terça-feira, 10 de agosto de 2010

[Clássico do Mês] AC/DC - Back in Black


Artista: AC/DC
Álbum: Back in Black
Data de lançamento: 25 Julho 1980
Género: Hard Rock, Blues Rock, Heavy Metal
Editora: Albert Productions, Atlantic Records
Lista de faixas:

1 – “Hells Bells”
2 – “Shoot to Thrill”
3 – “What Do You Do for Money Honey”
4 – “Giving the Dog a Bone”
5 – “Let Me Put My Love Into You”
6 – “Back in Black”
7 – “You Shook Me All Night Long”
8 – “Have a Drink on Me”
9 – “Shake a Leg”
10 – “Rock and Roll Ain’t Noise Pollution”


É aquela simplicidade que uns até acham maçadora. A maneira, como estes Australianos lendários usam sempre bases semelhantes para criar hino após hino após hino. Como é que uma banda que não tem mudanças de som de disco para disco consegue sempre criar excelentes canções e manter-se sempre tão fresca? Overrated para uns, deuses para outros, o talento dos AC/DC para criar clássicos de Rock n’ Roll intemporais é inquestionável e há que os louvar pelo seu estatuto lendário e por este gigante álbum que é “Back in Black”. Após a morte de Bon Scott e de um novo vocalista acabado de chegar a bordo, não se sabia bem o que esperar. Iria resultar? Apenas foram necessários 42 minutos – a duração do disco – para perceber. Os AC/DC ainda viviam e o seu legado ia permanecer por muitos mais anos. Talvez não fosse preciso esperar até ao fim do disco para se perceber isso, talvez logo após a explosão de “Hells Bells” desse para perceber que os senhores que na década anterior tinham-nos fornecido hinos como “Highway to Hell”, “Let There Be Rock”, “T.N.T.”, “Jailbreak” ou “Riff Raff” ainda se mantinham com a mesma forma de sempre e prontos a “rockar”. De seguida segue-se um single que ainda hoje é uma das canções mais reconhecíveis da carreira do quinteto – “Shoot to Thrill”. Aqui fala-se de novo, da estrutura simples mas deliciosa que faz com que qualquer fã ache que vale a pena ouvir qualquer canção que seja. Refrões simples para nos ficar a ecoar repetidamente no tímpano durante o nosso-dia-a-dia acompanham as seguintes “What Do You Do for Money Honey”, “Giving the Dog a Bone” e “Let Me Put My Love Into You”, cuja letra perversa valeu-lhes um lugar nas “Filthy 15” da Parents Music Resource Center, com letras como a do título ou “let me cut your cake with my knife”, numa época em que o sexo fazia furor no mundo do Rock. Chega então o momento de virar o disco – e aqui o grupo de pessoas que os classifica como overrated vai achar que é “vira o disco, toca o mesmo”. – e levamos logo com um riff tão simples, mas tão brutal como o da inesquecível “Back in Black”. O refrão foi feito para ser cantado por todo o público de um espectáculo, em completo delírio e o mesmo se pode dizer da monstruosa canção que se segue. “You Shook Me All Night Long”, uma canção para toda a família e que ainda hoje é daquelas canções que nos soa familiar e que parece que a andamos a ouvir desde a nascença. Mesmo que as seguintes faixas não sejam uma explosão de genialidade siimplística como estes dois singles, também não são para ficar parado nem para abrandar os níveis de energia anteriores. “Have a Drink on Me” e “Shake a Leg” conseguem manter a essência AC/DC que os marca na sua longa carreira e com os níveis certos de “Rock and Roll” para satisfazer o ouvido e o corpo. O mágico disco conclui com a mensagem defensora da boa música, com “Rock and Roll Ain’t Noise Pollution” e continuamos a ter a mesma estrutura básica, riff simples e refrão modestamente escrito. É indiscutível o talento de cada um dos membros, o de Angus Young, o enérgico guitarrista de calções, que ainda consegue criar novos riffs e novos solos, mesmo utilizando os mesmos acordes mínimos e a sua presença em palco, capaz de agitar qualquer um que se encontre a desfrutar do espectáculo. A voz reconhecível de Brian Johnson, que tanto pode ser uma pérola para uns, como o cúmulo de irritante para outros. Não é nada de genial, mas é o que melhor se encaixa na música que os seus parceiros tocam. E mesmo que os restantes não tenham tanto destaque, nem tanta notoriedade, são eles que completam o grupo e são todos eles em conjunto que levam este álbum ao patamar de maiores discos na história do Hard Rock. Se vira o disco e toca o mesmo, deixa tocar, porque é muito bom. Afinal, Rock and Roll ain’t noise pollution, man…



2 comentários:

  1. Adorei ler o review!
    Adoro AC/DC e adoro esse álbum.

    Gostava que fizesses um review do "No Line on The Horizon" dos U2

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  2. This is a really heavy metal album with some really heavy metal songs.

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