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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Red Hot Chili Peppers - I'm with You



Artista: Red Hot Chili Peppers
Álbum: I’m with You
Data de lançamento: 26 Agosto 2011
Género: Rock, Funk Rock, Rock alternativo
Editora: Warner Bros. Records
Lista de faixas:

1 – “Monarchy of Roses”
2 – “Factory of Faith”
3 – “Brendan’s Death Song”
4 – “Ethiopia”
5 – “Annie Wants a Baby”
6 – “Look Around”
7 – “The Adventures of Rain Dance Maggie”
8 – “Did I Let You Know”
9 – “Goodbye Hooray”
10 – “Happiness Loves Company”
11 – “Police Station”
12 – “Even You Brutus?”
13 – “Meet Me at the Corner”
14 – “Dance, Dance, Dance”

Nem é preciso qualquer tipo de apresentação desta banda. Já é daquelas que está no “ensino básico” de qualquer ouvinte de música. Quanto ao apreciar ou não, fica ao critério de cada um, mas há que ter uma boa dose de respeito por uma banda que já alcançou e conquistou tanto como os Red Hot Chili Peppers. 5 anos após um bem recebido “Stadium Arcadium” e depois de um pequeno período conturbado que contou com o abandono da banda por parte de John Frusciante pela segunda vez, eis que a lendária banda Americana nos apresenta um novo trabalho de estúdio, que numa fase pós-Frusciante, não sabemos se é para manter o som característico e maduro dos Chili Peppers da última década, se é para tentar conectar-se com os dias de estreia, se é para entrar em algo novo. Para se assimilar a um “One Hot Minute” – que contou com Dave Navarro na guitarra após o primeiro abandono de Frusciante – teria que haver muita obscuridade e influências de factores negativos como uma recaída na droga por parte do vocalista Anthony Kiedis – que hoje afirma estar limpo e sóbrio. Portanto não será por essa veia. Mas pode haver uma abordagem diferente. A banda encontra-se cada vez mais longe da flor da sua juventude, já têm filhos – Anthony foi pai recentemente o que lhe pode ter influenciado um pouco a sua escrita – já têm uma carreira invejável. Há-que apostar nisso. Partindo do ponto onde ficou “Stadium Arcadium”, este disco apresenta-nos alguns pormenores que os ligam, resgatando um pouco do Funk que deixaram pela década de 80, com canções que facilmente rebentam num refrão a pedir airplay numa rádio e a implorar tornar-se hino de estádio. 1 hora de canções como estas, como a já conhecida “The Adventures of Rain Dance Maggie”, a introdutória “Monarchy of Roses”, a repetitivamente viciante “Ethiopia” ou uma dedicatória que se torna reflectiva sobre a própria morte como “Brendan’s Death Song” que se candidata a ser das melhores obras aqui neste trabalho. O trabalho de guitarra não se podia manter como nos era servido ultimamente com os tons pessoais e únicos de John Frusciante – e não só, os seus vocais secundários agudos também já eram uma das muitas marcas de assinatura do grupo – mas não há razões de queixa do novato Josh Klinghoffer que admite ter em Frusciante uma das suas maiores influências. Logo, a guitarra que aqui se ouve pode diferir daquilo que se espera num disco de RHCP, e para alguns pode ser um “polegar para baixo”, mas o desempenho é deveras muito positivo e mesmo que não seja muito “Frusciantesco” consegue manter-se bastante “Chili Pepperesco”. Mesmo que não haja nenhuma “Scar Tissue”, nenhuma “Can’t Stop”, não se encontrem “Dani California”’s, “By the Way”’s ou “Californication”’s neste disco, - exemplificando hinos da fase mais recente da carreira do quarteto Funk - visto que tais resultados são difíceis de obter, espera-se que saiam na mesma muitos mais frutos memoráveis deste registo. “Blood Sugar Sex Magik” e “Californication” já estão feitos, não há muita mais história para escrever, agora o que há a fazer é manter o legado sempre em pé, de forma legítima e respeitável como este “I’m with You” – que provavelmente vai custar a colar para alguns fãs – consegue fazer.

Avaliação: 8,2



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Korn - Korn III: Remember Who You Are


Artista: Korn
Álbum: Korn III: Remember Who You Are
Data de lançamento: 13 Julho 2010
Género: Nu Metal, Metal Alternativo
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Uber-Time”
2 – “Oildale (Leave Me Alone)”
3 – “Pop a Pill”
4 – “Fear Is a Place to Live”
5 – “Move On”
6 – “Lead the Parade”
7 – “Let the Guilt Go”
8 – “The Past”
9 – “Never Around”
10 – “Are You Ready to Live?”
11 – “Holding All These Lies”

O inevitável destino das bandas de Nu Metal. Cair. Até mesmo para os pioneiros. Pena é que a única coisa que realmente causa uma decadência é a mentalidade de alguns dos antigos fãs, que os ouviam quando era moda e depois deixaram-nos cair no esquecimento. E devido a essa mesma moda, e ao tipo de fãs que a banda obtém, lá aparecem os haters que todas as bandas se habilitam a ter assim que começam a vender discos. Outros tipos como eu ficam sempre à espera que venha o novo para desfrutarem. O anterior “Untitled” ou “Korn II”, como preferirem chamar-lhe, foi alvo de várias críticas negativas que notaram o som mais leve e experimental. Eu por outro lado fiquei bastante agradado e preso com algumas melodias que conseguiram puxar, uns bons riffs mesmo que não sejam aqueles ruidosos que faziam ao início, as estruturas eram algo diferentes das habituais da banda e isso cativou-me bastante. No entanto o choro que se ouvia era o de alguns fãs que preferiam de longe o som antigo da banda. O que há a fazer para o novo disco de 2010? Simples. Pegar naquilo que os fãs andaram a pedir e aumentar-lhe o volume. Ouso dizer que o que há aqui presente aproxima-se bastante de algum do material que se encontra no mítico álbum de estreia “Korn” ou um “Life Is Peachy” ou “Follow the Leader”. Desde o single “Oildale (Leave Me Alone)” e o seu curto e grosso riff, o refrão suficientemente simples para se colar e toda a estrutura “in your face” já nos traz alguma água à boca. E o disco não desilude. Há aquela fúria que havia em discos anteriores e riffs como os de “Pop a Pill”, “Fear Is a Place to Live”, “Lead the Parade”, “Are You Ready to Live?” ou se formos a ver bem, o de qualquer música, foram feitos para nos deixar tudo menos indiferente a eles e já podem juntar-se à lista em conjunto com alguns como de “Did My Time”, “Blind”, “Y’All Want a Single”, “Here to Stay” e muitos mais. Pelo meio há aquelas letras já típicas de Jonathan Davis, cantadas com a sua inconfundível voz e com aquele tom de fúria que no último “Untitled” encontrava-se um pouquinho em minoria. Excelente trabalhos nos refrões para que as canções não sejam só ruidosas mas também tenham o seu quê de “catchy” e sem querer exagerar, até de “poppy”. O baixo! Temos aquele baixo tocado em “slap” cujos seus estalinhos nos dizem de imediato que se trata de uma música dos Korn. Aqui encontra-se com folia e diz-nos que Arvizu ainda aguenta bem das mãos e dos dedos para tocar como bem sabe. A maluquice experimental aqui já se encontra menos sublinhada do que nos outros registos mais recentes da banda, mas ainda temos a introdução “Uber-Time” e os sons do final de “Never Around”. Para além do primeiro single “Oildale”, “Let the Guilt Go” é mais um hino de estádio e promete ser uma favorita, não só deste álbum, mas de todo o catálogo dos Korn. Brilhante. Mais simples e mais directo que os últimos. No entanto, também é mais Korn. E mesmo que também seja previsível que existam algumas opiniões como “Korn a tentar regressar às origens, agora, depois de velhos, blá blá blá”, não importa. Com este disco à antiga, e com a sua fantástica abordagem do estilo que criaram, posso dizer que este “Remember Who You Are” se trata do melhor álbum que os Korn lançaram em anos…

Avaliação: 9,3


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dee Snider - Never Let the Bastards Wear You Down


Artista: Dee Snider
Álbum: Never Let the Bastards Wear You Down
Data de lançamento: 2000
Género: Hard Rock, Heavy Metal
Editora: Koch Records
Lista de faixas:

1 – “Hard Core”
2 – “Call My Name”
3 – “Our Voice Will Be Heard”
4 – “Isn’t It Time”
5 – “Cry You a Rainbow”
6 – “The Wanderer”
7 – “Uh Huh Huh”
8 – “Desperado”
9 – “Sometimes You Win (Sometimes You Lose)
10 – “Ride Through the Storm”

Para aqueles que não se lembram quem é Dee Snider: Snider era o vocalista dos Twisted Sister, uma das bandas que mais marcou a década de 80 no que diz respeito ao Glam Metal com hits devastadores como “I Wanna Rock” e “We’re Not Gonna Take It”. Também foi alvo de algumas controvérsias nessa mesma década, com a Parents Music Resource Center que os acusava de promover violência, sexo, uso de drogas e outras coisas pouco aconselháveis para jovens como em “Be Chrool to Your Scuel”. Após o hype da banda, caiu quase no esquecimento total e hoje pode ser visto como comentador em programas do Vh1, nalgum episódio de MTV Cribs, no seu próprio reality show “Growing Up Twisted” e até noutros programas de TV e em alguns concertos ocasionais – alturas em que se reúne com os seus Twisted Sister. Poderá ter caído no esquecimento para o mainstream em geral, que acompanhou o Glam Metal de forma bombástica, mas os hits “I Wanna Rock” e “We’re Not Gonna Take It” ainda são hinos enormes nos dias de hoje e a voz de Snider ainda é das mais respeitáveis no Metal – mesmo que não seja muito apreciada por todos. Mas falando do álbum… Um único álbum a solo de um vocalista, que não recebeu grande atenção, na altura em que foi lançado há 10 anos atrás, que hoje dificilmente alguém se lembra dele. O que pode vir à cabeça é um disco fraco. Mas nem por isso, visto que o básico que aqui está, é o básico que Dee Snider queria. Não foi um álbum para ganhar uns trocos, visto que isto não tinha estrutura para ser um êxito de vendas. O que Dee Snider quis foi pegar em músicas já escritas e compostas no tempo dos Twisted Sister e que ficaram esquecidas na gaveta, gravá-las e dá-las a conhecer aos mais sedentos fãs que agradecem cada riff, cada nota de um solo, cada refrão de punho no ar e cada verso cantado por Snider. Se as músicas foram escritas aina nos tempos “wild” dos Twisted Sister, podem ser más? Não. É Hard Rock/Metal do puro – fãs de Hardcore, não vão atrás do título da primeira faixa - e não é para ser apreciado como material complexo mas sim simples como o próprio estilo é e como os Twisted Sister faziam. A agressividade está lá. A musicalidade está lá. E os bons refrões estão lá – mesmo que alguns não deslizem tão bem pelo ouvido dentro, há outros como os de “Isn’t It Time” que entranham-se bem. Não é nenhum “Stay Hungry” – longe disso – mas não deixa de ser um bom e sólido disco de Hard Rock/Old School Metal.

Avaliação: 7,7


terça-feira, 9 de março de 2010

You Me at Six - Hold Me Down

Artista: You Me at Six
Álbum: Hold Me Down
Data de lançamento: 11 Janeiro 2010
Género: Pop Punk, Rock alternativo
Editora: Virgin Records, Epitaph Records
Lista de faixas:



1 - "The Consequence" (com Sean Smith)
2 - "Underdog"
3 - "Playing the Blame Game"
4 - "Stay with Me"
5 - "Safer to Hate Her"
6 - "Take Your Breath Away"
7 - "Liquid Confidence"
8 - "Hard to Swallow"
9 - "Contagious Chemistry"
10 - "There's No Such Thing as Accidental Infidelity" (com Aled Phillips)
11 - "Trophy Eyes"
12 - "Fireworks"

"Hold Me Down", segundo álbum dos Britânicos You Me at Six, que até agora tem obtido recepções mistas. A minha crítica, por si só, já é algo mista. Acaba por se tornar confuso classificar este como um bom álbum ou apenas um álbum razoável. Será apenas mais um registo de Punk Pop, ou terá algo de especial, este disco? Fica aí a questão. É que mesmo ouvindo o álbum, o bichinho está sempre lá. Um gajo até se pode concentrar na música e até conseguir penetra-la e as canções agradarem e ficarem bem no ouvido. Mas por outro lado, pode-se estar sempre à espera que algo de mais entusiasmante aconteça... Afinal como é? De qualquer das formas, se há algo que se deve aclamar será a genialidade melódica que estes jovens aplicam a cada canção, com refrões bastante orelhudos. Enquanto não entrarem no irritante, bons refrões memoráveis são bem-vindos. As letras de Franceschi também são significativas e aplaudíveis. E, no fundo, talvez por não se tratar de uma banda Americana não haja aquele apelo pela atenção mainstream - não, não estou a dizer que todas as bandas recentes de Pop Punk Americanas são más... Fácil de se fazer ou não, original ou não, monótono ou o contrário, "Hold Me Down" é um álbum bastante misto, lá está. Mas eu, por mim, considero-o, talvez suficientemente bom. Não me vou armar em esquisito. Talvez até ouça isto mais algumas vezes...

Avaliação: 7,0