terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Steven Wilson - Grace for Drowning



Artista: Steven Wilson
Álbum: Grace for Drowning
Data de lançamento: 26 Setembro 2011
Género: Rock progressivo, Rock experimental
Editora: Kscope
Lista de faixas:

CD 1:
1 – “Grace for Drowning”
2 – “Sectarian”
3 – “Deform to Form a Star”
4 – “No Part of Me”
5 – “Postcard”
6 – “Raider Prelude”
7 – “Remainder the Black Dog”

CD 2:
1 – “Belle de Jour”
2 – “Index”
3 – “Track One”
4 – “Raider II”
5 – “Like Dust I Have Cleared From My Eye”

Steven Wilson é um homem ocupado. De volta da sua principal banda, os Porcupine Tree, frequentemente e ocupando-se também com os Blackfield, seu outro projecto. Ambos, expoentes importantes da música progressiva recente. A acrescentar ainda um projecto que se encontra ainda no forno com Mikael Akerfeldt dos Opeth, intitulado Storm Corrosion. Essa agenda preenchida, no entanto, não impediu o músico Britânico de lançar o seu segundo álbum a solo, em nome próprio.

Dois discos, quase uma hora e meia de composições melancólicas e semi-ambientais por parte de um dos músicos responsáveis por restaurar a fé na música moderna, com a sua abordagem presente de música retrospectiva. Muitos diriam que, para um projecto à parte, que soa demasiado semelhante a outro lançamento seu. Mas com estas composições tão complexas mas que ao mesmo tempo seguem uma linha tão simples, como se pode estabelecer o que é semelhante ou não?

O decorrer do álbum progride de uma forma que se possa dividir em três etapas: tristeza, raiva, aceitação. Considere-se que o primeiro disco é o mais melancólico, no qual uma atmosfera depressiva parece pairar sobre as melodias num tom belo. A raiva pode-se acentuar no segundo disco, que inclui um épico de 23 minutos, intitulado “Raider II”, que por si só já parece capaz para reter inúmeras emoções. A última etapa, talvez se dará na conclusiva “Like Dust I Have Cleared From My Eye”, que volta a acalmar as águas – de sentimentos – se assim se pode dizer.

Mas com ou sem essa divisão, este álbum e a sua magnífica composição faz com que este seja um daqueles registos para ouvirmos quando quisermos, a bom volume, a analisar cada momento, cada passagem, cada melodia. Para aprender a adorar o disco. Mas que também seja daqueles que podemos tê-lo a tocar baixinho no ouvido, já em estado de sono, sem prestar a mesma atenção, deixando-nos levar pela magia da música. Ou seja, o álbum tanto se pode exclamar freneticamente perante nós, como sussurrar-nos para nos acalmar.

O estilo que se identifica aqui, é aquele estilo de Rock progressivo retrospectivo que mencionei, e ao que se detecta aqui, as influências de Steven Wilson são tudo menos obscuras. Até porque o primeiro nome que salta à cabeça é Pink Floyd. Wilson consegue manter a sua singularidade mas nos seus complexos temas e na sua longevidade preenchida o que se detecta são actos como Pink Floyd, ou Yes.

Para concluir um texto apreciativo sobre algo que se torna muito difícil de descrever quer detalhadamente quer de forma menos profunda, fica uma ideia vaga, já com o propósito de encorajar cada um a ouvir por si mesmo. Descrevendo toda a escrita e composição do álbum com uma palavra: Fabuloso. Mas muitas audições deste “Grace for Drowning” são capazes de fazer desvendar pormenores que não se detectam de imediato, e nunca se fica com uma ideia fixa do que se dizer para finalizar.

Avaliação: 9,2

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