domingo, 17 de abril de 2011

ECOSROCK - Dia 16 - Paper Lost, Apply Zii, MORG, The Fall of Men, EAK

Depois de bastante agitação no dia anterior, já estava pronto para mais um dia do festival Ecos Rock, realizado na Oliva em S. João da Madeira, como parte do programa da Semana da Juventude. Ao contrário do dia anterior, desta vez não tinha feito os meus “trabalhos de casa” e não pesquisei sobre as bandas nem as ouvi, portanto cheguei ao recinto sem saber com que contar. Desta vez cheguei cedo e muito rapidamente instalei-me no mesmo spot que no dia anterior. O espectáculo começou pouco depois da minha chegada.

O evento abriu com os Paper Lost que traziam uma sonoridade mais leve, mais virada para o Pop Rock. E desde o início que me apercebi de uma coisa. O som estava melhor que no dia anterior. Ao contrário do outro dia, desta vez conseguia ouvir a voz do vocalista da banda e até consegui imediatamente perceber que a banda cantava em Português. Um concerto mais “family friendly” direccionado a um público mais reduzido, mas do qual ainda conseguiu obter admiração e cooperação com palmas rítmicas na música. A “suavidade” do estilo da banda em comparação às restantes ainda se acentuou mais quando apresentaram uma balada ao piano. O show também contou com uma convidada especial num dueto – que eu tinha detectado a sua presença anteriormente atrás de mim – e dou principal destaque ao guitarrista que sabia puxar um bom solo quando necessário. Mais suave e ainda só para aquecer, mas foi um espectáculo giro, com umas melodias bastante interessantes nas músicas.



A malta mais jovem veio depois, quando se preparavam para entrar os Apply Zii. Devido à sua proximidade para com aquele público e também à sua legião local de fãs já favorável, esperava inicialmente que o impacto dos Apply Zii naquele dia correspondesse ao dos InderborN do dia anterior. No entanto, talvez me tenha deixado enganar apenas pela sequência das bandas, porque senti que os InderborN tinham muito mais poder sobre todos aqueles dedicados jovens. No entanto a energia já se sentiu e muitas moshpits partiram de riffadas que os Apply Zii sabiam fazer. No entanto, as vozes dos vocalistas voltaram a desvanecer em relação ao concerto anterior, apesar de vocais mais agressivos. Foi, no entanto, um espectáculo cheio de bastante energia e com uma boa postura em palco por parte dos membros da banda, principalmente do positivamente hiperactivo vocalista.



A seguir já se iam preparando os MORG. Olhando para eles, pareceu-me uma banda diferente das outras. As cabeleiras compridas e as T-Shirts a saudar lendárias bandas como Metallica, Motorhead, Exodus ou Pantera deu-me a entender que a “escola” destes era diferente. E assim que começam a tocar e levo com uma enxorrada de Thrash Metal bem old school, não resisti e deixei-me levar por uma forte sessão de headbang para os deliciosos riffs que esta banda conseguia fazer. Das poucas vezes em que a minha cabeça estava relativamente parada e eu conseguia olhar à minha volta, via que todo o público perto de mim tinha enloquecido. No bom sentido. Talvez a banda que mais tenha conseguido puxar adrenalina do público. E a interacção da banda com esse público também era belíssima. Através da sua postura deu a entender uma coisa: esta banda vive para estar encima dum palco a “rockar” com uns fãs de cabeça à roda. De facto, homens extremamente carismáticos – ainda cheguei a ter uma breve conversa com o guitarrista principal da banda, após o concerto – e talentosos, ficando impressionado com o talento de cada um, desde a fantástica voz – que se ouvia agora – do vocalista aos fantásticos solos do guitarrista que se encontrava mesmo à minha frente. O concerto em que mais vi cabeças descontroladas, em que mais ouvi gritos – por exemplo, num momento de interacção banda-público a meio de uma música – e em que também vi mais “horns” no ar. O concerto em que eu mesmo mais descarreguei energia. E se neste momento me dói o pescoço enquanto escrevo este texto, é graças a eles, mas valeu a pena. E não só ouso dizer que este foi o melhor concerto da noite, como também ouso dizer que foi o melhor concerto de todo o evento.



Cancelamento do concerto dos The Fall of Men, por razões que não me chegaram a ser totalmente esclarecidas. No entanto, depois de um concerto como o dos MORG, um gajo até podia ir para casa satisfeito. Mas ainda havia mais, e o pessoal já se ia preparando para descarregar um bocado mais com os EAK.

Não apanhei o preciso início do concerto dos EAK devido a uma escapadinha minha para procurar algo fresco para molhar o bico, depois de uma descarga de adrenalina no concerto dos MORG. Mas quando voltei ao meu “spot”, já notei que ainda agora o concerto tinha começado e já havia um público doido a criar moshpits e a abanar cabeças ao som do Hardcore – ou Musclecore, para ser mais único – praticado pela banda. Um concerto bastante recheado de riffs potentes e de bastante atitude por parte do vocalista, que de vez em quando lá fazia alguns gestos… estranhos para entretenimento do público. Depois de muito suor e já quase a meio do concerto, os problemas de som no que tocava ao microfone do vocalista começavam a acentuar-se mais, ao ponto de ele não conseguir esconder a sua frustração e reclamar com o técnico mesmo durante a sua performance. Era, realmente, desmotivador, cheguei a ter o vocalista, Paulo à minha frente e não o conseguir ouvir, mesmo notando o seu esforço em fazer-se ouvir. Depois de um show repleto de abanares de cabeças, moshpits e de pouca interacção com o público ao pé do palco, a banda lá se retirou. E depois de muitos assobios – que já se estavam a tornar ensurdecedores, palavra – e de batidas no palco por parte da fila da frente do público, eles lá regressaram para o seu encore. Final do concerto, um despedimento e um agradecimento muito breves para a dedicação dos seus fãs, e acabava assim mais um enérgico show. Também desempenharam um bom trabalho ao fazer jus da sua posição de cabeças-de-cartaz e fizeram um espectáculo muito bom, mas que não conseguiu igualar de maneira nenhuma ao espectáculo da banda Feirense anterior.


No final, e numa reflexão geral, posso dizer que o evento no geral me agradou bastante. Neste último dia, vários pontos positivos a apontar no geral, destacando claro, os MORGMusic of Revolutionary Generation – que me surpreenderam e dos quais rapidamente me tornei fã. Que para o próximo ano venha mais!

 

3 comentários:

  1. eu cá espero de wide open ass para uma próxima edição.

    keep it heavy. |..|

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  2. Eh pá não é por mal Cristopher mas tu és um morcão do caralho ! Dizer que MORG foi a melhor banda do evento? pahaha . onde é que tu andas com a cabeça miúdo? ah pois, tu és daqueles que vai pa frente do palco saltar com a mao a fazer esta forma : \m/
    Eu olhei pra ti durante os concertos e parecias um pascácio ! So nao fui po mosh com vergonha de nabos como voces xD
    Pá proxima lava os ouvidos antes de ires ao ecos, porque EAK é sempre EAK . NADA E MELHOR QUE EAK .
    Passar bem emo fucking man.

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  3. @Anónimo

    Também quero ser da cena. :o

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