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segunda-feira, 23 de abril de 2012

3 Inches of Blood - Long Live Heavy Metal



Artista: 3 Inches of Blood
Álbum: Long Live Heavy Metal
Data de lançamento: 15 Março 2012
Género: Heavy Metal
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:

1 – “Metal Woman”
2 – “My Sword Will Not Sleep“
3 – “Leather Lord”
4 – “Chief and the Blade”
5 – “Dark Messenger”
6 – “Look Out”
7 – “4000 Torches”
8 – “Leave It on the Ice”
9 – “Die for Gold (Upon the Boiling Sea IV)
10 – “Storming Juno”
11 – “Men of Fortune”
12 – “One for the Ditch”

Se há banda que represente actualmente o Heavy Metal na sua forma tradicional de uma forma única e até humorística, os Canadianos 3 Inches of Blood são fortes candidatos a esse posto. Com um título totalmente directo e absolutamente nada enganador, “Long Live Heavy Metal” contém mais uma vez a banda a livrar-se de qualquer tipo de floreados e a expelir “catchyness” e agressividade, com hinos brutais e memoráveis prontos para abanar umas quantas cabeleiras e barbas. Juntar as palavras “Heavy” e “Metal”.

Sem muitos rodeios, os 3 Inches of Blood foram capazes de manter o seu som característico, dando-lhe mais uma pequena torcida na porca para que não soe sempre igual e para que se aperte mais para estabelecer a singularidade. O principal factor que distingue de imediato a banda é a voz, isso é inegável. Os vocais peculiares de Cam Pipes continuam tão impressionantes como sempre e desde o preciso momento em que a goela é aberta, é reconhecido o portador da mesma e o nome da banda salta logo ao de cima. A voz ainda mostra a sua escola óbvia em actos lendários como Rob Halford ou King Diamond, mas progressivamente vai-se tornando influente por si e não me surpreenderia se no futuro surgisse alguma banda que desse para dizer “este gajo faz lembrar o Cam Pipes”.

Na parte da voz, continua impecável, tão agressivamente agudo como se quer. Na parte da outra voz mais áspera e berrada, cabia à banda tentar pegar no que deixaram cair no anterior “Here Waits Thy Doom” que sem o vocalista/berrador desiludiu alguns fãs que acharam que os vocais berrados do guitarrista não enchiam as medidas. Trabalhando um pouco à volta disso, com uma concentração maior em Pipes e com o trabalho vocal de Justin Hagberg – o tal guitarrista – reduzido e melhorado e já se pode pelo menos tentar contornar aquilo que poderia ser um obstáculo. No entanto entrar por aí e analisar isso já seria entrar muito a fundo em pormenores que não se devem notar quando se põe desta música a dar aos berros para abanar crânios.

A parte instrumental continua a aperfeiçoar aquilo que já se pretende fazer e em conjunto com o trabalho vocal, pode-se considerar imediatamente que, mesmo que já tenham um som próprio, que se isto fosse um trabalho ou uma redacção escolar, o “Painkiller” dos Judas Priest constaria obrigatoriamente na bibliografia. É daquele tipo de música pesada que dá gosto ouvir, os riffs que por aqui constam são deliciosos e não podiam integrar-se melhor nas melodias orelhudas que Pipes vai gritando.

Para singularizar um pouco mais a coisa e para a tornar ainda mais agressiva, abram-se as portas para as influências do Metal mais extremo, sem recorrer aos vocais ásperos. Se já tínhamos uma boa dose de NWOBHM – o tema de abertura “Metal Woman” consegue ser do mais cliché mas também dos mais brutal - e até Power Metal sempre a dar umas espreitadelas, enquanto se encaixa no ouvido do fã a usar colete coberto de remendos de logótipos de bandas, há espaço para encaixar outros subgéneros mais agressivos nas influências. Exemplos: o riff a puxar ao Black Metal que se pode verificar em “Dark Messenger” ou as boas-vindas de portões abertos que se dá ao Thrash em temas como “Leave It on the Ice” ou “Die for Gold”.

Experimente-se um tema épico como é “Men of Fortune”, com direito a voz limpa de forma que ainda não tinha sido usada na música dos 3 Inches of Blood e uma utilização de teclados que também se confirma em “Look Out”. E experimente-se também um interlúdio folclórico como é “Chief and the Blade”, cuja musicalidade Folk regressa para a conclusiva instrumental “One for the Ditch” agora envolvendo-se pelos elementos habituais da música dos 3IoB e com um solo de guitarra bem jeitoso.

São 12 temas que representam bem o Heavy Metal como ele é, misturando a velha guarda com o tom moderno e que mais importante de tudo, representam os 3 Inches of Blood na sua unicidade. Porque de especial ou inovador até nem tem nada, mas é tão bem feito, tão divertido e tão dinâmico que o único que resta a fazer é deixá-lo tocar, abanar a cabeça, reagir às notas mais loucas da voz de Pipes e seguir o lema do título do disco. Após concluído, repetir. Dá para isso.

Avaliação: 8,2


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Baptized in Blood - Baptized in Blood



Artista: Baptized in Blood
Álbum: Baptized in Blood
Data de lançamento: 19 Outubro 2010
Género: Death Metal melódico, Metalcore, Thrash Metal moderno
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Up Shirts Down Skirts”
2 – “Dirty’s Back”
3 – “Game On”
4 – “Only Cure”
5 – “Down and Out”
6 – “Mental”
7 – “Last Line Lady”
8 – “My Salute”
9 – “Go It Alone”
10 – “Will of a Demon”
11 – “Sinking Ships”
12 – “Event Horizon”

E temos aqui mais um disco de uma banda que segue o caminho da modernização do Metal, praticando uma variante do estilo representativa de uma boa maioria do som extremo da actualidade. Um álbum daqueles cuja intenção é pouco mais que criar uma sucessão de malhas intensas de abanar a cabeça, sem grande intuito de escrever um novo capítulo na história do Metal, ao procurar criar algo futuramente influente. Mas foge facilmente ao monótono e dentro do género está aqui um bom álbum, que mesmo que não seja muito duradouramente memorável, é o suficiente para umas quantas audições a alimentar um vício e de seguida mais algumas esporádicas para dar o gosto ao pescoço. Um autêntico festival de riffs e breakdowns, num daqueles que se podem dizer ser álbuns orientados por guitarra. Toda a brutalidade das guitarras – que por vezes passam por riffs mais “Core-izados” para além dos já caracteríticos breakdowns – é acompanhada por uma voz suja, berrando todas as músicas, escapando a um dos outros clichés do Metalcore actualmente – os vocais limpos no refrão. Aqui berra-se de princípio ao fim. Mas não é por isso que este não deixa de ser um álbum bastante melódico, pois sem sombra de dúvida que o é. Mesmo berrando, existem aqui grandes melodias de pedir a repetição do “Play”. Destaco neste factor, faixas como “Game On” – a pessoal favorita – ou “Down and Out” que também sabe bem como pedir um “replay” através de breakdowns orelhudos que tentam evitar tornar-se os mesmos de sempre. Após esta descrição breve, entende-se que este é um daqueles álbuns que se a banda continuar a fazer do género, não irá muito longe sem chatear. É com este estilo de Metal extremo mais moderno que se torna fácil de fazer um disco e daí em frente continuar a reproduzi-lo de forma minimamente diferente. Mas este ainda é o segundo álbum, portanto para já, ainda pode manter uma certa identidade a estes Canadianos Baptized in Blood. Logo, em termos de recomendação… Para os fãs de música pesada mais vanguardistas que procurem algo de mais extraordinário para se impressionarem… Podem seguir, é provável que este disco não vos cative assim muito. Porém, para aqueles fãs de malhas pesadas, que queiram uma boa dose e uma boa razão para abanar a cabeça e rodar o pescoço, com este disco têm com que se entreter a longo prazo. 

Avaliação: 7,7



sábado, 30 de abril de 2011

[Music on Film] U2 Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky

Artista: U2
Filme/Concerto/Documentário: U2 Live at Red Rocks: Under a Blood Red Sky
Data de lançamento: Maio 1984
Género: Rock, Post-Punk, Rock alternative
Editora: Island Records
Setlist:

1 – “Surrender”
2 – “Seconds”
3 – “Sunday Bloody Sunday”
4 – “October”
5 – “New Year’s Day”
6 – “I Threw a Brick Through a Window”
7 – “A Day Without Me”
8 – “Gloria”
9 – “Party Girl”
10 – “11 O’Clock Tick Tock”
11 – “I Will Follow”
12 – “’40’”

Ainda não eram os enormes U2, ainda não eram uma das maiores bandas ao vivo e até se aventuraram na América onde ainda tinham pouco reconhecimento. Mas tanto com o álbum “Under a Blood Red Sky” como com o respectivo filme “Live at Red Rocks”, primeiros registos ao vivo da banda Irlandesa, que deu para perceber que o grupo de Bono & Ca. não era apenas um grupo comum que ia conseguindo fazer uns discos porreiros de Rock no futuro. Aqueles moços que naquele palco se encontravam estavam a preparar-se para causar um impacto enorme no panorama musical do futuro e estabelecer-se como uma das mais importantes e marcantes bandas de sempre. O filme começa a mostrar o dia chuvoso em que se planeava o concerto e reacções de fãs quanto ao tempo desfavorável. Ninguém queria saber. Todos esperavam o concerto, com chuva ou sem chuva. Semelhante ao caso Português recente, em Outubro de 2010, quando a banda passou pelo nosso país em dias pesados de Inverno - mesmo que fosse no Outono, vocês percebem. A plateia e todos os fãs, apenas esperavam pelo fantástico show que se aproximava, pouco ou nada lhes importava um pouco de chuva. Com o início do concerto, com a música “Surrender” que dá para entender uma coisa para quem vê este filme anos depois de os U2 já se terem tornado gigantes: o palco é ridiculamente minúsculo em comparação aos palcos actuais, mas o espectáculo fornecido pela banda é tão electrizante como os actuais. Para quem veria o filme pela primeira vez ao seu lançamento, apenas poderia esperar para ver o que é que esses jovens Irlandeses guardavam no bolso para o seu promissor futuro. Os factores visuais que mais tarde viriam a fazer parte das suas Tours – algumas como a Zoo TV ou a PopMart são de destacar no que toca a espectáculo visual – não se encontram aqui, mas já se vê uma enorme dedicação e devoção ao concerto por parte da banda, e claro, os momentos mais políticos, que desde bem cedo que vêm a fazer parte do catálogo musical dos U2, com alguns momentos mais de protesto, como é o caso da performance de “Sunday Bloody Sunday”. Alguns poderão já ter visto o excerto de “Sunday Bloody Sunday” sem ter visto o filme, pois é o excerto que canais de música como o Vh1 utilizam para servir de ”vídeo oficial” da música. O show, a música perfeitamente bem tocada, a paixão visível nos membros da banda enquanto trabalham, a interacção de Bono com o público, a loucura daquele público Americano ao receber a banda e até mesmo a paisagem e o clima que ainda serviram para intensificar a performance da banda: tudo isso é o necessário para contribuir para um concerto se poder considerar perfeito. Porque, de facto, não há falhas a apontar ao vermos este filme de quase 1 hora. Nem mesmo a falta de familiaridade do público em relação a costumes de concertos dos U2, como por exemplo continuar a cantar o verso “How long to sing this song?” do refrão de “40” depois de a banda sair do palco. Conta a história que foi o “tour manager” Dennis Sheehan que, escondido, começou a cantar até finalmente ter a adesão de todo o público e causando assim, que a banda regressasse ao palco para o fim definitivo do espectáculo. Mesmo assim, isso conseguiu ser disfarçado na edição do filme e com esse pormenor ou sem ele, das vezes que já vi este documentário, que me fica sempre a sensação de que os U2 ainda estavam em fase de crescimento e já conseguiam fazer concertos perfeitos. E hoje, tanto este filme como o álbum, permanecem como obras-primas e tesouros da discografia dos U2.

Avaliação: 9,2


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Price of Blood - City of Diamonds EP


Artista: Price of Blood
Álbum: City of Diamonds
Data de lançamento: Setembro 2010
Género: Deathcore
Editora: Independente
Lista de faixas:

1 – “City of Diamonds”
2 – “Death Will Rise”
3 – “Price of Silence”
4 – “The Last Fallacy”
5 – “Progression”
6 – “Grind and Dust”
7 – “Outro”

Numa espécie de comunidade online dedicada a música Metal (Spirit of Metal, no caso de se quererem registar) lá no meio daquela lista de amigos, apareceu-me um indivíduo que me perguntou se eu gostava de Deathcore. E eu lá lhe expliquei que apesar de não me importar de ouvir um bocadinho de vez em quando, preferia de longe o original Death Metal. Lá lhe disse porquê e dei-lhe uma listazinha de bandas de Deathcore que eu consiga ouvir e gostar. O rapaz lá se aproveitou e recomendou-me a sua própria banda, estes Price of Blood, comparando-os aos The Acacia Strain – que eu tinha posto na lista que falei. OK, decidi então dar um saltinho ao MySpace da banda e o que ouvi não me desagradou de todo. Para uma banda em crescimento até soava bem. Lá decidi então ouvir o EP de estreia – e não se ralem com o facto de ter feito download do EP, porque ele mesmo deu-me um link de download. Pronto, então, em 7 simples canções, temos aquilo que é de se esperar de uma banda de Deathcore. A banda conhece bem as suas influências e nota-se aqui que os Price of Blood estudaram bem a lição de bandas como Suicide Silence ou The Acacia Strain como já tinha referido. Não tem praticamente nada a acrescentar, apenas que para quem gostar do estilo, tem aqui uma banda nova para ir verificar. Os que não engolem o Deathcore de maneira nenhuma então deixem-se estar, não vão gostar absolutamente nada disto. Claro que, sendo uma banda praticamente amadora ainda em crescimento, há defeitos a apontar: os vocais limpos são muito pobres e precisam de muito trabalho e lembra-nos uma banda de garagem de Pop Punk liderada por um puto qualquer. Os níveis de escrita e composição das canções também ficam um pouquinho aquém e nota-se que a banda também necessita de muita prática e trabalho nessa área, pois por vezes as canções parecem ter partes coladas umas às outras e se nos distrairmos, podemos perder-nos e pensar que já vai na música seguinte e afinal ainda anda às voltas na mesma. Coisas daquelas que têm ainda que ser trabalhadas e desenvolvidas, e como a banda ainda só vai no seu EP de estreia ainda tem tempo de crescer para fazer um Deathcore completo, prontinho para toda a gente odiar – muitos sabem do que estou a falar. Quem estiver interessado numa banda nova e tiver interesse por este estilo… Força. De resto, não serve para muito mais gente.

Avaliação: 6,2


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Accept - Blood of the Nations


Artista: Accept
Álbum: Blood of the Nations
Data de lançamento: 20 Agosto 2010
Género: Heavy Metal, Speed Metal
Editora: Nuclear Blast
Lista de faixas:

1 – “Beat the Bastards”
2 – “Teutonic Terror”
3 – “The Abyss”
4 – “Blood of the Nations”
5 – “Shades of Death”
6 – “Locked and Loaded”
7 – “Time Machine”
8 – “Kill the Pain”
9 – “Rollin’ Thunder”
10 – “Pandemic”
11 – “New World Comin’”
12 – “No Shelter”
13 – “Bucket Full of Hate”

Se pesquisarem um pouquinho sobre este álbum vão aperceber-se de uma coisa. Udo já não está nos vocais. Bolas! A única vez que isso aconteceu foi em 1989 e não correu muito bem. O álbum “Eat the Heat” sem Udo nos vocais é considerado, de longe, o álbum mais fraco da carreira dos Accept e a voz de David Reece deixou os Accept a soar a uma banda regular de Glam Metal que se fazia às resmas naquela altura. Sim, porque a banda toca de forma excelente nesse disco, mas a voz de Udo é a cereja no topo do bolo, é o factor singular da música desta banda Alemã. Portanto, já há algo aí que faça com que o apetite de um fã menos ávido de Accept não vá muito à bola com este álbum antes de o ouvir. E ainda há mais outro factor. Os últimos álbuns que os Accept lançaram soavam um pouco insípidos e já soavam a uma banda cansada. Verifiquem as recepções que receberam. Frias. É boa música, Metal bem tocado, mas lá está, faltava-lhe aquela garra que fazia de um disco como “Balls to the Wall” tão icónico. O último álbum saiu em 1996… Será que o regresso agora vem com força? Ou iria ser mais canções para encher a duração do disco? O regresso de uma velha banda é sempre bom e origina euforia, mas… sem Udo. Duplo bolas! Então já deu para perceber que não vale a pena perder muito tempo a ouvir este disco, certo? Surpresa! O regresso foi cheio de “genica” e deu para criar um importantíssimo álbum de 2010. O novo vocalista… O melhor substituto que se poderia arranjar para Udo. Não, não soa a um imitador. Mark Tornillo soa a um vocalista forte com excelente voz e grandes capacidades que faz lembrar a de Udo e a de Bon Scott ou Brian Johnson – vozes que se assemelham à de Udo. O disco não soa àquela música repetitiva e feita como “por obrigação” que os Accept andaram a fazer durante a década de 90. Alguns dos riffs mais marcantes da banda podem-se encontrar aqui neste álbum e a capacidade de fazer hinos de abanar a cabeça e o punho e de pôr um público histérico a cantar em uníssono está de volta. Belíssima a forma como os Accept voltam à força após uma pausa de 14 anos de gravações e fornecem-nos um excelente longa-duração – longa mesmo, que esta coisa passa dos 70 minutos, sempre a dar-lhe – e aqui temos Heavy Metal como deve ser tocado, para alguns. Riffs bem tocados, vocais fortes, letras negras mas como que um tom positivo por trás, ritmos e melodias de abanar freneticamente e nada de “fosquinhas”. É Metal à antiga. Um grande regresso de uma grande banda.

Avaliação: 8,7


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

The Bravery - Stir the Blood

Artista: The Bravery
Álbum: Stir the Blood
Data de lançamento: 1 Dezembro 2009
Género: Rock alternativo, Post-Punk revival
Editora: Island Records
Lista de Faixas:



1 - "Adored"
2 - "Song For Jacob"
3 - "Slow Poison"
4 - "Hatefuck"
5 - "I Am Your Skin"
6 - "She's So Bendable"
7 - "The Spectator"
8 - "I Have Seen the Future"
9 - "Red Hands and White Knuckles"
10 - "Jack-O-Lantern Man"
11 - "Sugar Pill"


Os The Bravery são um exemplo de uma boa banda do novo Post-Punk, que apesar de ter uma legião de fãs respeitável, não recebe tanta atenção como outras - The Killers ou Franz Ferdinand - mas que ouvindo um disco deles, é possível perceber que este quinteto Nova-Iorquino sabe o que fazer. As letras são relativamente mais obscuras do que as dos primeiros dois álbuns, mas a música em si, não escureceu de todo e até mantém canções rítmicas e "upbeat". O álbum começa com uma faixa bastante rítmica, de refrão viciante e com uma constituição musical bastante choruda, assim digamos. Portanto, podemos dizer que os Bravery introduziram o disco com o pé direito. Logo a seguir, "Song For Jacob", com os seus sintetizadores electrónico/experimentais e as batidas de bateria, remontam-nos há mais de 20 anos atrás, a uma espécie de New Wave em plena década de 80. A própria sonoridade geral dos Bravery já não é muito desta época. Os vocais de Endicott relembram vagamente os vocais de Robert Smith, dos The Cure e os teclados fazem lembrar muita coisa, até mesmo algo saído dos primeiros discos dos Depeche Mode. "Slow Poison" é uma boa escolha para um single, mas talvez não tão acertada para ser o single principal. Apostaria mais numa das duas primeiras faixas. Com "Hatefuck" e "I Am Your Skin" torna-se óbvio o uso de sintetizadores de formal experimental - uma das maravilhas da música alternativa - com ritmos e sons que se põem de acordo para fazer uma invasão agradável aos nossos ouvidos. O disco atinge o seu ponto intermédio com "She's So Bendable", uma música mais calma, com vocais mais lentos e arrastados e construída à volta dum riff marcado pelo baixo. O álbum parece "desmaiar" nas duas faixas seguintes, onde não se sente tanta energia como no início, mas levanta-se, de seguida com "Red Hand and White Knuckles", que ainda assim não consegue igualar a sonoridade do início do álbum. "Jack-O-Lantern Man" é mais um ponto positivo neste disco e os Bravery decidem acabar o álbum da forma calma. "Sugar Pill" tem uma certa estranheza, pois consegue ser uma canção para dar ambiente, mas consegue manter um refrão para nos ficar preso na cabeça durante algum tempo. Logo, talvez se verifique um aumento na adrenalina que os Bravery submetem à sua música em estúdio, neste terceiro álbum. Não se afasta da sua raíz mas não deixa de explorar novos horizontes dentro da própria música. O que se podia esperar dum terceiro álbum dos The Bravery. Vale a pena, sim senhor...


Avaliação: 7,9