Artista:
Grand Magus
Álbum:
Hammer of the North
Data de lançamento: 23 Junho 2010
Género: Heavy Metal, Doom Metal, Power Metal
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:
1 –
“I, The Jury”
2
– “Hammer of the North”
3
– “Black Sails”
4
– “Mountains Be My Throne”
5
– “Northern Star”
6
– “The Lord of Lies”
7
– “At Midnight They’ll Get Wise”
8
– “Bond of Blood”
9
– “Savage Tales”
10
– “Ravens Guide Our Way”
Mais uma banda que mostra a qualidade do Metal
Escandinavo ao presentear-nos pontualmente com discos que mostram como editar
um disco pesado bem composto. Este trio oriundo da Suécia já vai no seu quinto
álbum de originais, “Hammer of the North” e após cinco trabalhos ainda
conseguem evitar aquele que possivelmente será o maior pesadelo de qualquer
banda: perder relevância, tornar-se redundante e não conseguir igualar
expectativas. À quinta edição os Grand Magus ainda conseguem lançar discos
totalmente satisfatórios e com cada disco a servir perfeitamente de tijolo na
construção de uma sólida carreira, sem que para já se encontre alguma “mancha
negra” ali no meio. Os Grand Magus são uma banda que já tendo construindo a
identidade, ainda não parece querer já recostar-se e instalar-se nela,
procurando sempre ali umas abordagens diferentes de disco para disco para que
haja uma distinção clara. O som da banda diferencia-se dos outros como sendo um
cruzamento entre o Heavy Metal tradicional com som fresco e actual e uma certa
obscuridade a pairar-lhe por cima de um Doom Metal mais forte. Nunca foram de
elaborar muito as canções e em todos os discos predominam as canções directas,
feitas à base de uns riffs bem Black Sabbathescos e outras vezes mais
arrastados numa vertente mais Stoner. Saíam umas malhas dali que se encaixavam
há uma ou duas décadas atrás, mas não soavam tão simples e “standard”. Ora
neste “Hammer of the North” segue-se a mesma linha, mas com novas propostas na
mesa: Aqui já se parece acenar mais directamente ao Power Metal. Não aquele
Power Metal meloso que usa, abusa e até viola o “épico”. Aqui há mas é um bom
proveito da flexibilidade vocal de Janne Christofferson em cantar-nos em tons
diferentes para manter as músicas com um balanço de vocais épicos e outros mais
graves, ou, com falta de vocabulário para usar, vocais mais Doom. Um álbum que
já não sendo dos mais longos – tem um tamanho e tempo normal – passa depressa e
tem todos os seus segundos bem recheados, sem deixar que a energia da música
amorteça em nenhum momento. Sem grandes oscilações de humor, apenas algumas
transições bem pensadas e trabalhadas – como a transição de “Hammer of the
North”, uma das faixas de destaque para “Black Sails”. É um disco que se
encaixaria perfeitamente numa época menos actual – provavelmente impressionaria
– mas soa igualmente fresco e actual e ao mesmo tempo, mesmo com o seu som
directo, pode ser uma escapatória a uma repetição genérica do Heavy Metal à
maneira clássica. Com o seu toquezinho próprio. Disco épico-obscuro
suficientemente bom para comparecer em algumas listas variadas de melhores
lançamentos de 2010 por revistas e outras imprensas que tal debruçadas sobre o
género.
Avaliação: 8,0
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