quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Blind Guardian - At the Edge of Time


Artista: Blind Guardian
Álbum: At the Edge of Time
Data de lançamento: 30 Julho 2010
Género: Power Metal, Metal Progressivo, Metal Sinfónico
Editora: Nuclear Blast
Lista de faixas:

1 – “Sacred Worlds”
2 – “Tanelorn (Into the Void)”
3 – “Road of No Release”
4 – “Ride Into Obsession”
5 – “Curse My Name”
6 – “Valkyries”
7 – “Control the Divine”
8 – “War of the Thrones”
9 – “A Voice in the Dark”
10 – “Wheel of Time”

4 anos passaram desde o ultimo “A Twist in the Myth” dos Blind Guardian e alguns fãs achavam que a banda alemã estava a fraquejar. Para uma banda que já anda aí a passos largos desde a década de 80, alguns fãs achavam que nesta década, tornava-se difícil para os Blind Guardian fazer um disco novo, realmente novo, que pegue bem no ouvido dos fãs. De uma estranha forma, os Blind Guardian quase que soavam ao montão de bandas que praticam o seu estilo, seguindo-os a eles. Alguns achavam que já era Power Metal vulgar, elementos sinfónicos só para estarem lá, alargavam-se as canções passando por fases só porque se achava que assim devia ser e as músicas eram épicas só por ser regra. E mesmo que eu não ache os discos anteriores de forma alguma fracos, é verdade que para uma banda que se desloca para um estatuto lendário haja a necessidade de fazer um disco realmente forte e que realmente se estabeleça nos dias de hoje. Para fãs de Power Metal, fãs de Metal progressivo, fãs de Metal em geral. E o mais interessante é que parece que com este “At the Edge of Time” já o conseguiram. A banda, para se adequar aos dias de hoje, fez aquilo que eu, na minha humilde opinião, creio que seja o mais ideal: não quis saber dos tempos hoje. Não querer saber das voltas que o género deu e como se encontra hoje, fazê-lo à sua maneira. E logo, temos aqui um álbum “retro” que nos faz lembrar outros tempos, mesmo que o seu sabor ainda seja adequado ao presente. Já não há épico forçado nenhum e “Sacred Worlds” introduz o álbum a matar. O recheio do restante disco é um bom Power Metal acompanhado daquelas grossas influências de música clássica, com arranjos sinfónicos arrepiantes. A voz de Hansi em óptima forma e facilmente reconhecível. Estruturas de canções longas sem darmos por isso. Umas outras influências da folclórica Europeia, para lhe acrescentar o tom medieval que vai ficando sempre bem. E nisso destaco “Curse My Name” uma obra-prima medieval que merece a minha bênção como um dos maiores destaques do CD. “Wheel of Time” fecha o álbum com uma força e uma grandiosidade semelhante à da faixa de abertura. O ideal para fazer o álbum requerido a este ponto da carreira. Um regresso em forma.

Avaliação: 8,3


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