quarta-feira, 13 de abril de 2011

Eric Clapton - Clapton

Artista: Eric Clapton
Álbum: Clapton
Data de lançamento: 27 Setembro 2010
Género: Blues Rock
Editora: Reprise Records
Lista de faixas:

1 – “Travelin’ Alone”
2 – “Rocking Chair”
3 – “River Runs Deep”
4 – “Judgement Day”
5 – “How Deep Is the Ocean”
6 – “My Very Good Friend the Milkman”
7 – “Can’t Hold Out Much Longer”
8 – “That’s No Way to Get Along”
9 – “Everything Will Be Alright”
10 – “Diamonds Made From Rain”
11 – “When Somebody Thinks You’re Wonderful”
12 – “Hard Times Blues”
13 – “Run Back to Your Side”
14 – “Autumn Leaves”

Se há artista que pode simplesmente manter-se confortável e sem pressão para a preparação de um novo álbum, esse artista é Eric Clapton. O seu legado, o seu rico currículo, a sua larga influência geral faz com que se torne praticamente impossível que um artista com tal grandeza venha algum dia a fazer algo mau sequer. Portanto um disco acaba por ser sempre bem recebido, seja qual for a abordagem e sonoridade que ele escolha. Aqui temos precisamente um disco “confortável” como havia dito anteriormente, que não se aventura por grandes caminhos, não arrisca em algo exclusivo, não procura riffs excepcionais para se juntar ao riff de “Layla”, nem tenta fazer algo que lembre trabalhos dos Cream ou dos Derek and the Dominos. Apenas um novo e calmo registo de canções de Blues com largas influências de Jazz. Eu até lhe chamaria um “disco de se fazer sentado”, mas nem sei sequer se a expressão faz algum sentido. O que existe aqui são melodias simples, as habituais covers às quais Eric Clapton não é estranho na sua discografia, temos a guitarra de “marca Clapton” mesmo que não haja aqui nada de muito fenomenal. Existe uma boa composição nos temas para que haja Blues, mas sem ser estritamente um disco puramente de Blues, existem largos toques de Jazz, mas de modo a manter os Blues, há uma calma e uma suavidade que não se alargam ao ponto de fazer um disco aborrecido e sonolento. Semelhanças entre as canções apenas para manter um fio condutor, porque as músicas são todas absolutamente diferentes. Afastam-se totalmente de qualquer tipo de estrutura Pop, mas tão facilmente podem ser dançadas ou cantaroladas. O único que possa estar aqui mal administrado é o tempo, pois talvez um disco mantendo-se neste ritmo alargar-se por uma hora seja algo maçador. Mas duvido que um verdadeiro fã de Clapton ouça este disco e a determinado momento achar “OK, então, já chega”, portanto o que se podia considerar menos positivo é perfeitamente passável e perdoável. É um disco extremamente simples de facto, não impressiona ninguém. É relativamente diferente de alguns trabalhos mais antigos de Clapton, mas não algo excepcional. É um bom disco, mas não só para fás femininas de meia-idade que se derretam com a “Wonderful Tonight” ou com a “Tears in Heaven”. O disco funciona bem para qualquer apreciador de música e qualquer verdadeiro fã do trabalho de Eric Clapton. Como dissera anteriormente, já não precisa de muito para brilhar agora, já atingiu um brilho permanente ao longo dos anos de carreira.

Avaliação: 7,9


3 comentários:

  1. Gostei muito que tivesses feito review a este álbum. é sinal que não esqueceste.

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  2. Não acredito!Estás a fazer review de um dos meus guitarristas favoritos de todos os tempos. Grande compositor,grandes melodias, muito bom mesmo.

    Quanto a review não posso deixar de salientar que a pontuação está relativamente baixa para um artista deste calibre. De deixar qualquer ser humano deliciado.

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