terça-feira, 19 de outubro de 2010

As I Lay Dying - The Powerless Rise


Artista: As I Lay Dying
Álbum: The Powerless Rise
Data de lançamento: 11 Maio 2010
Género: Metalcore (Melódico, Cristão)
Editora: Metal Blade Records
Lista de faixas:

1 – “Beyond Our Suffering”
2 – “Anodyne Sea”
3 – “Without Conclusion”
4 – “Parallels”
5 – “The Plague”
6 – “Anger and Apathy”
7 – “Condemned”
8 – “Upside Down Kingdom”
9 – “Vacancy”
10 – “The Only Constant Is Change”
11 – “The Blinding of False Light”

Há razões para que não se atirem os As I Lay Dying para o monte condenado de bandazecas de Metalcore. Não são dos primeiros mas já aí andam há um tempinho. São mais sólidos e compostos que muitas bandas novas de unhas pintadas aos berros. O talento e a técnica em relação a esses mais fraquinhos, também é de evitar a comparação. E se quiserem ouvi-los para parecer totalmente “badass” também não resulta, porque eles ainda tocam Metal Cristão e isso não vai muito de encontro. Portanto um álbum destes ainda consegue ser algo apelativo. Adianto já que não há nada de novo aqui presente, mas nota-se bastante um crescimento musical e uma evolução na música dos As I Lay Dying, que têm vindo a aperfeiçoar o seu som com o tempo. Óptimo, é o que se requer. São 11 temas que passam muito rápido, devido à energia depositada, àquela agressividade típica, àquele bom peso. Sem abrandar, apenas algumas Intros mais calmas como é o caso da de “Parallels”. As 2 guitarras gémeas de Nick Hipa e Phil Sgrosso riffam e riffam bem, encontrando-se esplendidamente bem tocadas com ocasionais solos soberbos. O baixista Josh Gilbert já se adaptou bem à banda desde a última tour e atina bem nos vocais limpos no que toca aos refrões bonitinhos e catchy – afinal de contas trata-se de Metalcore, e mesmo que nem todos gostem, não vamos já levá-los à cruz… O vocalista Tim Lambesis não se perdeu em samples de filmes de Arnold Schwarzenegger com o seu projecto Austrian Death Machine e ainda sabe bem como grunhir e gritar como deve ser. A bateria de Jordan Mancino foi um dos pormenores que mais apreciei neste disco. Um excelente trabalho de bateria. Técnico, rápido, agressivo, brutal e também porque não… simples. Foi realmente um dos pontos musicais que mais me capturou a atenção. E Adam Dutkiewikcz – guitarrista dos Killswitch Engage, logo também tem uma certa experiência e conforto no estilo – também fez um excelente trabalho no aspecto onde mais se reflectiu a evolução dos As I Lay Dying – a produção. Muito boa esta produção, especialmente em relação aos anteriores álbuns, Dutkiewikcz realmente compreende bem o som da banda, como Sgrosso revelou. É, como já disse, um álbum mais evoluído, o que significa que os As I Lay Dying sabem como trabalhar para progredir. E no final deste disco que nos parece tão curto, ao ser desfrutado, fica-nos aquela sensação se este não será o melhor disco da carreira da banda…

Avaliação: 8,5


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