Artista: Stone Sour
Álbum: Audio Secrecy
Data de lançamento: 7 Setembro 2010
Género:
Hard Rock, Metal alternativo, Post-Grunge
Editora: Roadrunner Records
Lista de faixas:
1 –
“Audio Secrecy”
2
– “Mission Statement”
3
– “Digital (Did You Tell)”
4
– “Say You’ll Haunt Me”
5
– “Dying”
6
– “Let’s Be Honest”
7
– “Unfinished”
8
– “Hesitate”
9
– “Nylon 6/6”
10
– “Miracles”
11
– “Pieces”
12
– “The Bitter End”
13
– “Imperfect”
14
– “Threadbare”
Os Stone Sour parecem ainda ser vistos como um
projecto paralelo de Corey Taylor para descansar dos Slipknot, apesar de a
banda já se ter formado muito tempo antes de Slipknot e tendo até que ser
interrompida para que ele se juntasse a eles. E mesmo que encarado como a
encarnação mais madura e desmascarada de Corey Taylor – e também de James
Roots, guitarrista de ambas bandas – já consegue tornar o seu nome bastante
soante na cena de peso mais comercial da actualidade. Chegando até a atravessar
todo um caminho ao ponto de conquistar fãs que nem façam a mínima ideia que
esta é a mesma voz que comanda os Slipknot. É encarado como um lado mais suave
e maduro e que pode agradar e servir de alternativa aos fãs de Slipknot, mas
temos que os analisar de outra forma e de outro ponto de vista, visto que
maioritariamente os fãs de Slipknot não são muito de fiar no que diz respeito a
conhecimentos. Apesar de tudo, nunca foram uma banda assim tão má como os
pintam – nem tão inovadores como algum “fanboy-ismo” os eleva – e há talento
nos seus membros. No projecto Stone Sour é onde se pode sentir mais alguma
versatilidade e experiências, costuma ser onde Taylor coloca a sua voz mais à
prova e onde se acalmam mais as águas, dando a liberdade ao grupo de soltar o
seu lado mais meloso em baladas – que mesmo assim não impede a existência de “Snuff”,
“Vermillion, Pt. 2” e outras que tais. Mantendo sempre espaço para algumas
malhas que agitem as orelhas dos ouvintes, com canções que se constroem a
partir da base do Post-Grunge, a impressão que vai mesmo ficar ao final da
audição do disco, é que este é um registo mais calmo, e que no meio de 14
temas, são exemplos como as baladescas “Hesitate” ou “Miracles” que mais se
entranham. Seja esta abordagem propositada para mostrar uma outra maneira de
encarar a faceta mais madura ou não, dá um sabor diferente aos Stone Sour em
relação aos discos anteriores, procurando renovar o som e torná-lo mais fresco.
Se tornar-se-á aborrecido para alguns dos fãs mais virados para a agitação e
que anseiem mais uma “30/30-150”, isso já irá depender de cada um, mas tenho
que sublinhar que o que marca mais esta banda no seu alastramento às massas são
êxitos como “Through Glass” ou “Sillyworld”, portanto não é algo de
propriamente novo. E também não estou a dizer que o disco gira todo à volta
disso, como já disse, existem aqui bastantes malhas das mais ruidosas – óbvio que
falo nos parâmetros do mainstream – como “Nylon 6/6” – cujo trabalho vocal
impecável de Corey Taylor até consegue destacar este tema - , “Mission
Statement”, “Digital (Did You Tell)”, “Unfinished”, “The Bitter End” e até
mais, mas apenas me refiro ao que se fica a sobressair no final. Após mais
algumas audições atentas então torna-se um registo mais variado onde se nota a
verdadeira divisão e administração de diferentes disposições que realmente
existem no disco. Dentro dos critérios com que se avalie este estilo de música
pesada ou semi-pesada mais acessível ao povo, não há razão de queixa quanto à
competência e trabalho aqui cumprido. É um álbum satisfatório e que apresenta a
sua devida qualidade, aquela que era suposto apresentar. Se por acaso, chegarem
aqui à procura de ouvir a roda a ser inventada outra vez, não vêm ao sítio
certo, não só pelo disco mas também pela banda que é. Mas desde que deixe de
ser “a outra banda daquele gajo dos Slipknot” já é muito bom, até.
Avaliação: 7,7
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