Artista:
Red Hot Chili Peppers
Álbum:
I’m with You
Data de lançamento: 26 Agosto 2011
Género: Rock, Funk Rock, Rock alternativo
Editora: Warner Bros. Records
Lista de faixas:
1 –
“Monarchy of Roses”
2
– “Factory of Faith”
3
– “Brendan’s Death Song”
4
– “Ethiopia”
5
– “Annie Wants a Baby”
6
– “Look Around”
7
– “The Adventures of Rain Dance Maggie”
8
– “Did I Let You Know”
9
– “Goodbye Hooray”
10
– “Happiness Loves Company”
11
– “Police Station”
12
– “Even You Brutus?”
13
– “Meet Me at the Corner”
14
– “Dance, Dance, Dance”
Nem é preciso qualquer tipo de apresentação desta
banda. Já é daquelas que está no “ensino básico” de qualquer ouvinte de
música. Quanto ao apreciar ou não, fica ao critério de cada um, mas há que ter
uma boa dose de respeito por uma banda que já alcançou e conquistou tanto como
os Red Hot Chili Peppers. 5 anos após um bem recebido “Stadium Arcadium” e
depois de um pequeno período conturbado que contou com o abandono da banda por
parte de John Frusciante pela segunda vez, eis que a lendária banda Americana
nos apresenta um novo trabalho de estúdio, que numa fase pós-Frusciante, não
sabemos se é para manter o som característico e maduro dos Chili Peppers da
última década, se é para tentar conectar-se com os dias de estreia, se é para entrar
em algo novo. Para se assimilar a um “One Hot Minute” – que contou com Dave
Navarro na guitarra após o primeiro abandono de Frusciante – teria que haver
muita obscuridade e influências de factores negativos como uma recaída na droga
por parte do vocalista Anthony Kiedis – que hoje afirma estar limpo e sóbrio. Portanto
não será por essa veia. Mas pode haver uma abordagem diferente. A banda
encontra-se cada vez mais longe da flor da sua juventude, já têm filhos –
Anthony foi pai recentemente o que lhe pode ter influenciado um pouco a sua
escrita – já têm uma carreira invejável. Há-que apostar nisso. Partindo do
ponto onde ficou “Stadium Arcadium”, este disco apresenta-nos alguns pormenores
que os ligam, resgatando um pouco do Funk que deixaram pela década de 80, com
canções que facilmente rebentam num refrão a pedir airplay numa rádio e a
implorar tornar-se hino de estádio. 1 hora de canções como estas, como a já
conhecida “The Adventures of Rain Dance Maggie”, a introdutória “Monarchy of
Roses”, a repetitivamente viciante “Ethiopia” ou uma dedicatória que se torna
reflectiva sobre a própria morte como “Brendan’s Death Song” que se candidata a
ser das melhores obras aqui neste trabalho. O trabalho de guitarra não se podia
manter como nos era servido ultimamente com os tons pessoais e únicos de John
Frusciante – e não só, os seus vocais secundários agudos também já eram uma das
muitas marcas de assinatura do grupo – mas não há razões de queixa do novato
Josh Klinghoffer que admite ter em Frusciante uma das suas maiores influências.
Logo, a guitarra que aqui se ouve pode diferir daquilo que se espera num disco
de RHCP, e para alguns pode ser um “polegar para baixo”, mas o desempenho é
deveras muito positivo e mesmo que não seja muito “Frusciantesco” consegue
manter-se bastante “Chili Pepperesco”. Mesmo que não haja nenhuma “Scar Tissue”,
nenhuma “Can’t Stop”, não se encontrem “Dani California”’s, “By the Way”’s ou “Californication”’s
neste disco, - exemplificando hinos da fase mais recente da carreira do
quarteto Funk - visto que tais resultados são difíceis de obter, espera-se que
saiam na mesma muitos mais frutos memoráveis deste registo. “Blood Sugar Sex Magik” e “Californication”
já estão feitos, não há muita mais história para escrever, agora o que há a
fazer é manter o legado sempre em pé, de forma legítima e respeitável como este
“I’m with You” – que provavelmente vai custar a colar para alguns fãs –
consegue fazer.
Avaliação: 8,2
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