quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Stone Sour - Audio Secrecy



Artista: Stone Sour
Álbum: Audio Secrecy
Data de lançamento: 7 Setembro 2010
Género: Hard Rock, Metal alternativo, Post-Grunge
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:

1 – “Audio Secrecy”
2 – “Mission Statement”
3 – “Digital (Did You Tell)”
4 – “Say You’ll Haunt Me”
5 – “Dying”
6 – “Let’s Be Honest”
7 – “Unfinished”
8 – “Hesitate”
9 – “Nylon 6/6”
10 – “Miracles”
11 – “Pieces”
12 – “The Bitter End”
13 – “Imperfect”
14 – “Threadbare”

Os Stone Sour parecem ainda ser vistos como um projecto paralelo de Corey Taylor para descansar dos Slipknot, apesar de a banda já se ter formado muito tempo antes de Slipknot e tendo até que ser interrompida para que ele se juntasse a eles. E mesmo que encarado como a encarnação mais madura e desmascarada de Corey Taylor – e também de James Roots, guitarrista de ambas bandas – já consegue tornar o seu nome bastante soante na cena de peso mais comercial da actualidade. Chegando até a atravessar todo um caminho ao ponto de conquistar fãs que nem façam a mínima ideia que esta é a mesma voz que comanda os Slipknot. É encarado como um lado mais suave e maduro e que pode agradar e servir de alternativa aos fãs de Slipknot, mas temos que os analisar de outra forma e de outro ponto de vista, visto que maioritariamente os fãs de Slipknot não são muito de fiar no que diz respeito a conhecimentos. Apesar de tudo, nunca foram uma banda assim tão má como os pintam – nem tão inovadores como algum “fanboy-ismo” os eleva – e há talento nos seus membros. No projecto Stone Sour é onde se pode sentir mais alguma versatilidade e experiências, costuma ser onde Taylor coloca a sua voz mais à prova e onde se acalmam mais as águas, dando a liberdade ao grupo de soltar o seu lado mais meloso em baladas – que mesmo assim não impede a existência de “Snuff”, “Vermillion, Pt. 2” e outras que tais. Mantendo sempre espaço para algumas malhas que agitem as orelhas dos ouvintes, com canções que se constroem a partir da base do Post-Grunge, a impressão que vai mesmo ficar ao final da audição do disco, é que este é um registo mais calmo, e que no meio de 14 temas, são exemplos como as baladescas “Hesitate” ou “Miracles” que mais se entranham. Seja esta abordagem propositada para mostrar uma outra maneira de encarar a faceta mais madura ou não, dá um sabor diferente aos Stone Sour em relação aos discos anteriores, procurando renovar o som e torná-lo mais fresco. Se tornar-se-á aborrecido para alguns dos fãs mais virados para a agitação e que anseiem mais uma “30/30-150”, isso já irá depender de cada um, mas tenho que sublinhar que o que marca mais esta banda no seu alastramento às massas são êxitos como “Through Glass” ou “Sillyworld”, portanto não é algo de propriamente novo. E também não estou a dizer que o disco gira todo à volta disso, como já disse, existem aqui bastantes malhas das mais ruidosas – óbvio que falo nos parâmetros do mainstream – como “Nylon 6/6” – cujo trabalho vocal impecável de Corey Taylor até consegue destacar este tema - , “Mission Statement”, “Digital (Did You Tell)”, “Unfinished”, “The Bitter End” e até mais, mas apenas me refiro ao que se fica a sobressair no final. Após mais algumas audições atentas então torna-se um registo mais variado onde se nota a verdadeira divisão e administração de diferentes disposições que realmente existem no disco. Dentro dos critérios com que se avalie este estilo de música pesada ou semi-pesada mais acessível ao povo, não há razão de queixa quanto à competência e trabalho aqui cumprido. É um álbum satisfatório e que apresenta a sua devida qualidade, aquela que era suposto apresentar. Se por acaso, chegarem aqui à procura de ouvir a roda a ser inventada outra vez, não vêm ao sítio certo, não só pelo disco mas também pela banda que é. Mas desde que deixe de ser “a outra banda daquele gajo dos Slipknot” já é muito bom, até.

Avaliação: 7,7 



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