Artista:
Steven Wilson
Álbum:
Grace for Drowning
Data de lançamento: 26 Setembro 2011
Género: Rock progressivo, Rock experimental
Editora: Kscope
Lista de faixas:
CD
1:
1
– “Grace for Drowning”
2
– “Sectarian”
3
– “Deform to Form a Star”
4
– “No Part of Me”
5
– “Postcard”
6
– “Raider Prelude”
7
– “Remainder the Black Dog”
CD
2:
1
– “Belle de Jour”
2
– “Index”
3
– “Track One”
4
– “Raider II”
5
– “Like Dust I Have Cleared From My Eye”
Steven Wilson é um homem ocupado. De volta da sua
principal banda, os Porcupine Tree, frequentemente e ocupando-se também com os
Blackfield, seu outro projecto. Ambos, expoentes importantes da música
progressiva recente. A acrescentar ainda um projecto que se encontra ainda no
forno com Mikael Akerfeldt dos Opeth, intitulado Storm Corrosion. Essa agenda
preenchida, no entanto, não impediu o músico Britânico de lançar o seu segundo
álbum a solo, em nome próprio.
Dois discos, quase uma hora e meia de composições
melancólicas e semi-ambientais por parte de um dos músicos responsáveis por restaurar
a fé na música moderna, com a sua abordagem presente de música retrospectiva.
Muitos diriam que, para um projecto à parte, que soa demasiado semelhante a
outro lançamento seu. Mas com estas composições tão complexas mas que ao mesmo
tempo seguem uma linha tão simples, como se pode estabelecer o que é semelhante
ou não?
O decorrer do álbum progride de uma forma que se
possa dividir em três etapas: tristeza, raiva, aceitação. Considere-se que o
primeiro disco é o mais melancólico, no qual uma atmosfera depressiva parece
pairar sobre as melodias num tom belo. A raiva pode-se acentuar no segundo
disco, que inclui um épico de 23 minutos, intitulado “Raider II”, que por si só
já parece capaz para reter inúmeras emoções. A última etapa, talvez se dará na
conclusiva “Like Dust I Have Cleared From My Eye”, que volta a acalmar as águas
– de sentimentos – se assim se pode dizer.
Mas com ou sem essa divisão, este álbum e a sua
magnífica composição faz com que este seja um daqueles registos para ouvirmos
quando quisermos, a bom volume, a analisar cada momento, cada passagem, cada
melodia. Para aprender a adorar o disco. Mas que também seja daqueles que
podemos tê-lo a tocar baixinho no ouvido, já em estado de sono, sem prestar a
mesma atenção, deixando-nos levar pela magia da música. Ou seja, o álbum tanto
se pode exclamar freneticamente perante nós, como sussurrar-nos para nos
acalmar.
O estilo que se identifica aqui, é aquele estilo de
Rock progressivo retrospectivo que mencionei, e ao que se detecta aqui, as
influências de Steven Wilson são tudo menos obscuras. Até porque o primeiro
nome que salta à cabeça é Pink Floyd. Wilson consegue manter a sua
singularidade mas nos seus complexos temas e na sua longevidade preenchida o
que se detecta são actos como Pink Floyd, ou Yes.
Para concluir um texto apreciativo sobre algo que
se torna muito difícil de descrever quer detalhadamente quer de forma menos
profunda, fica uma ideia vaga, já com o propósito de encorajar cada um a ouvir
por si mesmo. Descrevendo toda a escrita e composição do álbum com uma palavra:
Fabuloso. Mas muitas audições deste “Grace for Drowning” são capazes de fazer
desvendar pormenores que não se detectam de imediato, e nunca se fica com uma
ideia fixa do que se dizer para finalizar.
Avaliação: 9,2
ele é um génio.
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