Artista: Aborted
Álbum: Global Flatline
Data de lançamento: 20 Janeiro 2012
Género: Deathgrind, Brutal Death Metal
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:
1 –
“Omega Mortis”
2
– “Global Flatline”
3
– “The Origin of Disease”
4
– “Coronary Reconstruction”
5
– “Fecal Forgery”
6
– “Of Scabs and Boils”
7
– “Vermicular, Obscene, Obese”
8
– “Expurgation Euphoria”
9
– “From a Tepid Whiff”
10
– “The Kallinger Theory”
11
– “Our Father, Who Art of Feces“
12
– “Grime”
13
– “Endstille”
Após um teasing em 2012 com o EP “Coronary
Reconstruction” eis que chega o sétimo álbum de originais dos Aborted,
intitulado “Global Flatline”. Para quem não estiver ainda familiarizado com a
banda, tem muita informação acerca do som da banda já no seu nome. Uma banda
com o nome “Aborted” não pode tocar música muito de “algodão doce” e o mais
certo é que ande pelas praias do Brutal Death ou do Grindcore.
A cada disco que a banda lança, cada vez mais se estabilizam em sonoridade. Mas essa estabilidade é que pode andar a cambalear
entre as boas e as más razões. É uma banda muito talentosa no que faz, já
pavimentou o seu nome no cenário brutal e cada disco que lança é cada disco que
um fã da banda junta à colecção após arruinar o pescoço a ouvi-lo com gosto.
Não estão cá para desiludir. Outra coisa também é o facto de quase se
aproximarem do tão gasto e contado Deathcore, mas só um cheirinho, contornando e
superando a sua fácil fórmula e voltando a assentar-se no género mais “Grind”.
O trabalho vocal de Sven de Calowé é imediatamente
reconhecível e o seu vocal gutural já tem um cargo identificativo na música dos
Belgas. O som da banda também é, sem tirar nem pôr, aquilo que um fã desta
música brutal pede: canções directas e ruidosas com temas violentos, abordados
de forma tão pútrida que depois de o ouvirmos, não só temos o pescoço cansado,
como também temos a sensação de ficar cobertos de vómito, sangue e tripas. Para
os que estão fora do estilo… Essa descrição não é tão má como parece.
O único que pode ser o pecado dos Aborted é o
factor da relevância. A banda já é veterana e não anda nisto há 3 dias, mas
parece não haver muito para evoluir e ultrapassar outras bandas que surgem no
espectro. Vale a pena ouvir qualquer álbum do grupo, mas que mais se encontrará
por aqui que vá para além do que outras bandas façam? – aqui em Portugal temos
os Grog a fazer algo do estilo de maneira que dá gosto. Não me levem a mal,
também dá gosto ouvir os Aborted, mas se juntarmos o CD a um monte de outros de
outras bandas que toquem o género – algumas novas – não parece haver nada muito
distinto.
Uma faixa que se possa destacar é “Expurgation
Euphoria” cuja abordagem mais lenta que segue uma arrepiante introdução de
piano, pode acrescentar uma sonoridade mais sinistra a toda a brutalidade que a
banda faz.
Mais uma vez acrescento que o álbum está muito bom
no que diz respeito aos critérios que constituem um disco dos Aborted, a
enumeração de mínimos defeitos são apenas reflexo de um ponto de vista crítico
que procura trabalhos inovadores ou pelo menos infalíveis na sua repetição.
Porque dando este CD a um fã do género e dos Aborted – cujo nome já é grande
suficiente para que ao ser-se fã do estilo já se tenha uns CD’s deles em memória
– é de ficar a salivar por mais podridão e ruído, que certamente que agradece
pelo agradável enxerto de porrada que estes temas figurativamente dão.
Avaliação: 7,3
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