quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Aborted - Global Flatline



Artista: Aborted
Álbum: Global Flatline
Data de lançamento: 20 Janeiro 2012
Género: Deathgrind, Brutal Death Metal
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:

1 – “Omega Mortis”
2 – “Global Flatline”
3 – “The Origin of Disease”
4 – “Coronary Reconstruction”
5 – “Fecal Forgery”
6 – “Of Scabs and Boils”
7 – “Vermicular, Obscene, Obese”
8 – “Expurgation Euphoria”
9 – “From a Tepid Whiff”
10 – “The Kallinger Theory”
11 – “Our Father, Who Art of Feces“
12 – “Grime”
13 – “Endstille”

Após um teasing em 2012 com o EP “Coronary Reconstruction” eis que chega o sétimo álbum de originais dos Aborted, intitulado “Global Flatline”. Para quem não estiver ainda familiarizado com a banda, tem muita informação acerca do som da banda já no seu nome. Uma banda com o nome “Aborted” não pode tocar música muito de “algodão doce” e o mais certo é que ande pelas praias do Brutal Death ou do Grindcore.

A cada disco que a banda lança, cada vez mais se estabilizam em sonoridade. Mas essa estabilidade é que pode andar a cambalear entre as boas e as más razões. É uma banda muito talentosa no que faz, já pavimentou o seu nome no cenário brutal e cada disco que lança é cada disco que um fã da banda junta à colecção após arruinar o pescoço a ouvi-lo com gosto. Não estão cá para desiludir. Outra coisa também é o facto de quase se aproximarem do tão gasto e contado Deathcore, mas só um cheirinho, contornando e superando a sua fácil fórmula e voltando a assentar-se no género mais “Grind”.

O trabalho vocal de Sven de Calowé é imediatamente reconhecível e o seu vocal gutural já tem um cargo identificativo na música dos Belgas. O som da banda também é, sem tirar nem pôr, aquilo que um fã desta música brutal pede: canções directas e ruidosas com temas violentos, abordados de forma tão pútrida que depois de o ouvirmos, não só temos o pescoço cansado, como também temos a sensação de ficar cobertos de vómito, sangue e tripas. Para os que estão fora do estilo… Essa descrição não é tão má como parece.

O único que pode ser o pecado dos Aborted é o factor da relevância. A banda já é veterana e não anda nisto há 3 dias, mas parece não haver muito para evoluir e ultrapassar outras bandas que surgem no espectro. Vale a pena ouvir qualquer álbum do grupo, mas que mais se encontrará por aqui que vá para além do que outras bandas façam? – aqui em Portugal temos os Grog a fazer algo do estilo de maneira que dá gosto. Não me levem a mal, também dá gosto ouvir os Aborted, mas se juntarmos o CD a um monte de outros de outras bandas que toquem o género – algumas novas – não parece haver nada muito distinto.

Uma faixa que se possa destacar é “Expurgation Euphoria” cuja abordagem mais lenta que segue uma arrepiante introdução de piano, pode acrescentar uma sonoridade mais sinistra a toda a brutalidade que a banda faz.

Mais uma vez acrescento que o álbum está muito bom no que diz respeito aos critérios que constituem um disco dos Aborted, a enumeração de mínimos defeitos são apenas reflexo de um ponto de vista crítico que procura trabalhos inovadores ou pelo menos infalíveis na sua repetição. Porque dando este CD a um fã do género e dos Aborted – cujo nome já é grande suficiente para que ao ser-se fã do estilo já se tenha uns CD’s deles em memória – é de ficar a salivar por mais podridão e ruído, que certamente que agradece pelo agradável enxerto de porrada que estes temas figurativamente dão.

Avaliação: 7,3 


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