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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Korn - The Path of Totality



Artista: Korn
Álbum: The Path of Totality
Data de lançamento: 6 Dezembro 2011
Género: Nu Metal, Metal alternativo, Dubstep
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Chaos Lives in Everything”
2 – “Kill Mercy Within”
3 – “My Wall”
4 – “Narcissistic Cannibal”
5 – “Illuminati”
6 – “Burn the Obedient”
7 – “Sanctuary”
8 – “Let’s Go”
9 – “Get Up!”
10 – “Way Too Far”
11 – “Bleeding Out”

Os Korn são um exemplo de uma banda que tem muito que lutar para se manter relevante no tempo. Principalmente quando o género que eles teoricamente criaram e reinaram não passou de uma moda que hoje já vai a uma distância longínqua. Portanto, o que haveria a fazer para a cada novo disco, fazer jus a um nome já de grande dimensão e manter-se minimamente notório? Aparentemente, Jonathan Davis e Ca. descobriram o Dubstep e acharam que seria boa ideia usar uma larga influência do estilo para compor um novo trabalho. Para isso contacta alguns dos mais populares artistas do género como Skrillex, Feed Me, Kill the Noise, Excision entre outros para ajudar na produção. É uma ideia que soa inteligente no papel mas será que resultaria na prática?

Para já, há que salientar que neste momento, o Dubstep também é uma moda. Já mais antigo do que muitos jovens fãs pensam, a audiência admiradora do estilo pode-se dividir em duas partes: uma com gosto na sonoridade electrónica distorcida, já com o seu tempo dedicado ao género. Tecnicamente, chamar-se-iam os verdadeiros fãs, diga-se assim. A outra é uma multidão adolescente do “I <3 Skrillex” que delira com o som só porque sim e que deixou o Drum and Bass na prateleira – a moda anterior. E para o restante que não ouve – eu incluído, por acaso – acaba por soar tudo semelhante.

Mas a qual dessas duas metades se direccionavam os Korn? Isso era o que ainda não se sabia, mas analisando as críticas e a recepção até agora ao álbum… Não me lembro de ter visto um disco tão polarizador! Uns acham que resultou de maneira maravilhosa, uma experiência com sucesso e um dos melhores discos dos Korn ultimamente. Outros acham que se pegar num monte de esterco e se tentar transformá-lo em música, o resultado seria algo como isto. Não parece haver ali nenhum intermédio, ninguém que ache só um “OK“. Ultimamente um dos maiores exemplos do “adore-se ou odeie-se”.

Passando agora para o meu ponto de vista… Posso dizer que me instalo no lado dos que acham que a experiência resultou. Mas não tão extremista, fico a um nível mais a meio, porque talvez compreenda a reacção da outra metade. O Dubstep, pegando moda da maneira que pegou, pode ser algo intimidador para alguém que já esteja farto de o ouvir. E ainda se for um fã de Korn pior, sabendo que “Korn III: Remember Who You Are” que antecedeu este registo soa a um reencontro da banda com eles mesmos e logo a seguir experimentam algo tão arriscado.

Mas se formos de um ponto de vista mais aberto e dermos uma oportunidade a cada registo novo, independentemente do diferente rótulo que carrega, pode ser diferente. Para começar: Para alguém que realmente ache que o Dubstep soa todo igual – volto a incluir-me eu como um “outsider” do género – existe aqui uma boa abordagem alternativa. A presença forte do “factor Korn” que identifica a banda no meio de todo o “ruído”. Ainda nos aparece aqui por mais que uma vez, um bom refrão que não lembra mais ninguém a não ser Korn – aponto como exemplos o single “Narcissistic Cannibal” que sou capaz de andar horas com ela na cabeça, “Chaos Lives in Everything” ou “Let’s Go” entre mais. A parte instrumental não fica inteiramente entregue aos produtores da parte Dubstep e os Korn ainda dão bom uso às guitarras para criar riffs. E uma etiqueta final da marca Korn: os estalinhos reconhecíveis do baixo tocado no estilo “slapping” encontram-se ao longo de todo o decorrer do disco.

Temos é que encarar que a junção dos dois estilos não está assim tão aleatória e não parece haver uma coisa colada a outra. O processo de mistura e experimentalismo parece estar bem feito, portanto a partir daí não há grandes pecados a apontar. O grande problema é mesmo o risco tomado que do ponto de partida já esperamos que deixe uma boa porção de fãs a torcer o nariz e a desgostar. E também o facto de isto não ser uma ideia que resulte repetidamente, mas sim numa de “one night stand” que se experimenta uma vez e fica ali aquele.

E ainda, concluindo, fica aquela sensação estranha de que tão bem fizeram um regular álbum de Korn como fizeram um álbum de algo totalmente diferente. E como Jonathan Davis disse, “Não fizemos um álbum de Dubstep. Fizemos um álbum de Korn”. Verdade, mas a outra parte também está lá bem saliente e vai arranhar os ouvidos a muitos…

Avaliação: 7,6


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Korn - Korn III: Remember Who You Are


Artista: Korn
Álbum: Korn III: Remember Who You Are
Data de lançamento: 13 Julho 2010
Género: Nu Metal, Metal Alternativo
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Uber-Time”
2 – “Oildale (Leave Me Alone)”
3 – “Pop a Pill”
4 – “Fear Is a Place to Live”
5 – “Move On”
6 – “Lead the Parade”
7 – “Let the Guilt Go”
8 – “The Past”
9 – “Never Around”
10 – “Are You Ready to Live?”
11 – “Holding All These Lies”

O inevitável destino das bandas de Nu Metal. Cair. Até mesmo para os pioneiros. Pena é que a única coisa que realmente causa uma decadência é a mentalidade de alguns dos antigos fãs, que os ouviam quando era moda e depois deixaram-nos cair no esquecimento. E devido a essa mesma moda, e ao tipo de fãs que a banda obtém, lá aparecem os haters que todas as bandas se habilitam a ter assim que começam a vender discos. Outros tipos como eu ficam sempre à espera que venha o novo para desfrutarem. O anterior “Untitled” ou “Korn II”, como preferirem chamar-lhe, foi alvo de várias críticas negativas que notaram o som mais leve e experimental. Eu por outro lado fiquei bastante agradado e preso com algumas melodias que conseguiram puxar, uns bons riffs mesmo que não sejam aqueles ruidosos que faziam ao início, as estruturas eram algo diferentes das habituais da banda e isso cativou-me bastante. No entanto o choro que se ouvia era o de alguns fãs que preferiam de longe o som antigo da banda. O que há a fazer para o novo disco de 2010? Simples. Pegar naquilo que os fãs andaram a pedir e aumentar-lhe o volume. Ouso dizer que o que há aqui presente aproxima-se bastante de algum do material que se encontra no mítico álbum de estreia “Korn” ou um “Life Is Peachy” ou “Follow the Leader”. Desde o single “Oildale (Leave Me Alone)” e o seu curto e grosso riff, o refrão suficientemente simples para se colar e toda a estrutura “in your face” já nos traz alguma água à boca. E o disco não desilude. Há aquela fúria que havia em discos anteriores e riffs como os de “Pop a Pill”, “Fear Is a Place to Live”, “Lead the Parade”, “Are You Ready to Live?” ou se formos a ver bem, o de qualquer música, foram feitos para nos deixar tudo menos indiferente a eles e já podem juntar-se à lista em conjunto com alguns como de “Did My Time”, “Blind”, “Y’All Want a Single”, “Here to Stay” e muitos mais. Pelo meio há aquelas letras já típicas de Jonathan Davis, cantadas com a sua inconfundível voz e com aquele tom de fúria que no último “Untitled” encontrava-se um pouquinho em minoria. Excelente trabalhos nos refrões para que as canções não sejam só ruidosas mas também tenham o seu quê de “catchy” e sem querer exagerar, até de “poppy”. O baixo! Temos aquele baixo tocado em “slap” cujos seus estalinhos nos dizem de imediato que se trata de uma música dos Korn. Aqui encontra-se com folia e diz-nos que Arvizu ainda aguenta bem das mãos e dos dedos para tocar como bem sabe. A maluquice experimental aqui já se encontra menos sublinhada do que nos outros registos mais recentes da banda, mas ainda temos a introdução “Uber-Time” e os sons do final de “Never Around”. Para além do primeiro single “Oildale”, “Let the Guilt Go” é mais um hino de estádio e promete ser uma favorita, não só deste álbum, mas de todo o catálogo dos Korn. Brilhante. Mais simples e mais directo que os últimos. No entanto, também é mais Korn. E mesmo que também seja previsível que existam algumas opiniões como “Korn a tentar regressar às origens, agora, depois de velhos, blá blá blá”, não importa. Com este disco à antiga, e com a sua fantástica abordagem do estilo que criaram, posso dizer que este “Remember Who You Are” se trata do melhor álbum que os Korn lançaram em anos…

Avaliação: 9,3