Mostrar mensagens com a etiqueta not. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta not. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

["Ai Louvado..." do Mês] Fast Food Rockers - It's Never Easy Being Cheesy



Artista: Fast Food Rockers
Álbum: It’s Never Easy Being Cheesy
Data de lançamento: 2003
Género: Bubblegum Pop, Dance, Europop
Editora: Better the Devil Records
Lista de faixas:

1 – “It’s Never Easy Being Cheesy”
2 – “Fast Food Song”
3 – “Say Cheese! (Smile Please)”
4 – “I’m Not Going to Tell You Again”
5 – “Running Rings Around My Heart”
6 – “Sail Away”
7 – “Unforgettable”
8 – “9 Times Out of 10”
9 – “Rockers’ Carnival”
10 – “Ghostbusters”
11 – “Kiss Me Quick”
12 – “Strut Your Funky Stuff”
13 – “The Adventure”
14 – “Stompin’”
15 – “One Step Away From Love”

Eu avisei que isto ia piorar. Se não conhecem esta relíquia, abençoados sejam vós pela vossa sorte em nunca se terem cruzado com nenhuma “obra” daqui retirada. Se já conhecem, os meus sinceros sentimentos, sei bem o quão dolorosa pode ser a experiência de ver e ouvir tal coisa. Esta “banda” ou coisa que o valha já cá não anda e apenas duraram um ano. Quer se tenha crença religiosa ou qualquer tipo de fé ou não, é caso para dizer “Graças a Deus” de qualquer maneira. É que uma parte da Europa já apanhou um valente cagaço quando a “Fast Food Song” se tornou um hit e tínhamos 3 Pokémons estranhos a encorajar-nos a empanturrar-nos em tudo o que fosse fast food. Ou seja, alguém teve a brilhante ideia de investir dinheiro em 3 jovens de bom aspecto – leitores do sexo masculino que virem o vídeo de “Say Cheese!” conseguem distrair-se um pouquinho da música, creio eu – e produzir um single de Eurodance do mais foleiro que se pode fazer. E se a mente brilhante que escreveu tal consegue escrever mais, que venha de lá um disco inteiro, 15 faixas. E correndo o risco de fazer este artigo parecer muito religioso, ouso dizer na mesma: “Deus me livre!”. Sem querer descrever muito o que se passa para aqui – eu nem ouvi tudo o que se passa por aqui, muito obrigado, não é de todo necessário – acho que ao verem o vídeo daquele “espantacular” single já têm suficiente. O resto do disco seria instrumento de tortura, sofriam com o single, o restante era para multiplicar a dor. Mas não obrigo – aliás, nem aconselho – ninguém a ouvir algo semelhante sequer. Uma coisa que sei é que há por aqui coisas estranhas como rip-offs de rip-offs de algo muito mau. Sim, são assim tão bons. Numa estranha experiência de pesadelo bizarro em que ouvia “Rockers’ Carnival” havia ali um estranho plágio de Madonna que me dava a sensação de que tinham pegado em “La Isla Bonita” e a tinham feito passar por uma trituradora e de seguida num liquidificador e que ficara algo assim. E por aí fora, o resto também será um prato jeitoso, com certeza. Ao fim e depois de conseguirmos fechar a boca e limpar a baba do estarrecimento que se experiencia ao assistir a “Fast Food Song”, chegámos à conclusão de que isto ter durado um ano foi muito. Ter existido sequer foi muito. E a não ser que a vossa professora de Inglês no âmbito da matéria da disciplina relacionada com fast food queira passar esta música num exercício, e que para isso prefira CD’s originais, não há mais nenhuma razão para se querer comprar este single ou este álbum. Mas pronto, o perigo já passou, estes 3 já estão a tentar viver vidas normais sem ser numa carrinha colorida a oferecer pizzas e hambúrgueres e a fazer publicidade à KFC e ao McDonalds, com danças capazes de fazer até uma criança sentir alguma vergonha. Os leitores masculinos se quiserem lá podem pesquisar pelas duas moças, que uma delas acho que até tem uma página MySpace ou assim. E na segunda edição que realizo desta secção, apenas pergunto… Será que fui longe demais?


quarta-feira, 17 de março de 2010

Ringo Starr - Y Not


Artista: Ringo Starr
Álbum: Y Not
Data de lançamento: 12 Janeiro 2010
Género: Rock, Pop
Editora: Hip-O Records, Universal Music Enterprises
Lista de faixas:


1 - "Fill in the Blanks" (com Joe Walsh)

2 - "Peace Dream" (com Paul McCartney)
3 - "The Other Side of Liverpool"
4 - "Walk With You" (com Paul McCartney)
5 - "Time"
6 - "Everyone Wins"
7 - "Mystery of the Night"
8 - "Can't Do It Wrong"
9 - "Y Not"
10 - "Who's Your Daddy" (com Joss Stone)

O que resta dos Beatles? John Lennon, mesmo abandonando o mundo dos vivos, deixou toda a sua música, repleta de clássicos intemporais, e irá ser ouvida eternamente. George Harrison também fez questão de deixar muitos trabalhos em nome próprio antes de falecer e ainda hoje os seus hits "rodam" nas rádios. Paul McCartney ainda aí anda cheio de força e continua a gravar, ainda que apenas ocasionalmente, excelentes álbuns. Então e o Ringo? O Beatle mais despercebido, o desprezado, por vezes até o "Beatle feio". Pois, realmente é bastante provável que Ringo Starr seja o ex-membro dos "Fab Four" cuja música seja a que menos se ouça e seja reconhecida. Mas o certo é que este homem não tem estado parado, de mãos nos bolsos - apesar de ser essa a sua pose na capa - e em Janeiro deste ano, deixou mais um novo disco nas estantes. "Y Not". Sucessor de "Liverpool 8" de 2008. Sabiam desse lançamento sequer? Não? Então isso já é mau.
O que é que é possível de perceber neste disco de Ringo? Será que ouvindo estas 10 canções se pensa "Já perdeu o jeito" ou "Já teve o seu momento, agora já não atina"? Não. Trata-se de um Beatle aqui a trabalhar e nota-se. Afinal os Beatles sempre foram absolutos génios das melodias e Ringo não se fica por fraco nesses termos e lá consegue prender alguns refrões às nossas cabeças, como por exemplo em "The Other Side of Liverpool", "Walk With You" ou "Who's Your Daddy" - o meu computador fez-me o fantástico favor de encravar após a "The Other Side of Liverpool", mas enquanto eu era consumido por uma grossa camada de nervos, ao menos era ao som do refrão dessa música que não me saía do miolo. O seu velho camarada McCartney também por aqui anda, dando um ar da sua graça, tocando o baixo em "Peace Dream" e fornecendo back vocals em "Walk With You", e devemos ter em conta que uma mera colaboração entre estes dois é o mais próximo e possível que podemos ter de uma reunião dos Beatles, nos dias de hoje... Para além deste seu companheiro, outros grandes nomes de talento constam na lista de participações especiais, entre eles Joe Walsh, Billy Squier, Dave Stewart, Edgar Winter, Joss Stone, Ben Harper, Richard Marx e Ann Marie Calhoun.
Este novo disco de Starr trata-se de um disco simples e é essa sua simplicidade que faz dele tão fácil de ouvir para qualquer ouvido e que faz com que se adeque tão bem a qualquer estilo. Afinal de contas este homem é um Beatle, e os Beatles são o maior exemplo de uma banda que consegue ser ouvida por qualquer um - não, ele não era o não-talentoso do quarteto... - e mesmo que algumas canções não tenham grande destaque e a forma como ele diz "Who's Your Daddy?" a Joss Stone seja algo perturbadora, não deixa de ser um bom álbum, que mereça umas audições repetidas de vez em quando, nem que seja só para animar.

Avaliação: 7,8