Artista:
Pure Reason Revolution
Álbum:
Hammer and Anvil
Data de lançamento: 15 Outubro 2010
Género: Rock Progressivo, Rock Electrónico,
Industrial, Pop Rock, Metal Progressivo
Editora: Superball Music
Lista de faixas:
1 –
“Fight Fire”
2
– “Black Mourning”
3
– “Patriarch”
4
– “Last Man, Last Round”
5
– “Valour”
6
– “Over the Top”
7
– “Never Divide”
8
– “Blitzkrieg”
9
– “Open Insurrection”
10
– “Armistice”
Já houveram dias em que os Pure Reason Revolution
demonstravam ser uma forte aposta e uma promissora banda nos campos do Rock
Progressivo. Não se ficava apenas pelo “New Prog” que se ia fazendo na altura,
apresentava algo diferente, algo de muito fresco. O certo é que aos poucos, o
grupo foi-se distanciando da sonoridade inicial procurando sempre experimentar
coisas novas, apostar em abordagens sonoras diferentes, colocar mais qualquer
coisa sobre a mesa. E é com isso que este terceiro registo intitulado “Hammer
and Anvil”, alguns fãs se encontram menos agradados com o som que ouvem, mas
está longe de ser um disco de se deitar fora. Até muito pelo contrário, está
aqui uma proposta bastante interessante. Enquanto que, no álbum de estreia “The
Dark Third”, os PRR apresentavam um som mais progressivo, aqui no “Hammer and
Anvil”, a banda debruça-se mais sobre a electrónica, e mantendo sempre ali uma
margem progressiva, as canções agora mostram uma diferente mistura de sabores,
apresentando desde o Pop ao mais pesadinho, regando tudo com melodias bastante
pegajosas que até se chegam a tornar dançáveis. Não soa, de maneira nenhuma, a
algum golpe de comercialização, isto ainda se trata de música bastante
inteligente, e as canções que dificilmente nos saem da cabeça ainda se
apresentam bem complexas. Ouçam a “Black Mourning” e digam se não vos apetece
acompanhar a cantoria. De novo, as vozes são alternadas entre a masculina de
Jon Courtney e a dócil voz feminina de Chloe Alper, desta vez com mais destaque
à voz de Jon – algo que também pode ter desiludido um pouco os fãs. E mesmo que
a voz de Chloe seja um pouco mais apetecível, não é lamentável o trabalho
regular de Jon Courtney, na voz, cantando-nos versos e refrães – tenho definitivamente
que me habituar a escrever esta palavra – que ficam no ouvido por quanto tempo
lhes bem apetecer. Musicalmente, a instrumentalização é maioritariamente
electrónica, orientada com sintetizadores, com as guitarras a “riffar” e a
acrescentar o poder aos temas, enquanto o resto se trata por sons
Electro-Industriais, que, de maneira nenhuma soam errado. Seja na mais
Industrial pesada “Last Man, Last Round”, na mais dançável “Never Divide” ou na
instrumental/experimental/quase dance track “Blitzkrieg”. Portanto, mesmo que
se estranhe o novo som da banda em comparação ao disco de estreia, não há como
não reconhecer um excelente trabalho nestes novos temas que demonstram um lado
mais acessível, sem ser no mau sentido e ao mesmo tempo, mantendo-se bastante
maduro. Mesmo que os fãs antigos que se deixaram apaixonar pelo som progressivo
dos inícios não sintam grande prazer em ouvir esta evolução para lados mais
electrónicos/dançáveis com tons de Pop e Metal ao mesmo tempo, tudo isto
assente na mesma base progressiva… É uma grande pena, porque está aqui um álbum
para ser bem aproveitado. E volto a dizer, mesmo com apenas uma audição… Há melodias
aqui que já ficam, logo à primeira. Quem tiver curiosidade… Vale a pena.
Avaliação: 8,7
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