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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Grand Magus - Hammer of the North



Artista: Grand Magus
Álbum: Hammer of the North
Data de lançamento: 23 Junho 2010
Género: Heavy Metal, Doom Metal, Power Metal
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “I, The Jury”
2 – “Hammer of the North”
3 – “Black Sails”
4 – “Mountains Be My Throne”
5 – “Northern Star”
6 – “The Lord of Lies”
7 – “At Midnight They’ll Get Wise”
8 – “Bond of Blood”
9 – “Savage Tales”
10 – “Ravens Guide Our Way”

Mais uma banda que mostra a qualidade do Metal Escandinavo ao presentear-nos pontualmente com discos que mostram como editar um disco pesado bem composto. Este trio oriundo da Suécia já vai no seu quinto álbum de originais, “Hammer of the North” e após cinco trabalhos ainda conseguem evitar aquele que possivelmente será o maior pesadelo de qualquer banda: perder relevância, tornar-se redundante e não conseguir igualar expectativas. À quinta edição os Grand Magus ainda conseguem lançar discos totalmente satisfatórios e com cada disco a servir perfeitamente de tijolo na construção de uma sólida carreira, sem que para já se encontre alguma “mancha negra” ali no meio. Os Grand Magus são uma banda que já tendo construindo a identidade, ainda não parece querer já recostar-se e instalar-se nela, procurando sempre ali umas abordagens diferentes de disco para disco para que haja uma distinção clara. O som da banda diferencia-se dos outros como sendo um cruzamento entre o Heavy Metal tradicional com som fresco e actual e uma certa obscuridade a pairar-lhe por cima de um Doom Metal mais forte. Nunca foram de elaborar muito as canções e em todos os discos predominam as canções directas, feitas à base de uns riffs bem Black Sabbathescos e outras vezes mais arrastados numa vertente mais Stoner. Saíam umas malhas dali que se encaixavam há uma ou duas décadas atrás, mas não soavam tão simples e “standard”. Ora neste “Hammer of the North” segue-se a mesma linha, mas com novas propostas na mesa: Aqui já se parece acenar mais directamente ao Power Metal. Não aquele Power Metal meloso que usa, abusa e até viola o “épico”. Aqui há mas é um bom proveito da flexibilidade vocal de Janne Christofferson em cantar-nos em tons diferentes para manter as músicas com um balanço de vocais épicos e outros mais graves, ou, com falta de vocabulário para usar, vocais mais Doom. Um álbum que já não sendo dos mais longos – tem um tamanho e tempo normal – passa depressa e tem todos os seus segundos bem recheados, sem deixar que a energia da música amorteça em nenhum momento. Sem grandes oscilações de humor, apenas algumas transições bem pensadas e trabalhadas – como a transição de “Hammer of the North”, uma das faixas de destaque para “Black Sails”. É um disco que se encaixaria perfeitamente numa época menos actual – provavelmente impressionaria – mas soa igualmente fresco e actual e ao mesmo tempo, mesmo com o seu som directo, pode ser uma escapatória a uma repetição genérica do Heavy Metal à maneira clássica. Com o seu toquezinho próprio. Disco épico-obscuro suficientemente bom para comparecer em algumas listas variadas de melhores lançamentos de 2010 por revistas e outras imprensas que tal debruçadas sobre o género.

Avaliação: 8,0



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pure Reason Revolution - Hammer and Anvil



Artista: Pure Reason Revolution
Álbum: Hammer and Anvil
Data de lançamento: 15 Outubro 2010
Género: Rock Progressivo, Rock Electrónico, Industrial, Pop Rock, Metal Progressivo
Editora: Superball Music
Lista de faixas:

1 – “Fight Fire”
2 – “Black Mourning”
3 – “Patriarch”
4 – “Last Man, Last Round”
5 – “Valour”
6 – “Over the Top”
7 – “Never Divide”
8 – “Blitzkrieg”
9 – “Open Insurrection”
10 – “Armistice”

Já houveram dias em que os Pure Reason Revolution demonstravam ser uma forte aposta e uma promissora banda nos campos do Rock Progressivo. Não se ficava apenas pelo “New Prog” que se ia fazendo na altura, apresentava algo diferente, algo de muito fresco. O certo é que aos poucos, o grupo foi-se distanciando da sonoridade inicial procurando sempre experimentar coisas novas, apostar em abordagens sonoras diferentes, colocar mais qualquer coisa sobre a mesa. E é com isso que este terceiro registo intitulado “Hammer and Anvil”, alguns fãs se encontram menos agradados com o som que ouvem, mas está longe de ser um disco de se deitar fora. Até muito pelo contrário, está aqui uma proposta bastante interessante. Enquanto que, no álbum de estreia “The Dark Third”, os PRR apresentavam um som mais progressivo, aqui no “Hammer and Anvil”, a banda debruça-se mais sobre a electrónica, e mantendo sempre ali uma margem progressiva, as canções agora mostram uma diferente mistura de sabores, apresentando desde o Pop ao mais pesadinho, regando tudo com melodias bastante pegajosas que até se chegam a tornar dançáveis. Não soa, de maneira nenhuma, a algum golpe de comercialização, isto ainda se trata de música bastante inteligente, e as canções que dificilmente nos saem da cabeça ainda se apresentam bem complexas. Ouçam a “Black Mourning” e digam se não vos apetece acompanhar a cantoria. De novo, as vozes são alternadas entre a masculina de Jon Courtney e a dócil voz feminina de Chloe Alper, desta vez com mais destaque à voz de Jon – algo que também pode ter desiludido um pouco os fãs. E mesmo que a voz de Chloe seja um pouco mais apetecível, não é lamentável o trabalho regular de Jon Courtney, na voz, cantando-nos versos e refrães – tenho definitivamente que me habituar a escrever esta palavra – que ficam no ouvido por quanto tempo lhes bem apetecer. Musicalmente, a instrumentalização é maioritariamente electrónica, orientada com sintetizadores, com as guitarras a “riffar” e a acrescentar o poder aos temas, enquanto o resto se trata por sons Electro-Industriais, que, de maneira nenhuma soam errado. Seja na mais Industrial pesada “Last Man, Last Round”, na mais dançável “Never Divide” ou na instrumental/experimental/quase dance track “Blitzkrieg”. Portanto, mesmo que se estranhe o novo som da banda em comparação ao disco de estreia, não há como não reconhecer um excelente trabalho nestes novos temas que demonstram um lado mais acessível, sem ser no mau sentido e ao mesmo tempo, mantendo-se bastante maduro. Mesmo que os fãs antigos que se deixaram apaixonar pelo som progressivo dos inícios não sintam grande prazer em ouvir esta evolução para lados mais electrónicos/dançáveis com tons de Pop e Metal ao mesmo tempo, tudo isto assente na mesma base progressiva… É uma grande pena, porque está aqui um álbum para ser bem aproveitado. E volto a dizer, mesmo com apenas uma audição… Há melodias aqui que já ficam, logo à primeira. Quem tiver curiosidade… Vale a pena.

Avaliação: 8,7