Artista: Evile
Álbum: Five Serpent’s Teeth
Data de lançamento: 26 Setembro 2011
Género: Thrash Metal
Editora: Earache Records
Lista de faixas:
1 –
“Five Serpent’s Teeth”
2
– “In Dreams of Terror”
3
– “Cult”
4
– “Eternal Empire”
5
– “Xaraya”
6
– “Origin of Oblivion”
7
– “Centurion”
8
– “Im Memoriam”
9
– “Descent Into Madness”
10
– “Long Live New Flesh”
E os Britânicos Evile já vão no seu terceiro álbum
de originais. Parte de um movimento do Thrash Metal com uma vibe mais “old
school”, quando muitos sentiam que o Thrash Metal como o conhecemos já tinha
dado as suas cartas todas e já tinha passado o seu momento: eis que se
apresenta um conjunto de bandas com vontade de reerguer e abraçar o Metal
extremo e rápido que se andava a desfrutar há umas décadas atrás.
No entanto, a primeira tendência que há a reagir é
a do que “está feito está feito” e que o que se devia tentar era algo novo e
não cópias de clássicos, soando exactamente a isso. Logo, por muito bons que
fossem os dois anteriores discos dos Evile, por muito boas que fossem as malhas
que lá se encontrassem, a ideia de muitos de que o Thrash Metal puro já está
moribundo permanece e para fazer discos desse género já cá tínhamos os antigos –
Overkill, por exemplo, recentemente deram-nos um álbum soberbo.
Tentar algo novo mesmo com a linha do “Old School
Thrash”. Porque não? É arregaçar as mangas, trabalhar e tentar. Logo, à
primeira audição este disco parece seguir a mesma regularidade dos discos
anteriores. Os temas são maioritariamente construídos à volta da rapidez dos
riffs, a fúria de uma bateria técnica, vocais poderosos de erguer o punho. Na
voz há muita influência de Slayer ou Metallica, o que se torna óbvio, pois
estas são as principais influências e mestrias agarradas pelo grupo Britânico,
a principal escola da banda.
A uma audição mais atenta, já parece sentir-se uma
nova onda formando-se lá por trás. Há um “feeling” diferente nas melodias, há
um certo toque que parece dar um outro passo fora da caixa do Thrash/Speed da
velha guarda. Cheguei a ler noutros textos críticos que se detectava uma
influência de actos mais obscuros como Celtic Frost. É bem possível que se
utilize um outro acto influente diferente, mantendo-o ligado à fórmula habitual
para fazer o truque de variar sem se abalar tanto.
Outro factor de sublinhar no que diz respeito ao
desenvolvimento positivo da banda neste disco é o maior impacto de melodias. Os
dois discos anteriores, mesmo com a sua devida aposta no factor melodia/refrão,
eram mais feitos à base de um descarregar de riffs rápidos, ou seja, faixas de
abanar a cabeça durante toda a sua duração. Em “Five Serpent’s Teeth” já há uma
certa concentração em criar umas melodias que se armazenem no ouvido durante
algum tempo pós-audição. Casos como o single “Cult” ou a conclusiva “Long Live
New Flesh” podem até ser cantados em concerto, nem que seja só para descansar
um pouco o pescoço.
É claro que são pormenores que não engrandecem
tanto a banda ao ponto de terem um pique de genialidade representado neste
registo e provavelmente em termos de impacto histórico, os Evile não serão
talvez exemplo de banda que se erga muito para além da nota de rodapé. E para
quem não der atenção aos pormenores anteriormente destacados, soa a um simples
colectivo de malhas aceleradas. Mas o pessoal que esperava o disco também não
pedia mais que isso…
Avaliação: 7,9
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