quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Before the Torn - The Serpent Smile


Artista: Before the Torn
Álbum: The Serpent Smile
Data de lançamento: 1 de Março 2011
Género: Metalcore
Editora: Self-Released
Lista de faixas:


1 – “Cosmopolitan Deathwish”
2 – “Last Night’s Nightmare”
3 – “Poisonous Words”
4 – “This Will Be Legend”
5 – “Remember September”
6 – “Heartriders”
7 – “Overlooked”
8 – “Fractures”
9 – “My Pray”   (com Vasco Ramos dos More Than a Thousand)
10 – “The Spirits”

Cada vez existe mais bandas no nosso país a estabelecer-se na cena pesada nacional, mais propriamente em géneros como o Metalcore ou o Thrash moderno. São essas as principais tendências e de onde têm vindo a surgir cada vez mais jovens bandas, que assim que se dão a conhecer, mostram-se de imediato, promissoras. Os Before the Torn, se já não estão lá estabelecidos nessas bandas hoje influenciadas, no futuro influentes, para lá caminham a passo largo. Logo de início, há que louvar esta banda pelo seu árduo trabalho, sendo esta, um exemplo de uma banda que começou praticamente do 0 para chegar onde está. Há que louvar também a dedicação, esforço, suor, sangue e lágrimas depositados na realização deste segundo álbum. Se com o disco de estreia “Burying Saints” não desiludiram, o objectivo que aqui tinham a cumprir seria o de impressionar ou pelo menos manter os fãs anteriores mais seguros. Acaba por ser um daqueles discos que mantém o género habitual que já conhecemos do Metalcore na sua forma mais moderna, mas que o aborda, à sua maneira, de modo a que evite que se torne maçador. Porque há que admitir, que hoje em dia é muito difícil encontrar algum disco novo de Metalcore, com algo de impressionante e surpreendente, e o que outrora fora relevante no género, hoje já está mais que batido e cada vez mais se auto-satiriza involuntariamente. Portanto, temos que procurar algum factor em discos deste género, que nos possam captar o ouvido e o gosto. Dar-lhes uma oportunidade, em vez de excluí-los de imediato pelo seu rótulo. E um factor deste disco que capte a atenção do ouvinte tem que ser, com certeza, a explosão de energia que aqui se encontra. “Moshpit” é o que nos vem à cabeça ao ouvir os temas, os ligeiros abanares de cabeça e o bater de pé são involuntários e as melodias evitam tornar-se melosas sem retirar nenhuma força e poder aos temas. Muitos discos actuais de Metalcore podem-se tornar aborrecidos. Este nem por isso. Nem que seja necessário mais que uma ou duas audições e mesmo que não seja logo um disco de reprodução repetida automática. Está mais do que o suficiente. Riffs bem orelhudos – destaco exemplos como “Last Night’s Nightmare” ou “Fractures” – um uso de refrães – agora que aprendi que essa é que é a palavra correcta, e não “refrões”, como sempre disse – limpos que não se dispersam do objectivo principal dos temas que é fornecer muita força, poder e energia. É generalista e algo usual, mas sem ser previsível. Usa da parte limpa e calma do género, mas não abusa. Segue a mesma estrutura que as canções do género, mas seguindo o seu próprio caminho. São uma banda que jogam pelo seguro, mas soam a já estarem seguros de si mesmos. Um nome que ainda passa despercebido, mas que já está mais que bem estabelecido na cena a que pertence. Fãs do género que ainda os desconheçam… Vale a pena uma espreitadela…

Avaliação: 7,5


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