sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Pure Reason Revolution - Hammer and Anvil



Artista: Pure Reason Revolution
Álbum: Hammer and Anvil
Data de lançamento: 15 Outubro 2010
Género: Rock Progressivo, Rock Electrónico, Industrial, Pop Rock, Metal Progressivo
Editora: Superball Music
Lista de faixas:

1 – “Fight Fire”
2 – “Black Mourning”
3 – “Patriarch”
4 – “Last Man, Last Round”
5 – “Valour”
6 – “Over the Top”
7 – “Never Divide”
8 – “Blitzkrieg”
9 – “Open Insurrection”
10 – “Armistice”

Já houveram dias em que os Pure Reason Revolution demonstravam ser uma forte aposta e uma promissora banda nos campos do Rock Progressivo. Não se ficava apenas pelo “New Prog” que se ia fazendo na altura, apresentava algo diferente, algo de muito fresco. O certo é que aos poucos, o grupo foi-se distanciando da sonoridade inicial procurando sempre experimentar coisas novas, apostar em abordagens sonoras diferentes, colocar mais qualquer coisa sobre a mesa. E é com isso que este terceiro registo intitulado “Hammer and Anvil”, alguns fãs se encontram menos agradados com o som que ouvem, mas está longe de ser um disco de se deitar fora. Até muito pelo contrário, está aqui uma proposta bastante interessante. Enquanto que, no álbum de estreia “The Dark Third”, os PRR apresentavam um som mais progressivo, aqui no “Hammer and Anvil”, a banda debruça-se mais sobre a electrónica, e mantendo sempre ali uma margem progressiva, as canções agora mostram uma diferente mistura de sabores, apresentando desde o Pop ao mais pesadinho, regando tudo com melodias bastante pegajosas que até se chegam a tornar dançáveis. Não soa, de maneira nenhuma, a algum golpe de comercialização, isto ainda se trata de música bastante inteligente, e as canções que dificilmente nos saem da cabeça ainda se apresentam bem complexas. Ouçam a “Black Mourning” e digam se não vos apetece acompanhar a cantoria. De novo, as vozes são alternadas entre a masculina de Jon Courtney e a dócil voz feminina de Chloe Alper, desta vez com mais destaque à voz de Jon – algo que também pode ter desiludido um pouco os fãs. E mesmo que a voz de Chloe seja um pouco mais apetecível, não é lamentável o trabalho regular de Jon Courtney, na voz, cantando-nos versos e refrães – tenho definitivamente que me habituar a escrever esta palavra – que ficam no ouvido por quanto tempo lhes bem apetecer. Musicalmente, a instrumentalização é maioritariamente electrónica, orientada com sintetizadores, com as guitarras a “riffar” e a acrescentar o poder aos temas, enquanto o resto se trata por sons Electro-Industriais, que, de maneira nenhuma soam errado. Seja na mais Industrial pesada “Last Man, Last Round”, na mais dançável “Never Divide” ou na instrumental/experimental/quase dance track “Blitzkrieg”. Portanto, mesmo que se estranhe o novo som da banda em comparação ao disco de estreia, não há como não reconhecer um excelente trabalho nestes novos temas que demonstram um lado mais acessível, sem ser no mau sentido e ao mesmo tempo, mantendo-se bastante maduro. Mesmo que os fãs antigos que se deixaram apaixonar pelo som progressivo dos inícios não sintam grande prazer em ouvir esta evolução para lados mais electrónicos/dançáveis com tons de Pop e Metal ao mesmo tempo, tudo isto assente na mesma base progressiva… É uma grande pena, porque está aqui um álbum para ser bem aproveitado. E volto a dizer, mesmo com apenas uma audição… Há melodias aqui que já ficam, logo à primeira. Quem tiver curiosidade… Vale a pena.

Avaliação: 8,7



Sem comentários:

Enviar um comentário