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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

In Legend - Ballads 'n' Bullets



Artista: In Legend
Álbum: Ballads ‘n’ Bullets
Data de lançamento: 20 Maio 2011
Género: Piano Metal
Editora: SPV
Lista de faixas:

1 – “Heaven Inside”
2 – “Pandemonium”
3 – “Elekbo”
4 – “At Her Side”
5 – “Vortex”
6 – “Life Is Up to You”
7 – “The Cleaner (Inclusive Remedy)
8 – “Yue”
9 – “Soul Apart”
10 – “Stardust”   (com Inga Scharf dos Van Canto)
11 – “A Hanging Matter”
12 – “Prestinate”
13 – “Heya”
14 – “Universe”

O Metal é um género tão abrangente que consegue tomar formas incontáveis e cada vez mais queremos algo totalmente novo, algo que nos surpreenda. Se “estudarmos” bem profundamente a matéria do género, apercebemo-nos que provavelmente também é aquele com as fronteiras mais longínquas, o que se consegue esticar para além de aquilo que imaginámos. Um género que obriga realmente a que se criem vários subgéneros devido às diferenças entre grupos que podem ir de um extremo ao outro.

E estou com esta conversa toda, por algum motivo. Talvez pelo facto de apresentar mais uma banda que se insira no Metal, sem utilizar uma única guitarra. Sim, digo mais uma, temos que nos lembrar de bandas como Apocalyptica – violoncelos -, Van Canto – voz -, Om – apenas com baixo – ou uma boa quantidade de bandas de Dark Ambient ou Black atmosférico que se baseiem em sintetizadores. Introduza-se um exemplo recente: In Legend, cuja música de tons metálicos baseia-se no piano.

Pormenor curioso é o facto do vocalista, pianista e líder deste conjunto seja o Alemão Bastian Emig, que também se conhece como sendo o baterista dos Van Canto, aqueles que também não precisam de guitarras para o seu Metal A Cappella. Logo, assim ao primeiro julgamento, até dá a entender que o homem tem qualquer coisa contra guitarras. Ou então tem gosto por coisas pouco ortodoxas e gosta de dar algo novo a conhecer. Engraçado é como ele, de forma meia inocente meia propositada, afirma que apesar de tudo, nenhuma das suas bandas procura uma “gimmick” e simplesmente faz música pesada simples, com o que tem. Mas como pode esta música orientada por piano soar a Metal?

Primeiro de tudo, não se deve esperar que se toque piano aqui como num recital e a intensidade com que se “bate” nestas teclas permite dar-lhe um passo mais para se afastar do conceito de música clássica suave – sim, porque música clássica já conseguia ser música pesada antes de isso realmente existir. A existência de uma boa bateria e um baixo ajuda a dar-lhe o tom rítmico que familiarize mais com o género. A voz áspera, que foi várias vezes apontada como factor negativo por ouvintes de mente aberta que não se sentiram incomodados pela ausência de guitarras, também lhe dá aquele tom menos “limpo” e ríspido que o torna agressivo.

Não é Metal vulgar, nem é isso que devia ser mas tem os elementos reunidos para se aguentar como uma banda do estilo, com intensidade suficiente – na música “Vortex” que segue o conceito de falsa música ao vivo, fala-se em moshpit. E porque não? É só experimentar. Para além disso, também há factores melódicos que podem fazer acentuar algumas variadas influências de Power ou Doom e alguns traços de Katatonia, Paradise Lost ou Anathema podem estar presentes – acabam por ser os traços Doom que mais se acentuam.

Um obstáculo que outros críticos apontam que impeça a totalidade da qualidade do disco é a sua extensão, achando que uma hora com 14 temas talvez possa ser muito, mas essa parte acho que talvez seja mais subjectiva. A energia do disco, para mim começa e atinge o seu pique nos primeiros três temas, “Heaven Inside”, “Pandemonium” e “Elekbo” e para mim estão logo aí os melhores temas do disco e demonstram uma boa cabeça para as melodias por parte de Bastian. Mas se preferirem uma abordagem mais suave ao piano sem ser este “teclar” grave e forte, “Yue” é um lindíssimo instrumental com o piano tocado na forma mais tradicional. E ainda há um lado mais dócil a apresentar com a participação de Inga Scharf – sua parceira nos Van Canto – em “Stardust” porque não há como dizer não a uma belíssima voz feminina.

É isto que destaco, mas é claro que as preferências dos temas vão variando, e a questão de existir ou não material para encher creio que seja mais subjectiva. E esta banda se for para durar, pode eventualmente pecar por continuar a soar muito igual. Mas para já, como estreantes, soa muito bem e uma boa lufada de ar fresco. Se acharem que Metal sem guitarras simplesmente não é Metal, tudo bem, não liguem a estes. Mas gosto de acreditar na comunidade metálica como uma de mente bastante aberta, que não fica restrito a apenas uma coisa, nem tem quaisquer barreiras – a não ser que tenham parado há umas décadas atrás ou digam que “só ouvem Metal” para parecer cool, há de todos os casos.

Avaliação: 8,4

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

In This Moment - A Star-Crossed Wasteland


Artista: In This Moment
Álbum: A Star-Crossed Wasteland
Data de lançamento: 9 Julho 2010
Género: Heavy Metal, Metalcore, Metal Alternativo
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:

1 – “The Gun Show”
2 – “Just Drive”
3 – “The Promise” (com Adrian Patrick dos Otherwise)
4 – “Standing Alone”
5 – “A Star-Crossed Wasteland”
6 – “Blazin’”
7 – “The Road” (com Gus G)
8 – “Iron Army”
9 – “The Last Cowboy”
10 – “World in Flames”

Isto já não é um vulgar disco de Metalcore como outro qualquer, isto já mal é Metalcore. Depois de uma evolução no segundo álbum para uma sonoridade mais generalista – mais Pop para quem for mais embirrento – e um terceiro com uma dose de peso diferente da do primeiro disco, os In This Moment foram capazes de desenvolver um estilo próprio. E não me venham falar em vulgaridade de Metalcore ou lá o que seja. Aqui pode haver alternância entre vocais cantados e berrados, mas não se encontram em mais lado algum, alguém que cante como Maria Brink ou alguém que berre como Maria Brink. Das vozes mais potentes do Metal actual, quer se goste quer não, é de uma força e poder reconhecível, tanto em estúdio como ao vivo. E mesmo para além da voz, a música diferencia-se de um Metalcore vulgar, mesmo que ainda apresente alguns traços evidentes. Ao terceiro álbum da banda, “A Star-Crossed Wasteland”, a banda conseguiu captar aquele ponto: a sua perfeição. Como se tivesse conseguido finalmente captar toda a essência do grupo, em força e depositá-la totalmente num disco soberbo. É que desde que o disco abre, que achamos que temos ali a música do álbum, a derradeira. E talvez seja. “WELCOME TO THE GUN SHOOOOOOOOOW!!” é o que se ouve naquela que poderá ser uma das canções mais pesadas da carreira da banda e desde esse preciso momento que estamos colados ao álbum. E desde essa descarga de energia, que o nível não desce e mantém-se sem nenhuma quebra de ritmo, sem nenhum momento “dethroning” até ao final. Pelo meio ainda passa pelo dueto com Adrian Patrick, em “The Promise” com o seu formato semelhante a uma “balada agressiva”. Nada de negativo a apontar aí, mas sim, de notar a forma como Maria Brink, querendo, consegue arrumar Adrian Patrick a um canto, se assim pretendesse. A mood de “destruição de tudo à volta” semelhante a “The Gun Show” regressa em “Blazin’”, a meio do disco, para que os momentos mais explosivos de distribuam. Mas não me percebam mal, são os momentos mais fortes, sem retirar a força aos restantes temas, apenas tem estes que fazem questão de se destacar ainda mais, porque, lembrem-se, o álbum não amortece em nenhum momento. De certa forma, serviu para silenciar algumas críticas mais negativas ao anterior “The Dream” se achavam que a banda já se tinha perdido. Porque este “A Star-Crossed Wasteland” está um mimo…

Avaliação: 9,1


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FACT - In the Blink of an Eye


Artista: FACT
Álbum: In the Blink of an Eye
Data de lançamento: 13 Janeiro 2010
Género: Punk Rock, Post-Hardcore, Hard Rock
Editora: Vagrant Records
Lista de faixas:

1 - “In the Blink of an Eye”
2 - “This Is the End”
3 - “Slip of the Lip”
4 - “Silent Night”
5 - “Dec 2”
6 - “Part of It All”
7 - “1-3”
8 - “Behind a Smile”
9 - “Fade”
10 - “Risk of Disorder”
11 - “Goodbye to Good Morning”
12 - “Sunset”

FACT, onde o Punk se encontra com o melódico e onde realça também o brutal. Apesar de não se estabelecer firmemente no disco, se os FACT pretendem fazer música extrema ou ficar-se pelo melódico de veia Pop e de não se saber se a intenção deste álbum era continuar na mesma linha do anterior ou mudar ligeiramente a rota, este “In the Blink of an Eye” cai no conceito de “segundo álbum” de forma estranha mas boa. O Punk, um estilo onde o que conta mais não é a elaboração da música, a melodia e o talento, mas sim a garra. Com este álbum, há a sensação que a música se encontra significativamente elaborada e, no entanto, não tem a garra suficiente e necessária. Mas talvez seja impressão minha. Porque com uma audição simples o álbum é óptimo: as canções têm uma descomunal agressividade, distribuídas em canções curtas de riffs poderosos. Se calhar até pode ser impressão minha, mas apesar de o álbum soar lindamente, fica a sensação de que há algum ponto que eles não preencheram, no entanto, é-me inexplicável e não sou capaz de apontar o que falta. E também posso estar redondamente errado, mas acho que os fãs talvez prefiram o primeiro álbum. Mas isto é apenas o que eu digo e não me interpretem mal. Os FACT não falharam de maneira nenhuma.

Avaliação: 7,0




Este artigo foi publicado anteriormente no site Otaku no Uchi, que foi recentemente fechado.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

[Clássico do Mês] AC/DC - Back in Black


Artista: AC/DC
Álbum: Back in Black
Data de lançamento: 25 Julho 1980
Género: Hard Rock, Blues Rock, Heavy Metal
Editora: Albert Productions, Atlantic Records
Lista de faixas:

1 – “Hells Bells”
2 – “Shoot to Thrill”
3 – “What Do You Do for Money Honey”
4 – “Giving the Dog a Bone”
5 – “Let Me Put My Love Into You”
6 – “Back in Black”
7 – “You Shook Me All Night Long”
8 – “Have a Drink on Me”
9 – “Shake a Leg”
10 – “Rock and Roll Ain’t Noise Pollution”


É aquela simplicidade que uns até acham maçadora. A maneira, como estes Australianos lendários usam sempre bases semelhantes para criar hino após hino após hino. Como é que uma banda que não tem mudanças de som de disco para disco consegue sempre criar excelentes canções e manter-se sempre tão fresca? Overrated para uns, deuses para outros, o talento dos AC/DC para criar clássicos de Rock n’ Roll intemporais é inquestionável e há que os louvar pelo seu estatuto lendário e por este gigante álbum que é “Back in Black”. Após a morte de Bon Scott e de um novo vocalista acabado de chegar a bordo, não se sabia bem o que esperar. Iria resultar? Apenas foram necessários 42 minutos – a duração do disco – para perceber. Os AC/DC ainda viviam e o seu legado ia permanecer por muitos mais anos. Talvez não fosse preciso esperar até ao fim do disco para se perceber isso, talvez logo após a explosão de “Hells Bells” desse para perceber que os senhores que na década anterior tinham-nos fornecido hinos como “Highway to Hell”, “Let There Be Rock”, “T.N.T.”, “Jailbreak” ou “Riff Raff” ainda se mantinham com a mesma forma de sempre e prontos a “rockar”. De seguida segue-se um single que ainda hoje é uma das canções mais reconhecíveis da carreira do quinteto – “Shoot to Thrill”. Aqui fala-se de novo, da estrutura simples mas deliciosa que faz com que qualquer fã ache que vale a pena ouvir qualquer canção que seja. Refrões simples para nos ficar a ecoar repetidamente no tímpano durante o nosso-dia-a-dia acompanham as seguintes “What Do You Do for Money Honey”, “Giving the Dog a Bone” e “Let Me Put My Love Into You”, cuja letra perversa valeu-lhes um lugar nas “Filthy 15” da Parents Music Resource Center, com letras como a do título ou “let me cut your cake with my knife”, numa época em que o sexo fazia furor no mundo do Rock. Chega então o momento de virar o disco – e aqui o grupo de pessoas que os classifica como overrated vai achar que é “vira o disco, toca o mesmo”. – e levamos logo com um riff tão simples, mas tão brutal como o da inesquecível “Back in Black”. O refrão foi feito para ser cantado por todo o público de um espectáculo, em completo delírio e o mesmo se pode dizer da monstruosa canção que se segue. “You Shook Me All Night Long”, uma canção para toda a família e que ainda hoje é daquelas canções que nos soa familiar e que parece que a andamos a ouvir desde a nascença. Mesmo que as seguintes faixas não sejam uma explosão de genialidade siimplística como estes dois singles, também não são para ficar parado nem para abrandar os níveis de energia anteriores. “Have a Drink on Me” e “Shake a Leg” conseguem manter a essência AC/DC que os marca na sua longa carreira e com os níveis certos de “Rock and Roll” para satisfazer o ouvido e o corpo. O mágico disco conclui com a mensagem defensora da boa música, com “Rock and Roll Ain’t Noise Pollution” e continuamos a ter a mesma estrutura básica, riff simples e refrão modestamente escrito. É indiscutível o talento de cada um dos membros, o de Angus Young, o enérgico guitarrista de calções, que ainda consegue criar novos riffs e novos solos, mesmo utilizando os mesmos acordes mínimos e a sua presença em palco, capaz de agitar qualquer um que se encontre a desfrutar do espectáculo. A voz reconhecível de Brian Johnson, que tanto pode ser uma pérola para uns, como o cúmulo de irritante para outros. Não é nada de genial, mas é o que melhor se encaixa na música que os seus parceiros tocam. E mesmo que os restantes não tenham tanto destaque, nem tanta notoriedade, são eles que completam o grupo e são todos eles em conjunto que levam este álbum ao patamar de maiores discos na história do Hard Rock. Se vira o disco e toca o mesmo, deixa tocar, porque é muito bom. Afinal, Rock and Roll ain’t noise pollution, man…



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dream Evil - In the Night

Artista: Dream Evil
Álbum: In the Night
Data de lançamento: 25 Janeiro 2010
Género: Power Metal
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:




1 - "Immortal"
2 - "In the Night"
3 - "Bang Your Head"
4 - "See the Light"
5 - "Electric"
6 - "Frostbite"
7 - "On the Wind"
8 - "The Ballad"
9 - "In the Fires of the Sun"
10 - "Mean Machine"
11 - "Kill, Burn, Be Evil"
12 - "The Unchosen One"

"In the Night" é já o 5º álbum dos Suecos de Power Metal, Dream Evil. Se o seu som é, de qualquer forma, semelhante ao dos 4 álbuns anteriores, o contrário seria de pouco se esperar. No entanto, fica a pequena sensação de que talvez este "Into the Night" seja relativamente mais pesado que os anteriores. Ou talvez seja uma ilusão, pois logo depois dos riffs distorcidos que fazem rodar a cabeça, temos a voz melódica de Nicklas Isfeldt - ou Nick Night, como preferirem - com propriedades reminiscentes às vozes de Bruce Dickinson ou James LaBrie, portanto de qualquer forma deparámo-nos com o puro e verdadeiro Power Metal habitual. Não podemos ver o Power Metal como um estilo congelado mas sim, como um som facilmente apreciável por fãs. E, mesmo que nem todas as letras deste disco sejam esplêndidas - "Bang your head/Bang it 'til you drop" - elas apenas demonstram o espírito. O refrão de "Bang Your Head" - anteriormente demonstrado - apenas nos diz o que fazer ao ouvir este CD; "The Ballad" faz juz ao seu título e expõe a faceta melódica do disco, com a voz de Isfeldt acompanhada por piano, seguindo para o refrão épico onde as guitarras já ecoam, uma canção mais suave; "Kill, Burn, Be Evil" contém o refrão que nos lembra algo de Glam Metal da década de 80; o título de "The Unchosen One" inteligentemente lembra-nos "The Chosen Ones" do álbum de estreia "Dragonslayer" ou "Chosen Twice" de "The Book of Heavy Metal" e sem ir mais longe, o álbum abre com "Immortal", cujo riff promete marcar o disco para ser lembrado após a reprodução do CD inteiro. O álbum ainda tem 2 faixas bónus não assinaladas - "Good Nightmare" e "The Return" - que contêm uma estrutura que poderia facilmente fazer delas músicas principais do álbum e não apenas bónus. E Dream Evil é isto... A voz harmoniosa de Niklas Isfeldt e os solos de Fredrik Nordstrom - que já tem alguma experiência no Death Metal melódico sueco - e não há que esquecer os outros 3 que tão bem completam o quinteto. Portanto, quer se goste ou não de Dream Evil e quer se esteja farto ou não de Power Metal, há que abrir mais a mente e perceber que o trabalho encontra-se realizado na sua perfeição e na minha opinião encontra-se bastante bem conseguido...

Avaliação: 8,3