Artista:
Foo Fighters
Álbum:
Wasting Light
Data de lançamento: 12 Abril 2011
Género: Rock alternativo, Hard Rock
Editora: RCA Records
Lista de faixas:
1 – “Bridge Burning”
2
– “Rope”
3
– “Dear Rosemary”
4
– “White Limo”
5
– “Arlandria”
6
– “These Days”
7
– “Back & Forth”
8
– “A Matter of Time”
9
– “Miss the Misery”
10
– “I Should Have Known”
11
– “Walk”
Longe vão os tempos em que andava aí a banda do
baterista dos Nirvana. Dave Grohl, sempre bem acompanhado pelos seus parceiros
nos Foo Fighters, foi capaz de construir o seu próprio legado sem esquecer as
suas raízes. Saltou da bateria e começou o seu projecto a solo em que tocava
todos os instrumentos e chamou-lhe de Foo Fighters para se parecer com uma
banda a sério. Passam-se anos, vários álbuns e já com outros membros
estabelecidos na banda e já não parecem uma banda a sério, são uma banda a
sério. E já com um nome grande suficiente para se consagrar como um dos maiores
actos de Rock da actualidade, prometendo já deixar a sua pegada no percurso do
Rock até ao futuro. Ao sétimo álbum, os Foo Fighters já nem têm grande pressão,
o seu estilo é reconhecível e já sabemos a capacidade de Grohl e companhia em
escrever viciantes melodias e hinos de estádio dando à banda a forma de Arena
Rock. Mesmo assim, vão-se fazendo algumas experiências. No anterior “Echoes,
Silence, Patience & Grace” – de onde saiu o grande hit “The Pretender” – a banda
ficou mais calma, várias canções acústicas, menor procura de escrever malhas,
piscar um pouco o olho ao Folk Rock e ao Country sem se instalar lá
definitivamente. Após essa bem recebida experiência, era altura de uma outra
abordagem diferente. Em contraste ao antecedente álbum, neste os Foos,
resgatando o antigo guitarrista Pat Smear e ficando a banda com 5 membros,
chamando Krist Novoselic – baixista dos Nirvana para quem não souber – para ajudar
e contribuir numa faixa e tendo Butch Vig como produtor – que outrora já
trabalhara com os Nirvana no lendário “Nevermind” – fazem aqui um disco
intencionalmente pesado, talvez com o propósito de o tornar dos mais pesados da
carreira. Esse peso e uma certa abordagem de “Rock n’ Roll duro e sujo” é mais
evidente em “White Limo” que já atraía a atenção dos fãs antes do lançamento do
álbum, pelo vídeo que contava com a participação de Lemmy Kilmister – que dispensa
apresentações. Mas do princípio ao fim, o que se encontra é aquilo que já
sabemos que Grohl & Ca. fazem bem e na perfeição, que são canções sólidas,
com melodias às quais se fica facilmente agarrado, bem orientada por guitarra,
que não sendo das mais extraordinárias, são suficientemente características
para reconhecermos o nome “Foo Fighters” mal ouvimos. É do princípio ao fim,
desde a inicial “Bridge Burning” à conclusiva e single “Walk”, 11 canções às
quais nos podemos facilmente agarrar, 11 canções de criar espectáculo ao vivo –
sem esquecer que os Foo Fighters são das bandas mais electrizantes em concerto,
actualmente – e sem qualquer indício de material “filler”. Sempre com bastante
energia, como Dave Grohl prometia antes da edição do álbum, apenas com “I
Should Have Known” – onde Novoselic participa – a acalmar as águas. Não há já
muito a fazer no estatuto dos Foo Fighters, eles não têm porque tentar inventar
a roda outra vez, mas não há maneira possível de negar a qualidade a um álbum
tão consistente e tão acima do suficiente. E mesmo com opiniões variando sempre…
Não será este o disco que muitos fãs dos Foos esperam há já uns bons anos?
Avaliação: 8,7
esse cd esta muito bom!
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