terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cradle of Filth - Darkly, Darkly, Venus Aversa


Artista: Cradle of Filth
Álbum: Darkly, Darkly, Venus Aversa
Data de lançamento: 1 Novembro 2010
Género: Extreme Metal
Editora: Peaceville Records, Nuclear Blast Records
Lista de faixas:

1 – “The Cult of Venus Aversa”
2 – “One Foul Step From the Abyss”
3 – “The Nun with the Astral Habit”
4 – “Retreat of the Sacred Heart”
5 – “The Persecution Song”
6 – “Deceiving Eyes”
7 – “Lilith Immaculate”
8 – “The Spawn of Love and War”
9 – “Harlot on a Pedestal”
10 – “Forgive Me Father (I Have Sinned)”
11 – “Beyond Eleventh Hour”

Para um indivíduo que não ache que os Cradle of Filth tivessem tido alguma fase decadente na sua carreira recentemente, mas que em vez disso, ache que tenham atingido o confortável ponto de estabilidade desde que atingiram o seu ponto alto em “Midian”, talvez seja um pouco suspeito fazer uma revisão a este “Darkly, Darkly, Venus Aversa”. Talvez antes de tudo, devesse, de facto, desprezar os Cradle of Filth e negar o seu talento, apenas porque já vendem uns quantos mais discos. Mas não, se os CoF atingiram o mainstream foi porque o mereceram e quer gostem ou não de um “Thornography” ou de um “Godspeed on the Devil’s Thunder” é impossível afirmar que a banda perdeu-lhe o jeito quando apresentam um álbum tão forte e bem constituído como este “Darkly Darkly”. Desde as previews que a banda Inglesa foi lançando para dar um “cheirinho” aos fãs. E desde a primeira vez que ouvi “Forgive Me Father (I Have Sinned)”, que sabia que a música me ia ficar constantemente presa na cabeça e que já ia pedir várias reproduções repetidas. Com o álbum, está a obra inteira para apreciar, é o valor de um poderoso single multiplicado. Porque de início ao fim que este disco não morre em nenhum momento e até às Interludes instrumentais eles nos pouparam. Apenas canções poderosas de Metal extremo para a cabeça, porque sim, porque é bom, porque é o que o “povo quer”. Mais um álbum conceptual, esta vez focado em Lilith. Logo, é imediatamente, de valorizar de novo, as letras e o valor e talento de Dani Filth como escritor das canções. Cabe também ao resto da banda fornecer o peso que tão bem queremos na música dos Cradle of Filth, desde a deliciosa bateria de Martin Skaroupka, ao tão bem tratado baixo de Dave Pybus; desde a “passagem no teste” de Ashley Ellyllon, nos sintetizadores, já a trabalhar como uma experiente às gémeas e tão bem articuladas guitarras de Paul Allender e James McEllroy, sentindo-me na obrigação de destacar o pegajoso riff de “Deceiving Eyes” e um excelente solo técnico – algo diferente do habitual dos CoF – em “Forgive Me Father (I Have Sinned)”. Os vocais narrados femininos de Lucy Atkins encaixam na perfeição no conceito do álbum, que destaca a figura feminina, e acrescenta-lhe aquele tom gótico-erótico, com uma mistura de sensualidade e obscuridade, que se entranha tão bem fazendo-nos gostar de qualquer maneira. A voz de Dani Filth não pode ser rebaixada, de forma alguma. É certo, que aquela garganta já não funciona da mesma forma que há uns anos atrás e já será praticamente impossível reproduzir os vocais de “Dusk… and Her Embrace”, mas se mesmo com um avanço na idade e com muitos álbuns e concertos berrados no processo, ainda consegue puxar bem uns berros “bem ganidos” à-la-Filth, então está aprovado. É realmente muito excitante e exaltante ouvir este CD e os seus 62 minutos passam a voar. Portanto, para os Cradle of Filth vão uns “Thumbs Up”. Mas uns “Thumbs Up” muito altos, sim.

Avaliação: 9,3


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