Artista:
Sonic Syndicate
Álbum:
We Rule the Night
Data de lançamento: 27 Agosto 2010
Género:
Metal alternativo, Metalcore, Hard Rock, Pop Rock
Editora:
Nuclear Blast
Lista
de faixas:
1 –
“Beauty and the Freak”
2
– “Revolution, Baby!”
3
– “Turn It Up!”
4
– “My Own Life”
5
– “Burn This City”
6
– “Black and Blue”
7
– “Miles Apart”
8
– “Plans Are for People”
9
– “Leave Me Alone”
10
– “Break of Day”
11 – “We Rule the Night”
Há bandas que desde sempre que nunca foram assim tão
estrondosas, nunca se sobressaíram. Nem chegavam a desiludir porque até nem
iludiam muito. Lançavam um primeiro álbum relativamente interessante e
suficientemente jeitoso para vender algo e fazer nome e estabelecer uma legião
de fãs. A partir daí era naquela, fazia-se discos para agradar esses fãs já
ganhos e não havia vontade de avançar. Mas no meio dessas de vez em quando
aparecem algumas com vontade de se mover, como é o caso destes Suecos Sonic
Syndicate. Mas digamos que os Sonic Syndicate se encontram numa escadaria e a
sua mediocridade mantinha-os mais ou menos a meio das escadas. Havia muito por
onde subir. Mas em vez disso preferem descer uns quantos degraus. E ainda por
cima parece ter sido com um trambolhão. A mudança que a banda Sueca quis, foi
afastar-se um pouco daquela essência do Melo-Death moderno mais voltado para o
Metalcore, um pouco introduzido pelos In Flames que ainda conseguem fazer boas
obras aceitáveis, ao contrário dos seus seguidores que há anos que não fazem
nada de grande interesse. Mas a mudança não é assim muita, se já não gostavam
dos berros juvenis que havia, eles permanecem e mesmo com mudança de vocalista
não há nada de muito fresco numa voz que soa praticamente o mesmo e ainda lhe
dá uns toques reminiscentes de um M. Shadows menos aplicado – para os muitos
que por aí andam que odeiam, no seu direito, a voz de Shadows, já têm aqui um
factor mais que suficiente para se quererem afastar disto. O problema é que a
experiência feita ao “mais do mesmo” dá-nos apenas a sensação de ter amolecido
bastante e de haver aqui uma mistura de velhos Sonic Syndicate e alguma banda
pós-Nu Metal/Metal alternativo ou renegados do Post-Grunge que se torna
constrangedora. E a “dance track” que é “Turn It Up!”, essa aí é só de franzir
a sobrancelha. Onde mais se nota esse amolecimento descabido é nas baladas que
eles decidem experimentar, como “My Own Life” que soa a alguma sobra excluída
dos Staind e “Miles Apart” cuja letra parece ter sido retirada de um caderno do
Chad Kroeger. O resto das canções são daquelas típicas mais juvenis que mesmo
que apresentem um refrão engraçado, uma melodia pegajosa e tal, soam muito
insípidas. “Revolution, Baby!” soa mais a single de banda sobrevivente do Nu
Metal tentando generalizar o som após a passagem da moda, do que de uma banda
que outrora fora mais virada para o Metalcore – porque não gosto muito de
manter destas bandas dentro do Death Metal melódico e não, não é por ter alguma
coisa contra elas porque não tenho. E ainda para mais, é a maneira como toda
esta musicalidade corrompida é abordada, a começar pelo título do álbum. A
distância que aqui existe entre ambição e arrogância é demasiado curta para o
resultado que este disco demonstra. É provável que seja um disco suficiente e
que encha as medidas de um ouvinte mais conformista e pouco exigente. E mesmo
assim não sei se aguenta muitas audições. De resto, lá está, estes Sonic
Syndicate rebolaram uns quantos degraus abaixo e agora têm ainda mais para
subir. Até seria uma desilusão, mas lá está, como disse no início, nunca
iludiram assim muito.
Avaliação: 4,0
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