco algumas malhas como a faixa de abertura “Procession”, o single de promoção “Empyreal”, a instrumental “Where the Sky Ends” ou a conclusiva “From the Edge of the Earth”, maior canção do disco. Mas no geral, para quem gostar de Metal extremo, é um CD que vale a pena ouvir e os Sylosis são uma banda cujo futuro vale a pena acompanhar.

Avaliação: 8,4


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