Artista:
Korn
Álbum:
The Path of Totality
Data de lançamento: 6 Dezembro 2011
Género: Nu Metal, Metal alternativo, Dubstep
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:
1 –
“Chaos Lives in Everything”
2
– “Kill Mercy Within”
3
– “My Wall”
4
– “Narcissistic Cannibal”
5
– “Illuminati”
6
– “Burn the Obedient”
7
– “Sanctuary”
8
– “Let’s Go”
9
– “Get Up!”
10
– “Way Too Far”
11
– “Bleeding Out”
Os Korn são um exemplo de uma banda que tem muito
que lutar para se manter relevante no tempo. Principalmente quando o género que
eles teoricamente criaram e reinaram não passou de uma moda que hoje já vai a
uma distância longínqua. Portanto, o que haveria a fazer para a cada novo
disco, fazer jus a um nome já de grande dimensão e manter-se minimamente
notório? Aparentemente, Jonathan Davis e Ca. descobriram o Dubstep e acharam
que seria boa ideia usar uma larga influência do estilo para compor um novo
trabalho. Para isso contacta alguns dos mais populares artistas do género como
Skrillex, Feed Me, Kill the Noise, Excision entre outros para ajudar na
produção. É uma ideia que soa inteligente no papel mas será que resultaria na
prática?
Para já, há que salientar que neste momento, o
Dubstep também é uma moda. Já mais antigo do que muitos jovens fãs pensam, a
audiência admiradora do estilo pode-se dividir em duas partes: uma com gosto na
sonoridade electrónica distorcida, já com o seu tempo dedicado ao género.
Tecnicamente, chamar-se-iam os verdadeiros fãs, diga-se assim. A outra é uma
multidão adolescente do “I <3 Skrillex” que delira com o som só porque sim e
que deixou o Drum and Bass na prateleira – a moda anterior. E para o restante
que não ouve – eu incluído, por acaso – acaba por soar tudo semelhante.
Mas a qual dessas duas metades se direccionavam os
Korn? Isso era o que ainda não se sabia, mas analisando as críticas e a
recepção até agora ao álbum… Não me lembro de ter visto um disco tão
polarizador! Uns acham que resultou de maneira maravilhosa, uma experiência com
sucesso e um dos melhores discos dos Korn ultimamente. Outros acham que se
pegar num monte de esterco e se tentar transformá-lo em música, o resultado
seria algo como isto. Não parece haver ali nenhum intermédio, ninguém que ache
só um “OK“. Ultimamente um dos maiores exemplos do “adore-se ou odeie-se”.
Passando agora para o meu ponto de vista… Posso
dizer que me instalo no lado dos que acham que a experiência resultou. Mas não
tão extremista, fico a um nível mais a meio, porque talvez compreenda a reacção
da outra metade. O Dubstep, pegando moda da maneira que pegou, pode ser algo
intimidador para alguém que já esteja farto de o ouvir. E ainda se for um fã de
Korn pior, sabendo que “Korn III: Remember Who You Are” que antecedeu este
registo soa a um reencontro da banda com eles mesmos e logo a seguir
experimentam algo tão arriscado.
Mas se formos de um ponto de vista mais aberto e
dermos uma oportunidade a cada registo novo, independentemente do diferente
rótulo que carrega, pode ser diferente. Para começar: Para alguém que realmente
ache que o Dubstep soa todo igual – volto a incluir-me eu como um “outsider” do
género – existe aqui uma boa abordagem alternativa. A presença forte do “factor
Korn” que identifica a banda no meio de todo o “ruído”. Ainda nos aparece aqui
por mais que uma vez, um bom refrão que não lembra mais ninguém a não ser Korn –
aponto como exemplos o single “Narcissistic Cannibal” que sou capaz de andar
horas com ela na cabeça, “Chaos Lives in Everything” ou “Let’s Go” entre mais.
A parte instrumental não fica inteiramente entregue aos produtores da parte
Dubstep e os Korn ainda dão bom uso às guitarras para criar riffs. E uma etiqueta
final da marca Korn: os estalinhos reconhecíveis do baixo tocado no estilo “slapping”
encontram-se ao longo de todo o decorrer do disco.
Temos é que encarar que a junção dos dois estilos
não está assim tão aleatória e não parece haver uma coisa colada a outra. O
processo de mistura e experimentalismo parece estar bem feito, portanto a
partir daí não há grandes pecados a apontar. O grande problema é mesmo o risco
tomado que do ponto de partida já esperamos que deixe uma boa porção de fãs a
torcer o nariz e a desgostar. E também o facto de isto não ser uma ideia que
resulte repetidamente, mas sim numa de “one night stand” que se experimenta uma
vez e fica ali aquele.
E ainda, concluindo, fica aquela sensação estranha
de que tão bem fizeram um regular álbum de Korn como fizeram um álbum de algo
totalmente diferente. E como Jonathan Davis disse, “Não fizemos um álbum de
Dubstep. Fizemos um álbum de Korn”. Verdade, mas a outra parte também está lá
bem saliente e vai arranhar os ouvidos a muitos…
Avaliação: 7,6
eu nasci em emio a uma familia bem ecletica,sou acostumado com misturas de ritmos,sou um enorme admirador de dubstep a anos,e nunca tinha visto um ritmo se misturar tão bem com ele como o nu metal do Korn,achei fantastico,e pode ser um ponta pé inicial par um novo genero,prefiro não ver o lado mal disso,já que quase não existe,nota 10 para o album e para a coragem inovadora da banda Korn,que acaba de ganhar mais um adimirador(eu layan lima medeiros)
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