quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Crippled Black Phoenix - I, Vigilante


Artista: Crippled Black Phoenix
Álbum: I, Vigilante
Data de lançamento: Agosto 2010
Género: Rock Progressivo
Editora: Invada
Lista de faixas:

1 – “Troublemaker”
2 – “We Forgotten Who We Are”
3 – “Fantastic Juice”
4 – “Bastogne Blues”
5 – “Of a Lifetime”
6 – “Burning Bridges”

Talvez não ande por aí na ponta da língua do povo inteiro, mas Crippled Black Phoenix é um dos nomes mais sonantes do Rock progressivo actual. Um supergrupo, que conta já com nomes veteranos pertencentes a bandas como Electric Wizard, Gonga, ou Iron Monkey, projectos que já têm a sua devida experiência em estilos como o Stoner, Doom ou Sludge. É a influência exterior desses estilos que aqui ajuda a criação de um Post-Rock com tanto de ambiental como de forte, com peso interpolado com melodias suaves. Desde guitarras distorcidas a doces pianos. Uma instrumentalização variada, composições elaboradas e bem esticadas, os vocais arrastados num tom monótono… Tudo junto vai formar uma sonoridade singular, mas é óbvio que vão saltar sempre algumas observações quanto à sua semelhança com Pink Floyd. Também, qual a banda de Rock progressivo que não tenha sido influenciada por Pink Floyd, até agora? Já é normal e recorrente, mas nestes CBP, o seu estudo da obra de Pink Floyd chega a tornar-se mais evidente e alguns mais mal-humorados vão acusá-los de imitadores enquanto outros mais optimistas vão nomeá-los como sucessores dos Floyd. Não acho que sejam sucessores, porque não acho que na música hajam sucessores de coisa alguma, mas sim, posso afirmar que estes Crippled Black Phoenix, transportam bem a velha sonoridade para os tempos de hoje, mostrando que o Rock progressivo velhinho está tão fresco hoje como naquele tempo. E estas seis músicas, também, são de notar que poderiam ter sido gravadas e lançadas, tanto hoje como noutra época – finais 60/inícios 70, por exemplo. Músicas essas, que são fruto de um trabalho sensacional. Deliciosas composições e uma brilhante multi-instrumentalização. Não apostam só em longas músicas de ambiente e também investem em alguns factores orelhudos, de deixar partes da música presas na cabeça. Cito como exemplos, o piano de “Fantastic Juice”, a outro de “Bastogne Blues”, a guitarra de “Of a Lifetime” ou a conclusiva curta e alegre “Burning Bridges”. É, de facto, um disco muito bom, apenas não estou muito confortável e familiarizado com a restante discografia da banda, para poder comparar este disco aos anteriores, mas creio que este “I, Vigilante” seja tão bom para começar a ouvir a música da banda, como qualquer outro disco. Com ou sem parecências a Pink Floyd, temos aqui uma das boas obras-primas de 2010.

Avaliação: 8,9


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