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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Foo Fighters - Wasting Light



Artista: Foo Fighters
Álbum: Wasting Light
Data de lançamento: 12 Abril 2011
Género: Rock alternativo, Hard Rock
Editora: RCA Records
Lista de faixas:

1 – “Bridge Burning”
2 – “Rope”
3 – “Dear Rosemary”
4 – “White Limo”
5 – “Arlandria”
6 – “These Days”
7 – “Back & Forth”
8 – “A Matter of Time”
9 – “Miss the Misery”
10 – “I Should Have Known”
11 – “Walk”

Longe vão os tempos em que andava aí a banda do baterista dos Nirvana. Dave Grohl, sempre bem acompanhado pelos seus parceiros nos Foo Fighters, foi capaz de construir o seu próprio legado sem esquecer as suas raízes. Saltou da bateria e começou o seu projecto a solo em que tocava todos os instrumentos e chamou-lhe de Foo Fighters para se parecer com uma banda a sério. Passam-se anos, vários álbuns e já com outros membros estabelecidos na banda e já não parecem uma banda a sério, são uma banda a sério. E já com um nome grande suficiente para se consagrar como um dos maiores actos de Rock da actualidade, prometendo já deixar a sua pegada no percurso do Rock até ao futuro. Ao sétimo álbum, os Foo Fighters já nem têm grande pressão, o seu estilo é reconhecível e já sabemos a capacidade de Grohl e companhia em escrever viciantes melodias e hinos de estádio dando à banda a forma de Arena Rock. Mesmo assim, vão-se fazendo algumas experiências. No anterior “Echoes, Silence, Patience & Grace” – de onde saiu o grande hit “The Pretender” – a banda ficou mais calma, várias canções acústicas, menor procura de escrever malhas, piscar um pouco o olho ao Folk Rock e ao Country sem se instalar lá definitivamente. Após essa bem recebida experiência, era altura de uma outra abordagem diferente. Em contraste ao antecedente álbum, neste os Foos, resgatando o antigo guitarrista Pat Smear e ficando a banda com 5 membros, chamando Krist Novoselic – baixista dos Nirvana para quem não souber – para ajudar e contribuir numa faixa e tendo Butch Vig como produtor – que outrora já trabalhara com os Nirvana no lendário “Nevermind” – fazem aqui um disco intencionalmente pesado, talvez com o propósito de o tornar dos mais pesados da carreira. Esse peso e uma certa abordagem de “Rock n’ Roll duro e sujo” é mais evidente em “White Limo” que já atraía a atenção dos fãs antes do lançamento do álbum, pelo vídeo que contava com a participação de Lemmy Kilmister – que dispensa apresentações. Mas do princípio ao fim, o que se encontra é aquilo que já sabemos que Grohl & Ca. fazem bem e na perfeição, que são canções sólidas, com melodias às quais se fica facilmente agarrado, bem orientada por guitarra, que não sendo das mais extraordinárias, são suficientemente características para reconhecermos o nome “Foo Fighters” mal ouvimos. É do princípio ao fim, desde a inicial “Bridge Burning” à conclusiva e single “Walk”, 11 canções às quais nos podemos facilmente agarrar, 11 canções de criar espectáculo ao vivo – sem esquecer que os Foo Fighters são das bandas mais electrizantes em concerto, actualmente – e sem qualquer indício de material “filler”. Sempre com bastante energia, como Dave Grohl prometia antes da edição do álbum, apenas com “I Should Have Known” – onde Novoselic participa – a acalmar as águas. Não há já muito a fazer no estatuto dos Foo Fighters, eles não têm porque tentar inventar a roda outra vez, mas não há maneira possível de negar a qualidade a um álbum tão consistente e tão acima do suficiente. E mesmo com opiniões variando sempre… Não será este o disco que muitos fãs dos Foos esperam há já uns bons anos?

Avaliação: 8,7



quarta-feira, 25 de maio de 2011

[Clássico do Mês] Foo Fighters - Foo Fighters

Artista: Foo Fighters
Álbum: Foo Fighters
Data de lançamento: 4 Julho 1995
Género: Rock Alternativo, Grunge, Post-Grunge
Editora: Roswell Records
Lista de faixas:

1 – “This Is a Call”
2 – “I’ll Stick Around”
3 – “Big Me”
4 – “Alone + Easy Target”
5 – “Good Grief”
6 – “Floaty”
7 – “Weenie Beenie”
8 – “Oh, George”
9 – “For All the Cows”
10 – “X-Static”
11 – “Wattershed”
12 – “Exhausted”

E após falecer o mítico Kurt Cobain, o que restaria para os restantes integrantes dos Nirvana? Enquanto o baixista Krist Novoselic também fez alguma música mas decidiu ocupar-se mais com política, o carismático mas relativamente discreto baterista Dave Grohl não se queria ficar por aí. Já com um currículo relativamente vasto no seu circuito underground – e aí pode saltar o nome da banda de Hardcore Scream e um disco como “No More Censorship” – e com uma pequena passagem pela banda de Tom Petty – Tom Petty and the Heartbreakers – Grohl quis sempre mostrar algum do seu valor. E já se tinha andado a divertir com o seu projecto Late! e o pouco divulgado disco “Pocketwatch” mas havia a necessidade e o desejo de estabelecer-se no negócio, de ficar firme na música, de levar mais a sério. Portanto num trabalhito a solo através de umas canções que ele já tinha trabalhado anteriormente – o bichinho já o devia ter mordido e havia aquela ansiedade de fazer mais – e cria-se um bom e sólido álbum de estreia de Dave Grohl. Temas lançados e divulgados, arranja-se uns membros mais para levar as músicas para a estrada, disco nas lojas e forma-se uma banda: Foo Fighters. Hoje em dia uma banda que facilmente entra no nosso quotidiano e que conhecemos bem. Já uma marcante banda de Rock que se destaca como das principais desta década que passou e começou com um disco inteiramente gravado pelo seu líder, à excepção de uma pequena parte de guitarra em “X-Static” tocada por Greg Dulli – dos The Afhgan Whigs. E mesmo que seja um álbum relativamente simples no que toca ao género, não passa muito de um disco de Rock bem composto, ainda com o esqueleto Grunge presente, é bem forte e sólido para um registo de estreia, principalmente dum projecto iniciado por um membro a solo. Ouvindo este disco hoje e comparando-o ao som de Foo Fighters actual, as diferenças são evidentes, ainda não estava totalmente estabelecida a fórmula que faz dos Foo Fighters uma das mais empolgantes bandas de Rock dos tempos actuais, mas já haviam indícios e também já haviam uns bons “cheirinhos” do que o “Homem Mais Simpático do Rock” sabia compor. É mesmo isso o principal a reter após audição deste disco, as melodias que se puxam em estruturas de canções simples, o Rock carregado de “Good Grief”, “Weenie Beenie” ou “Wattershed”, a melodia contínua de “This Is a Call” que de imediato promete ficar-nos preso na cabeça, uma veia mais calma e experimental em “For All the Cows”, uma “boca” indirecta – ou não – a Courtney Love em “I’ll Stick Around” e uma experiência mais virada para o Pop em “Big Me” que até deu origem ao primeiro de muitos vídeos cómicos da carreira dos Foos. Importantíssimo como ponto de partida de uma importantíssima banda, quer se goste ou não. Havia que seguir em frente com o fim dos Nirvana, e o baterista que nem todos notavam soube fazê-lo bem. Até já dá para ser um clássico, isto…