terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Lamb of God - Resolution



Artista: Lamb of God
Álbum: Resolution
Data de lançamento: 24 Janeiro 2012
Género: Groove Metal, Metalcore
Editora: Epic Records, Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Straight for the Sun”
2 – “Desolation”
3 – “Ghost Walking”
4 – “Guilty”
5 – “The Undertow”
6 – “The Number Six”
7 – “Barbarosa”
8 – “Invictus”
9 – “Cheated”
10 – “Insurrection”
11 – “Terminally Unique”
12 – “To the End”
13 – “Visitation”
14 – “King Me”

Os Lamb of God fazem parte de uma onda de bandas Americanas que atingiu sucesso na primeira metade da década anterior e conseguiram levantar a orelha a muitos dos ouvintes mais novos da música pesada. Partindo do Metalcore e desenvolvendo o seu próprio som pessoal mais Groove, hoje em dia associámos rapidamente os Lamb of God ao seu som característico. Assim, ao sétimo álbum “Resolution”, a tarefa dos Lamb of God é provavelmente manter-se iguais a si mesmos, enquanto o souberem fazer.

É aí que reside a divisão de opiniões no que toca a cada disco novo da banda: uns acham que o grupo assim se mantém porque assim deve e não faz sentido mudar nada, o que se quer é uma data de malhas e que dê para se pôr bem alto. Outros encontram aqui uma hora de aborrecimento e redundância.

Depende também muito da demografia à qual se intenciona projectar, pois afinal o que existe neste álbum são temas como os Lamb of God bem sabem fazer e nos habituaram a fazer. Não é caso para dizer que a banda está cada vez melhor, porque isso é difícil. O mais considerável é reconhecer os primeiros três ou quatro discos da banda como o pique da popularidade e da originalidade da música da banda e desde então para a frente, a banda apenas tinha que manter o seu estatuto sem cair num desagradável esquecimento.

Querem malhas simples e brutais? Aqui neste disco encontram do mais simples e brutal em faixas como “Desolation”, “Cheated” ou “Visitation” que funcionam como a desculpa mais-que-perfeita para se saltar para o meio da moshpit. A principal exigência é um bom riff cheio de Groove? “Ghost Walking” está lá bem para isso e “To the End” parece rebentar da semente de um estudo de uns quantos capítulos do manual de instruções de Dimebag – já é habitual o som dos LoG soar a sucessor de Pantera em qual quer que seja o trono em que eles estivessem. Se um requisito notório também for umas quantas melodias que se balancem bem entre o brutal e o orelhudo, destaco “The Number Six” para esse propósito.

No entanto, no meio de todo o material de hábito que resulta de um conhecimento integral dos fãs por parte da banda – eles não devem pedir muito mais que o já mencionado acima – tem que haver sempre alguns factores que mostrem que a banda sabe como se mobilizar em vez de se alapar confortavelmente no mesmo sítio. A faixa de abertura “Straight for the Sun” apresenta-nos um interessante riff com tons de sludge que abre interesse para o resto do disco, a experiência mais limpa de “Insurrection” e o principal destaque de todo o registo: “King Me” que com as suas partes narradas, arranjos orquestrais e voz feminina no background torna-se a canção mais interessante de todo o álbum e muito provavelmente se pode considerar – no meio de muitas malhas antigas – uma das melhores músicas e mais épicas de toda a carreira dos Lamb of God.

De modo geral, é um disco que caminha sempre rente ao habitual e esperado da banda sem dar grandes passos na direcção do risco e vai apenas procurando a maturidade naquele som que já sabem fazer, que lhes é característico e que podem reclamar como sendo seu. Portanto vai passar ao lado de alguns dos ouvintes com menos devoção, porque acaba por soar a um “Wrath, Part II” se não for ouvido com os ouvidos de fã mais erguidos. No entanto, é como já afirmei, o grupo já caminha para o território de veteranos e hoje em dia já não estão na fase de se tornarem ainda melhores. O disco cumpre o seu objectivo de fazer com que a banda se mantenha, mas não que se exceda ou supere.

Avaliação: 7,6


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