Artista:
Before the Torn
Álbum:
The Serpent Smile
Data de lançamento: 1 de Março 2011
Género: Metalcore
Editora: Self-Released
Lista de faixas:
1 –
“Cosmopolitan Deathwish”
2
– “Last Night’s Nightmare”
3
– “Poisonous Words”
4
– “This Will Be Legend”
5
– “Remember September”
6
– “Heartriders”
7
– “Overlooked”
8
– “Fractures”
9
– “My Pray” (com Vasco Ramos dos More
Than a Thousand)
10
– “The Spirits”
Cada vez existe mais bandas no nosso país a
estabelecer-se na cena pesada nacional, mais propriamente em géneros como o
Metalcore ou o Thrash moderno. São essas as principais tendências e de onde têm
vindo a surgir cada vez mais jovens bandas, que assim que se dão a conhecer,
mostram-se de imediato, promissoras. Os Before the Torn, se já não estão lá
estabelecidos nessas bandas hoje influenciadas, no futuro influentes, para lá
caminham a passo largo. Logo de início, há que louvar esta banda pelo seu árduo
trabalho, sendo esta, um exemplo de uma banda que começou praticamente do 0
para chegar onde está. Há que louvar também a dedicação, esforço, suor, sangue
e lágrimas depositados na realização deste segundo álbum. Se com o disco de
estreia “Burying Saints” não desiludiram, o objectivo que aqui tinham a cumprir
seria o de impressionar ou pelo menos manter os fãs anteriores mais seguros.
Acaba por ser um daqueles discos que mantém o género habitual que já conhecemos
do Metalcore na sua forma mais moderna, mas que o aborda, à sua maneira, de modo
a que evite que se torne maçador. Porque há que admitir, que hoje em dia é
muito difícil encontrar algum disco novo de Metalcore, com algo de impressionante
e surpreendente, e o que outrora fora relevante no género, hoje já está mais
que batido e cada vez mais se auto-satiriza involuntariamente. Portanto, temos
que procurar algum factor em discos deste género, que nos
possam captar o ouvido e o gosto. Dar-lhes uma oportunidade, em vez de
excluí-los de imediato pelo seu rótulo. E um factor deste disco que capte a
atenção do ouvinte tem que ser, com certeza, a explosão de energia que aqui se
encontra. “Moshpit” é o que nos vem à cabeça ao ouvir os temas, os ligeiros
abanares de cabeça e o bater de pé são involuntários e as melodias evitam
tornar-se melosas sem retirar nenhuma força e poder aos temas. Muitos discos
actuais de Metalcore podem-se tornar aborrecidos. Este nem por isso. Nem que
seja necessário mais que uma ou duas audições e mesmo que não seja logo um
disco de reprodução repetida automática. Está mais do que o suficiente. Riffs
bem orelhudos – destaco exemplos como “Last Night’s Nightmare” ou “Fractures” –
um uso de refrães – agora que aprendi que essa é que é a palavra correcta, e
não “refrões”, como sempre disse – limpos que não se dispersam do objectivo
principal dos temas que é fornecer muita força, poder e energia. É generalista
e algo usual, mas sem ser previsível. Usa da parte limpa e calma do género, mas
não abusa. Segue a mesma estrutura que as canções do género, mas seguindo o seu
próprio caminho. São uma banda que jogam pelo seguro, mas soam a já estarem seguros
de si mesmos. Um nome que ainda passa despercebido, mas que já está mais que
bem estabelecido na cena a que pertence. Fãs do género que ainda os desconheçam…
Vale a pena uma espreitadela…
Avaliação: 7,5
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