Artista: Ringo Starr
Álbum: Ringo 2012
Data de lançamento: 30 Janeiro 2012
Género: Rock
Editora: Hip-O Records
Lista de faixas:
1 –
“Anthem”
2
– “Wings”
3
– “Think It Over”
4
– “Samba”
5
– “Rock Island Line”
6
– “Step Lightly”
7
– “Wonderful”
8
– “In Liverpool”
9
– “Slow Down”
Décimo sétimo disco de um integrante da metade
restante dos Beatles e o mais activo dessa metade. Um disco que com os seus
breves 29 minutos apresenta duas covers: “Think It Over” de Buddy Holly, com
certeza um ídolo de juventude de Ringo e “Rock Island Line”, originalmente
interpretada por John Lomax em 1934 e tendo tido desde então, inúmeras versões
regravadas. A acrescentar a essas duas versões, juntam-se também dois temas
clássicos de Ringo regravados: “Wings” que já integrava o seu disco “Ringo the
4th” de 1977 e “Step Lightly” originalmente lançado no seu terceiro disco a
solo “Ringo”, em 1973.
Com isto, acabamos por ter apenas cinco temas
originais para constituir um novo disco sucessor de “Y Not” de 2010. O que o
lendário ex-Beatle aqui faz, tanto com os temas novos como com os restantes, é
aquilo que se espera de um artista que já tenha atingido o seu estatuto. Aos 71
anos, já se espera que a sua fase aventureira já não tenha mais para dar e que
agora Ringo seja apenas o veterano que sorri e se diverte, mas sem sair da sua
zona de conforto. Apenas temas de Rock da raiz breves, com melodias agradáveis
de estalar os dedos que podem ficar na cabeça.
É normal que o sentimento que prevaleça por estes
curtos temas seja aquele de nostalgia. Ringo estava lá quando se começou a dar
uma verdadeira revolução musical – muita dela vinda do seu próprio grupo –
assistiu a toda uma evolução que mesmo sofrendo as alterações que sofreu não
foi assim tão capaz de largar totalmente a sua influência. Outra nostalgia que
possa existir pode ser uma ainda mais longínqua, com uma juventude e infância
de Ringo que está cada vez mais longe – tal como em “Y Not”, temos mais um tema
a falar-nos em Liverpool, sua terra natal e dos seus companheiros nos Beatles.
Uma abordagem clássica nos tempos modernos ou uma
abordagem moderna dos tempos clássicos, algo assim. A música é suficientemente
simples para se situar nesta época presente como em qualquer outra, mesmo que o
aqui se toca seja um Rock and Roll do mais simples e extraído directamente da
sua raiz.
Longe está de qualquer tipo de inovação, mas
também nunca há-de ser para isso que se queria ouvir um disco de Ringo Starr.
As canções estão lá bem escritas e com os arranjos certos, a diversão está lá,
a melodia dançável nostálgica e sempre de mão estendida a acenar à música de
outros tempos que não tem porque deixar de ser feita actualmente. Está tudo lá.
Pronto para arrancar alguns sorrisos de fanáticos de Beatles que gostem de
apreciar o que ainda sobra e ainda se vai fazendo dos ainda presentes cérebros
dos Fab Four. E durante o processo ainda há muito bater de pé. Logo, missão
cumprida.
Avaliação: 7,1
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