quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Merzbow - 9888A


Artista: Merzbow
Álbum: 9888A
Data de lançamento: 19 Setembro 2010
Género: Noise
Editora: 905 Tapes
Lista de faixas:

1 – “9888A Part 1”
2 – “9888A Part 2”

Woo-hoo! Ruído! Nada mais, nada menos do que isso, ruído. Uma abordagem muito simples: cacofonia. Já falei de Merzbow anteriormente – no extinto site “Otaku no Uchi” - , mas para quem não leu, fica aqui de novo a descrição do seu estilo musical: ruído electrónico, sem qualquer melodia – apesar que ele às vezes gosta de experimentar com um pouquinho de melodia – apenas com sons distorcidos que se podem tornar perturbadores e ensurdecedores, muito feedback e longas faixas ambiente, nas quais o único ambiente é uma barulheira de querer fugir. Logo, não vou recomendar isto a ninguém. A não ser que tenha por aí um leitor perdido que seja fã de música Noise. Se houver, seja bem-vindo, se não, normalíssimo, os fãs deste tipo de música não devem ser muito abundantes. O homem, este Japonês Merzbow, já há que reconhecer como um génio deste estilo musical, como um dos seus principais pioneiros, fundadores e dos principais a fazer o género desenvolver-se, já contando com cerca de 300 álbuns no seu currículo. Pronto, temos aqui o mestre do Noise a fazer barulho, a fazer a música dele, fá-lo melhor que ninguém e conhece o seu género como mais nenhum outro consegue. Logo, temos aqui um bom álbum de Noise. Para os meus caros amigos que prefiram uma boa melodia, uma estrutura musical decente, um bom uso de instrumentos musicais, algo audível e de ficar preso ao ouvido… Sigam, isto aqui não é de vosso interesse. Disco gravado em Setembro de 1988, como indicado no título, lançado em formato cassete e limitado a 130 cópias. Apesar de gravado há mais de 20 anos, soaria tão actual naquele tempo como agora, uma das maravilhas da música Noise, é intemporal. No álbum temos 2 faixas, uma com 22 minutos e outra com 20 que sem qualquer divisão entre elas, segue apenas uma estrutura contínua de sons cacofónicos e electrónica distorcida. Paragens e mudanças de “ritmo” é o que se pode encontrar no seu progresso. E era isto que seria pedido para um álbum de Merzbow e nisso não falhou. Nem poderia falhar, estando este indvíduo Japonês a abordar a sua música que ele tão bem conhece e desenvolveu. Logo, tecnicamente, é um bom álbum. Ouvintes de Metal que tenham pais ou amigos chatos que digam que o Metal é barulho, ofereçam-lhe uma pequena dose de discos deste senhor… Eles até vos vão pedir para ouvir a discografia inteira dos Morbid Angel…

Avaliação: 5,4

Sem comentários:

Enviar um comentário