quinta-feira, 21 de abril de 2011

[Clássico do Mês] Motörhead - Ace of Spades

Artista: Motörhead
Álbum: Ace of Spades
Data de lançamento: 8 Novembro 1980
Género: Heavy Metal, Hard Rock, Rock and Roll, NWOBHM, Speed Metal
Editora: Bronze Records, Mercury Records
Lista de faixas:

1 – “Ace of Spades
2 – “Love Me Like a Reptile”
3 – “Shoot You in the Back”
4 – “Live to Win”
5 – “Fast and Loose”
6 – “(We Are) The Road Crew”
7 – “Fire, Fire”
8 – “Jailbait”
9 – “Dance”
10 – “Bite the Bullet”
11 – “The Chase Is Better Than the Catch”
12 – “The Hammer”

Quando se fala em marcar uma geração, há muitas coisas por onde pegar. O “Ace of Spades” da lendária banda Britânica Motörhead já é um exemplo dos mais óbvios. Por este blog já passaram clássicos pessoais, mas este é um exemplo de um clássico geral, não é só para mim, é para todos. Lançado em 1980, numa altura em que ainda havia muito conservadorismo – a PMRC ainda estaria para vir – andava este grupo Inglês liderado por Lemmy Kilmister – que alguns já conheciam anteriormente dos Hawkwind – a fazer barulho, basicamente. Para desgraça dos ouvidos de alguns e para delícia de outros, mas que o grupo já estava a criar sucesso e a solidificar-se, isso era verdade. Era já o quarto álbum da banda e os 3 anteriores já eram excelentes, inovadores, com boa dose de peso, mas faltava um que estabelecesse definitivamente a banda e também ainda se procurava um hino que se viesse a tornar uma canção “trademark” para a banda. Algo ainda mais forte que as já potentes “Motörhead”, “Iron Fist” ou “Bomber”. E é logo mal o disco começa a tocar que se leva com essa faixa que hoje é indiscutivelmente dos maiores hinos de Metal e que, lá está, como disse anteriormente, marca totalmente uma geração. Ou mais que uma geração, porque tal mítica música permanece tão fresca hoje em dia como no dia em que fez abanar pescoços pela primeira vez, há 30 anos atrás. E daí para a frente não é de baixar o volume, são mais 11 canções repletas de energia e riffadas que não deixam uma pessoa abrandar depois de uma “Ace of Spades”. E como é que isto pode marcar uma geração ou definir um estilo? Os Motörhead fazem parte de um movimento, de uma “onda” se assim lhe pudermos chamar. Mas é óbvio que abordavam a música de maneira muito diferente dos compatriotas co-líderes da tal New Wave of British Heavy Metal. Foi graças à voz única e inigualável de Lemmy que se pode dizer que já não é necessário haver propriamente uma voz limpa para se fazer música. E talvez arrisque dizer que se hoje existem vocais extremas (growls, berros e outros afins) que tenha sido graças à voz raspada de Lemmy. Uma abordagem instrumental mais crua e pesada que as restantes, num som singular que soa a algo como um “Dirty Rock N’ Roll” e pronto, assim se estabelece um estilo de música próprio que tende a ser várias vezes imitado mas nunca igualado. Hoje ouvimos este disco e pensamos de imediato no estatuto enorme da banda e sabemos que estamos a ouvir um tesouro do Metal. Mas questiono-me se na aquela altura quem ouvia o disco pela primeira vez já pensava “Está aqui um clássico” e já sabia que a banda viria a ter um brilhante e icónico futuro…


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