terça-feira, 26 de outubro de 2010

Apocalyptica - 7th Symphony


Artista: Apocalyptica
Álbum: 7th Symphony
Data de lançamento: 20 Agosto 2010
Género: Cello Metal, Metal Sinfónico, Metal Alternativo, Metal Néo-Clássico, Metal Progressivo, Hard Rock
Editora: Jive Records, Sony Music Entertainment
Lista de faixas:

1 – “At the Gates of Manala”
2 – “End of Me” (com Gavin Rossdale dos Bush)
3 – “Not Strong Enough” (com Brent Smith dos Shinedown)
4 – “2010” (com Dave Lombardo dos Slayer)
5 – “Beautiful”
6 – “Broken Pieces” (com Lacey Mosley dos Flyleaf)
7 – “On the Rooftop with Quasimodo”
8 – “Bring Them to Light” (com Joe Duplantier dos Gojira)
9 – “Sacra”
10 – “Rage of Poseidon”

Amados por uns e ridicularizados por outros. São assim os Apocalyptica. Admirados como um dos projectos mais interessantes e originais a ser formados nesta década, a tocar Rock pesado e Metal através de violoncelos e que evoluiu de tocar covers de Metallica para ter agora praticamente apenas temas originais gravados. Entre temas instrumentais aparecem convidados para dar voz a alguns temas. Outros já se fartaram disto como constante e vêm este quarteto Finlandês como uma pseudo-banda que soa mais a um “String Tribute” a determinada banda de Metal. Mas não é bem assim. Eu estou do lado das pessoas que acham que esta é uma das bandas que impõe mais respeito no panorama actual. Dos que aprecia e desfruta bastante de ouvir aqueles violoncelos distorcidos e tocados de forma a quase nos fazer pensar, por vezes, se eles não nos querem aldrabar e não usaram mesmo uma guitarra ali pelo meio. Também sou dos que gosta de ouvir as participações especiais por parte de talentosos vocalistas, a fazer algo diferente do seu habitual. E neste álbum, conta-se com boas participações de Gavin Rossdale, que fez fama na década de 90 com os Bush e que completa aqui uma boa obra de Hard Rock/Metal feita ao violoncelo. Brent Smith dos Shinedown trata, talvez, da participação menos significativa, tendo algo em falta para igualar as restantes, mas está longe de ser de se deitar fora. Dave Lombardo, baterista dos Slayer volta a fornecer bateria para a faixa “2010”, uma das melhores do disco, que com o trabalho de bateria deste mestre só se pode esperar algo extremo e energético para abanar uns quantos pescoços. Lacey Mosley dos Flyleaf dá voz ao orelhudo single “Broken Pieces” que também merece um bom destaque pelo impacto da melodia do seu refrão e claro, sem esquecer a habitual instrumentalização. Joe Duplantier dos Gojira traz o lado extremo da coisa ao de cima, utilizando os seus habituais vocais berrados – vindo duma banda de Metal extremo a pender para o Death Metal melódico/técnico, que mais se havia de esperar? – e lá traz mais um ponto alto do disco, com esta mudança de “disposição” acrescentando agora um pouco mais de raiva. As faixas instrumentais é aquilo que já se conhece – e requer – deste grupo Nórdico e temos faixas cheias de força e de excelente capacidade técnica nos instrumentos e já se imaginam a ser tocadas ao vivo com cabeças a rodar e cabelos a misturar-se com cordas. Mesmo a curta e calma “Beautiful” não é de se esquecer. Novo “thumbs up” para a primeira e última faixas onde os Apocalyptica exploram a técnica e a estrutura das canções alargando a sua duração, fornecendo assim uma estrutura mais progressiva à música já “art” que se encontra no disco. É aceitável que não gostem disto, é para isso que existem as diferenças musicais. Mas posso concluir desta forma: Não falta absolutamente nada a este álbum.

Avaliação: 9,2


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