quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

My Chemical Romance - Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys


Artista: My Chemical Romance
Álbum: Danger Days: The True Lives of Fabulous Killjoys
Data de lançamento: 19 Novembro 2010
Género: Rock alternativo, Pop Punk, Rock experimental, Synthrock
Editora: Reprise Records
Lista de faixas:

1 – “Look Alive, Sunshine”
2 – “Na Na Na (Na Na Na Na Na Na Na Na Na)”
3 – “Bulletproof Heart”
4 – “SING”
5 – “Planetary (Go!)”
6 – “The Only Hope for Me Is You”
7 – “Jet-Star and the Kobra Kid / Traffic Report”
8 – “Party Poison”
9 – “Save Yourself, I’ll Hold Them Back”
10 – “S/C/A/R/E/C/R/O/W”
11 – “Summertime”
12 – “DESTROYA”
13 – “The Kids From Yesterday”
14 – “Goodnite, Dr. Death”
15 – “Vampire Money”

Quem acompanhou esta banda a sério, neste último ano e no anterior, bem deve ter acumulado uma boa dose de nervos ali na zona visceral. É que os My Chemical Romance souberam bem como deixar os seus fãs numa pilha de nervos no que toca à espera, expectativa e trabalho de promoção. Desde que “acabaram” com o “The Black Parade” que se espera algo grande e muito diferente. E desde então, que estes gajos tinham andado a brincar, com músicas novas tocadas ao vivo, um álbum já gravado mas depois anulado, mensagens estranhas no site oficial… Por aí fora. Dessa forma, com 4 anos de diferença entre discos, este tornou-se o maior intervalo entre álbuns, da carreira dos My Chemical Romance. Mas com um disco como este… Valeu a pena a espera e foi tempo bem gasto. É que se este não é um dos discos de Rock mais sólidos do ano e o mais completo da carreira deles… Só se esperarmos pelo que aí vier… Mas este “Danger Days” é brilhante, simplesmente. Os My Chemical Romance depositaram aqui toda a experiência obtida com os 3 anteriores discos e mais algumas coisas novas que eles aprenderam nestas “férias” que tiveram. E depois de um rico “Black Parade”, há ainda mais crescimento por parte de uma banda que cada vez mais se vai afastando do estatuto adolescente e que já ganhou pavor ao rótulo “Emo” que já lhes foi muitas vezes atribuído erradamente. Mais um álbum conceptual, na mesma vertente que os anteriores, mas este já não vai por caminhos deprimentes e relacionados com morte e melancolia e mesmo que ainda decorra num cenário pós-apocalíptico, segue uma veia mais aventureira e transporta, de certa forma mais alegria e muita mais diversão na música do que anteriormente. Uma espécie de “Synthesized Hard Rocking Punkish Pop on the Dancefloor” o que se encontra neste CD e a melhor maneira de perceber como essa michorda resulta, é ouvindo-o. Um uso de sintetizadores soberbo no que toca ao acompanhamento das músicas, mostrando que estes músicos sabem trabalhar com isso e não estragam a música assim que decidem dar o toque electrónico às coisas, a acrescentar a isso ainda há o habitual uso de guitarras como bem conhecemos e a voz de Gerard Way que tem vindo a melhorar com os anos – e agora com ele sóbrio ainda melhor. Refrões bem compostos por melodias bem viciantes e marcantes. Há aqui hinos de punho erguido inesquecíveis como “Na Na Na”, “Bulletproof Heart ou “DESTROYA”, tons de dança como em “Planetary (Go!)” ou “Party Poison”, um ligeiro tom épico em “SING”, uma balada puramente Pop como “Summertime” e uma ruidosa e crítica “Vampire Money” – tirem as vossas fáceis conclusões quanto ao significado desta última, julgando apenas pelo título. É, sem dúvida, um trabalho revelador de muita inteligência por parte destes jovens músicos Americanos. E mesmo achando que este disco possa provar que muitos “haters” possam estar errados quanto à banda, sei que muitos vão negar o valor da banda e deste “Danger Days”, mas posso atrever-me a dizer que há muito tempo que não se fazia um álbum de Rock mainstream tão completo, bem composto e lindamente trabalhado como este. Practice makes perfect? Talvez os anos de carreira e a capacidade de progressão de álbum para álbum – sem que algum deles fosse fraco – tornassem possível que o talento e inteligência da banda culminassem neste disco. E assim se estabelecem como uma grande banda com futuro garantido e não apenas uma moda – a “fase” deles até já passou, acho. Podem opor-se, compreendo, mas posso perfeitamente afirmar que temos aqui um dos grandes álbuns do ano 2010.

Avaliação: 9,6


2 comentários:

  1. EVERYDOBY REMOVE THOSE PANTS DANCE TO ME !!


    AMEI !!

    ResponderEliminar
  2. Isto transpira brutalidade de inicio ao fim.

    Enfim, muito bom mesmo.

    ResponderEliminar