quarta-feira, 31 de março de 2010

Overkill - Ironbound


Artista: Overkill
Álbum: Ironbound
Data de lançamento: 29 Janeiro 2010
Género: Thrash Metal
Editora: Nuclear Blast Records
Lista de faixas:



1 - "The Green and Black"
2 - "Ironbound"
3 - "Bring Me the Night"
4 - "The Goal Is Your Soul"
5 - "Give a Little"
6 - "Endless War"
7 - "The Head and Heart"
8 - "In Vain"
9 - "Killing for a Living"
10 - "The S.R.C."

Muito pouco a dizer acerca do novo álbum dos Americanos Overkill. Considerados "a verdadeira primeira banda de Thrash Metal", Overkill é um exemplo de uma banda que há muito abraçou as suas origens e não tem intenção de as largar. Portanto, com uma simples audição deste disco, percebe-se facilmente que se trata de um verdadeiro old school Thrash Metal puro, bem na sua raíz grotesca. Logo, quem adorar os riffs distorcidos e rápidos, deliciosos para o ouvido brutal, este "Ironbound" é uma regalia, chamam-lhe um figo musical e artístico. E mais uma vez, volta a estar de parabéns a fantástica voz do vocalista Bobby "Blitz" Ellsworth, aguda, atingindo notas altas bem arranhadas, sem deixar de cantar em tons baixos ocasionalmente. Um talento inconfundível ao qual os fãs de Overkill estão mais do que habituados. 10 músicas de pura genialidade Thrash que explode, causando consequências quase orgásmicas aos ouvidos desse estilo. Ouçam a self-titled "Ironbound" para terem uma pequena noção. E de uma banda com o legado e respeito dos Overkill, seria difícil esperar algo diferente. Lendários como eles são, torna-se quase impossível para os Overkill gravar um álbum mau. Citando alguém que não me recordo, uma verdadeira "thrashter-piece". Excelente.

Avaliação: 9,0




terça-feira, 30 de março de 2010

Vários - WWE The Music: A New Day

Artista: Vários
Álbum: WWE The Music: A New Day
Data de lançamento: 28 Janeiro 2010
Género: Rock, Hard Rock, Post-Grunge, Heavy Metal, Pop, Hip Hop
Editora: WWE Music Group
Lista de faixas:



1 - "It's a New Day" (por Adelitas Way - tema da equipa "The Legacy")
2 - "I Am Perfection" (por Cage9 - tema do wrestler Dolph Ziggler)
3 - "I Came to Play" (por Downstait - tema do wrestler The Miz)
4 - "Just Close Your Eyes" (por Story of the Year - tema do wreslter Christian)
5 - "Return the Hitman" (por Jim Johnston - tema do wrestler Bret Hart)
6 - "Written in My Face" (por Sean Jenness - tema do wrestler Seamus)
7 - "Insatiable" (por Patsy Grime - tema da Diva Tiffany)
8 - "Domination" (por Evan Jones - tema do wrestler Ezekiel Jackson)
9 - "Born to Win" (por Mutiny Within - tema do wrestler Evan Bourne)
10 - "Oh Puerto Rico" (por Vinny & Ray and Marlyn Jimenez - tema do wrestler Primo)
11 - "Radio" (por Watt White - tema do wrestler Zack Ryder)
12 - "New Foundation" (por Jimi Bell - tema da equipa "The Hart Dynasty")
13 - "You Can Look (But You Can't Touch)" (por Kim Sozzi - tema da equipa "The Bella Twins")
14 - "Crank the Walls Down" (por Maylene & The Sons of Disaster - tema da equipa de Chris Jericho e Big Show)

Já todos nós sabemos que a febre do wrestling já passou. As escolas são mais seguras agora que os putos não andam a fazer "F-U", "Piledriver" e "Stone Cold Stunner" uns aos outros nos recreios. Mas esta brincadeira da WWE já cá anda há muitos anos, até como WWF, e já não é apenas um programa de TV onde fingem andar à porrada, já é um ícone cultural e clássico. Portanto, existem fãs a sério deste desporto, chamemos-lhe assim, e não são só putos que falam no Batista por ser o único nome que sabem dizer e que carregam um cinto imaginário ao estilo do John Cena. Não, há gente que aprecia mesmo wrestling. E esses aí já se podem ter apercebido duma coisa: a qualidade da WWE está em declínio. São poucos os verdadeiros wrestlers a sério que sobram e os plantéis começam a encher-se cada vez mais de Superstars fabricadas. E é isso que se nota neste álbum. Já nem a música é a mesma. Antes, o wrestling tinha, praticamente um estilo próprio e as canções ficavam ao critério do genial compositor Jim Johnston. Olhando para a Track List, o nome dele só consta em uma faixa e as restantes são músicas de Hard Rock/Metal/Post-Grunge que apesar de até soarem razoáveis, não deviam ser as ideais para representar a World Wrestling Entertainment. O maior destaque e aclamação terá que ser essa precisa música - que não só é de Jim Johnston como também serve de tema para o veterano lendário Bret "Hitman" Hart - e também "Written in My Face", tema do novo Sheamus. O Rap também tem vindo a ganhar cada vez mais lugar nestes registos, o que não é mau, pois, afinal neste álbum, uma das canções que também tem um destaque moderado é o Rap Rock de Evan Jones, em "Domination". Ainda temos algumas mediocricidades deprimentes como "Insatiable", "Oh Puerto Rico" e "You Can Look (But You Can't Touch)" que deverão ser brutalmente ignoradas. Portanto, este álbum não consegue sair do "moderado" assim como a própria WWE. Se quiserem, podem ir ver a TNA, que é perfeitamente compreensível.

Avaliação: 4,8



segunda-feira, 29 de março de 2010

Corinne Bailey Rae - The Sea


Artista: Corinne Bailey Rae
Álbum: The Sea
Data de lançamento: 20 Janeiro 2010
Género: Soul, Jazz, Soft Pop/Rock, Folk
Editora: EMI
Lista de faixas:


1 - "Are You Here"
2 - "I'd Do It All Again"
3 - "Feels Like the First Time"
4 - "The Blackest Lily"
5 - "Closer"
6 - "Love's on Its Way"
7 - "I Would Like to Call It Beauty"
8 - "Paris Nights / New York Mornings"
9 - "Paper Dolls"
10 - "Diving for Hearts"
11 - "The Sea"

Segundo álbum de Corinne Bailey Rae. Não creio que tenha existido grande pressão sobre ela para se sobressair neste segundo registo. A sua aclamação na estreia foi suficientemente moderada para que Corinne se pudesse manter confortável com a sua habitual sonoridade. Se não se lembrarem bem desta jovem, voltem a ouvir os seus singles de destaque "Put Your Records On", "Trouble Sleeping" ou "I'd Like to". Músicas calmas com perfil de "Chill Out", onde temos ou uma melodia soft, para relaxar ou algo mais rítmico, dançável, mesmo que se mantenha suave. E é isto que se encontra neste segundo disco, logo quem admirar este estilo de música e der valor ao trabalho de Corinne bem que se vai encontrar deliciado durante estes 43 minutos. As letras são das simples - amor, paixão... ou esperança que os outros dois aconteçam. Corinne sofreu recentemente a perda do seu marido, o que a fez tirar umas pequenas férias forçadas após o seu primeiro álbum. As letras deste "The Sea" reflectem toda essa perda e também analisam uma perspectiva de seguir em frente e encontrar uma nova paixão. Mas visto que a música e os temas líricos não têm uma linguagem a não ser a própria, as letras de Rae podem ser interpretadas como cada um quiser. E as suas letras e as suas melodias são facilmente associáveis a momentos. Tudo acompanhado pela doce voz de Corinne. E os seus fãs que desfrutem deste disco, porque certamente irão gostar.


Avaliação: 8,1



quinta-feira, 25 de março de 2010

Ihsahn - After


Artista: Ihsahn
Álbum: After
Data de lançamento: 26 Janeiro 2010
Género: Black Metal progressivo, Extreme Metal, Metal experimental
Editora: Candlelight Records
Lista de faixas:


1 - "The Barren Lands"
2 - "A Grave Inversed"
3 - "After"
4 - "Frozen Lakes on Mars"
5 - "Undercurrent"
6 - "Austere"
7 - "Heavens Black Sea"
8 - "On the Shores"

Último de uma trilogia de álbuns do ex-vocalista dos Emperor, Ihsahn. "After", sucessor de "angL". Um álbum de Metal progressivo de veia Black... O que há de novo neste álbum? O "progressivismo" presente em faixas longas? A multi-instrumentalização talentosa de Ihsahn, fornecendo canções bem "riffadas"? Os temas líricos obscuros que fazem de Ihsahn um verdadeiro "dark songwriter"? A mistura de várias influências? Os vocais grunhidos, berrados e limpos ao longo de todo o disco? Não... Isso já todos nós ouvimos nos 2 anteriores álbuns. Mas Ihsahn não fez uma cópia desses 2 discos e acrescentou uma brilhante ideia à composição deste álbum: o uso de saxofone. Em resposta a alguns mais reservados que afirmam que o uso ideal de saxofone no Metal é nenhum, eu digo: Soa maravilhosamente bem. Este álbum é a prova de que o Metal, seja muito ou pouco pesado, combina com qualquer coisa e se lhe pusermos um saxofone pelo meio, então temos um bom resultado. Um excelente trabalho de Jorgen Munkeby a soprar no saxofone, ao mesmo tempo que Ihsahn e os seus outros dois parceiros se divertem a criar extremidades. É esse saxofone que dá a este álbum a sua singularidade, o seu tom misterioso e a sua suavidade no meio de todo o peso. É esse saxofone que faz toda a diferença. Se o retirássemos, as canções fariam sentido, mas iriam soar a qualquer outra coisa dos 2 álbuns anteriores e para um artista do calibre de Ihsahn não lhe convém nada ser redundante. Mas ao ser incluído, temos excelentes solos e sons ambiente, fornecidos por esse fantástico instrumento de sopro popularizado para alguns pela Lisa Simpson. Sem ele, teríamos boas canções de peso, mas seriam boas canções de peso como as de "angL" e "The Adversary"... Um disco de sucesso, muito bem conseguido para concluir a trilogia. Fãs de Ihsahn TÊM de gostar.

Avaliação: 8,7




quarta-feira, 24 de março de 2010

Lostprophets - The Betrayed


Artista: Lostprophets
Álbum: The Betrayed
Data de lançamento: 18 Janeiro 2010
Género: Rock alternativo, Metal alternativo, Hard Rock
Editora: Visible Noise, Sony Music Entertainment
Lista de faixas:


1 - "If It Wasn't for Hate, We'd Be Dead by Now"

2 - "Dstryr/Dstryr"
3 - "It's Not the End of the World, But I Can See It From Here"
4 - "Where We Belong"
5 - "Next Stop, Atro City"
6 - "For He's a Jolly Good Fellon"
7 - "A Better Nothing"
8 - "Streets of Nowhere"
9 - "Dirty Little Heart"
10 - "Darkest Blue"
11 - "The Light That Shines Twice as Bright..."

Se nos tempos em que os Lostprophets tocavam Nu Metal, eles eram considerados desinteressantes, não acho que a sua evolução para um Rock influenciado por Pop Punk e Emo os favorecesse muito. No entanto, o lançamento deste álbum não foi algo que me cativou muito. O mais interessante vem depois da audição do disco: este sexteto proveniente do País de Gales melhorou bastante. Mesmo com o single "It's Not the End of the World, But I Can See It from Here", aplica-se aquela frase "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". E a alternância entre os riffs distorcidos, vocais extremos e as canções melódicas de vocais limpos... Soberba. As influências absorvidas pelos Lostprophets multiplicaram-se e isso é visível neste CD. Audível, quero eu dizer. O som reciclado, tornado mais maduro, no entanto sem abandonar o espírito de Hard Rock, adoptado por estes ao início; Algo diferente do habitual, mas mantendo ligação - Outros em faixas, que também acabam por funcionar como Interludes; Novas experiências - as influências industriais na conclusiva "The Light That Shines Twice as Bright" são de se aclamar; As melodias catchy que fazem deste álbum uma mistela de extremo e poppy. Apenas itens enumerados para demonstrar a grossura deste álbum. Até pode não ser nada por aí além, nem um estouro de genialidade, mas o álbum torna-se perfeito para agradar aos antigos fãs, ao mesmo tempo que se espalha para uma nova audiência. O disco ideal que deveria ser feito por esta banda, a determinado momento e que talvez já podessem ter feito há algum tempo atrás, talvez logo a seguir ao "Start Something" - mas sem o "Liberation Transmission", não tinhamos a "Rooftops"... Não importa. Este disco é muito bem trabalhado e conseguido para uma banda como os Lostprophets. Principais destaques para "If It Wasn't for Hate, We'd Be Dead by Now", "Dstryr/Dstryr", "It's Not the End of the World, But I Can See It from Here", "Next Stop, Atro City", "For He's a Jolly Good Fellon" e "The Light That Shines Twice as Bright...". Gostei.

Avaliação: 7,9



terça-feira, 23 de março de 2010

Orphaned Land - The Never Ending Way of ORwarriOR


Artista: Orphaned Land
Álbum: The Never Ending Way of OrwarriOR
Data de lançamento: 25 Janeiro 2010
Género: Metal oriental, Metal progressivo, Avant-Garde Metal
Editora: Century Media Records
Lista de faixas:


1 - "Sapari"
2 - "From Broken Vessels"
3 - "Bereft in the Abyss"
4 - "The Path Part 1 - Treading Through Darkness"
5 - "The Path Part 2 - The Pilgrimage to Or Shalem"
6 - "Olat Ha'tamid"
7 - "The Warrior"
8 - "His Leaf Shall Not Wither"
9 - "Disciples of the Sacred Oath II"
10 - "New Jerusalem"
11 - "Vayehi Or"
12 - "M i ?"
13 - "Barakah"
14 - "Codeword: Uprising"
15 - "In Thy Never Ending Way (Epilogue)"

Depois de comentar com alguns conhecidos sobre o Metal Neo-clássico e o Metal sinfónico e chegar à conclusão que muitos nem sonham sequer que existe tal coisa, penso... E Metal oriental? Já pensaram eles nisso? Já pensaram que em geral o Metal combina bem com tudo? E que é possível haver uma perfeita hamonia entre peso Death/Doom com música oriental? Não? Precisam urgentemente de ouvir uma grossa dose de Orphaned Land. E podem começar já por este álbum, cujo defeitos eu não consigo apontar. Podiam até ouvir só a "Sapari" que já tinham uma pequena noção do que esta banda Israelita consegue fazer. Mas o ideal é mesmo todo o álbum. Um disco conceptual com cerca de 79 minutos. Com o Metal progressivo a enterrar por todos os cantos, vocais grunhidos de Death/Doom em alternância com os vocais limpos melódicos e assombrosos e o seu toquezinho final, a cereja no topo de bolo: a música oriental. E que cereja que é! Sem ela, talvez os Orphaned Land soassem mais vazios... Talvez até fizessem lembrar os Opeth. Mas com os seus arranjos singulares de música da sua origem, aí já nos apercebemos duma coisa óbvia: os Orphaned Land são únicos. Tanto nas canções longas de 7 ou 8 minutos como nas Interlude melódicas de 2 ou 3... Este álbum é para ser ouvido de princípio ao fim! E se não se ficar deliciado ao fim, então algo de errado se passa. Pode só não gostar, mas mesmo assim... E depois de uma audição atenta... De uma revisão escrita, continuo a não encontrar alguma coisa de errada neste trabalho. Practice makes perfect? Serão os 3 álbuns anteriores uma espécie de prática para este resultado? Serão os anteriores melhores? Sinceramente não sei. O que sei é que este álbum tem algo de mágico que mexeu bastante comigo...

Avaliação: 9,5





quarta-feira, 17 de março de 2010

Ringo Starr - Y Not


Artista: Ringo Starr
Álbum: Y Not
Data de lançamento: 12 Janeiro 2010
Género: Rock, Pop
Editora: Hip-O Records, Universal Music Enterprises
Lista de faixas:


1 - "Fill in the Blanks" (com Joe Walsh)

2 - "Peace Dream" (com Paul McCartney)
3 - "The Other Side of Liverpool"
4 - "Walk With You" (com Paul McCartney)
5 - "Time"
6 - "Everyone Wins"
7 - "Mystery of the Night"
8 - "Can't Do It Wrong"
9 - "Y Not"
10 - "Who's Your Daddy" (com Joss Stone)

O que resta dos Beatles? John Lennon, mesmo abandonando o mundo dos vivos, deixou toda a sua música, repleta de clássicos intemporais, e irá ser ouvida eternamente. George Harrison também fez questão de deixar muitos trabalhos em nome próprio antes de falecer e ainda hoje os seus hits "rodam" nas rádios. Paul McCartney ainda aí anda cheio de força e continua a gravar, ainda que apenas ocasionalmente, excelentes álbuns. Então e o Ringo? O Beatle mais despercebido, o desprezado, por vezes até o "Beatle feio". Pois, realmente é bastante provável que Ringo Starr seja o ex-membro dos "Fab Four" cuja música seja a que menos se ouça e seja reconhecida. Mas o certo é que este homem não tem estado parado, de mãos nos bolsos - apesar de ser essa a sua pose na capa - e em Janeiro deste ano, deixou mais um novo disco nas estantes. "Y Not". Sucessor de "Liverpool 8" de 2008. Sabiam desse lançamento sequer? Não? Então isso já é mau.
O que é que é possível de perceber neste disco de Ringo? Será que ouvindo estas 10 canções se pensa "Já perdeu o jeito" ou "Já teve o seu momento, agora já não atina"? Não. Trata-se de um Beatle aqui a trabalhar e nota-se. Afinal os Beatles sempre foram absolutos génios das melodias e Ringo não se fica por fraco nesses termos e lá consegue prender alguns refrões às nossas cabeças, como por exemplo em "The Other Side of Liverpool", "Walk With You" ou "Who's Your Daddy" - o meu computador fez-me o fantástico favor de encravar após a "The Other Side of Liverpool", mas enquanto eu era consumido por uma grossa camada de nervos, ao menos era ao som do refrão dessa música que não me saía do miolo. O seu velho camarada McCartney também por aqui anda, dando um ar da sua graça, tocando o baixo em "Peace Dream" e fornecendo back vocals em "Walk With You", e devemos ter em conta que uma mera colaboração entre estes dois é o mais próximo e possível que podemos ter de uma reunião dos Beatles, nos dias de hoje... Para além deste seu companheiro, outros grandes nomes de talento constam na lista de participações especiais, entre eles Joe Walsh, Billy Squier, Dave Stewart, Edgar Winter, Joss Stone, Ben Harper, Richard Marx e Ann Marie Calhoun.
Este novo disco de Starr trata-se de um disco simples e é essa sua simplicidade que faz dele tão fácil de ouvir para qualquer ouvido e que faz com que se adeque tão bem a qualquer estilo. Afinal de contas este homem é um Beatle, e os Beatles são o maior exemplo de uma banda que consegue ser ouvida por qualquer um - não, ele não era o não-talentoso do quarteto... - e mesmo que algumas canções não tenham grande destaque e a forma como ele diz "Who's Your Daddy?" a Joss Stone seja algo perturbadora, não deixa de ser um bom álbum, que mereça umas audições repetidas de vez em quando, nem que seja só para animar.

Avaliação: 7,8


terça-feira, 16 de março de 2010

OK Go - Of the Blue Colour of the Sky


Artista: OK Go
Álbum: Of the Blue Colour of the Sky
Data de lançamento: 12 Janeiro 2010
Género: Rock alternativo, Rock psicadélico, Rock experimental
Editora: Capitol Records
Lista de faixas:


1 - "WTF?"
2 - "This Too Shall Pass"
3 - "All Is Not Lost"
4 - "Needing/Getting"
5 - "Skyscrapers"
6 - "White Knuckles"
7 - "I Want You So Bad I Can't Breathe"
8 - "End Love"
9 - "Before the Earth Was Round"
10 - "Last Leaf"
11 - "Back From Kathmandu"
12 - "While You Were Asleep"
13 - "In the Glass"

OK Go, a banda que se tornou Internet Superstars com o vídeo coreografado em passadeiras de ginástica - vejam "Here It Goes Again" para recordar. Banda essa que já está mais do que habituada a gravar vídeos em apenas um shot contínuo e que também gosta de fazer Pop/Rock alternativo com ritmos dançáveis. Pois, mas quem está habituado a esse som terá que o esquecer, pois neste novo "Of the Blue Colour of the Sky", os OK Go experimentam um Rock psicadélico, portanto os jovens que dançam em passadeiras de ginástica apresentam-se agora musicalmente mais complexos. Agora o experimentalismo deste álbum é bom ou mau? É misto, digo eu. Tanto resulta em boas canções, como noutras não tão geniais ou aborrecidas ou até na dispensável "Before the Earth Was Round" - vozes distorcidas? A sério?
Se descrevesse o álbum faixa por faixa, iria mencionar altos e baixos, mas no modo geral, o que posso afirmar é: são realmente os singles que mais se destacam. "WTF?" e "This Too Shall Pass" - esta segunda, cujo vídeo terá que se tornar um novo clássico videográfico dos OK Go - são as canções que mais brilham neste álbum e são precisamente as que o abrem. Mesmo que a seguinte "All Is Not Lost" ainda seja boa, não se encontra outra malha até "White Knuckles" e depois perto do fim ainda temos "Back From Kathmandu", que lá está, também foi destacada com um single, mesmo que tenha sido apenas um iTunes single. O álbum fecha com "In the Glass" que apesar de boa, poderia ser melhor se não fosse a sua desnecessária extensão. O álbum em si, não é mau, é sempre bom ver um artista a experimentar música mais elaborada para enriquecer a discografia, mas poderia ser melhor e gostava de dar mais uma oportunidade aos OK Go. Podem permanecer com este estilo de música mais um pouco se o desenvolverem. Aí, se conseguirem, este "Of the Blue Colour of the Sky" já será um importante ponto de referência. Até lá, ainda continua a ser mais divertido ver o vídeo da "Here It Goes Again".

Avaliação: 6,7


quarta-feira, 10 de março de 2010

Vampire Weekend - Contra


Artista: Vampire Weekend
Álbum: Contra
Data de lançamento: 11 Janeiro 2010
Género: Indie Rock, Worldbeat, Folk
Editora: XL Recordings
Lista de faixas:



1 - "Horchata"
2 - "White Sky"
3 - "Holiday"
4 - "California English"
5 - "Taxi Cab"
6 - "Run"
7 - "Cousins"
8 - "Giving Up the Gun"
9 - "Diplomat's Son"
10 - "I Think Ur a Contra"

Quem é que não gosta de Vampire Weekend? Uma das maiores bandas alternativas do momento, com um Indie Folk rápido e agitado, ou como eu gosto de lhe chamar, Rock Hiperactivo - apesar das canções mais calmas. É impossível ouvir isto e não lhe dar, pelo menos um mínimo de valor. Este 2º álbum "Contra" compila em 10 faixas toda a essência de Vampire Weekend. Talvez seja certo que ouvindo o álbum inteiro, é provável que não se encontre nenhuma faixa que iguale os níveis do single "Cousins". Mas, mesmo assim, o recheio continua repleto de óptimas canções. Grandes dotes de guitarra, com riffs rápidos, assim como as baterias, a voz de Ezra Koenig facilmente reconhecível, samples aqui e ali e de vez em quando uma música calma, diferente para dar ambiente, como a conclusiva "I Think Ur a Contra". Não há muito mais a dizer a não ser que se torna extremamente viciante. Podemos, confortavelmente afirmar que os Vampire Weekend são a maior banda dentro do seu género. Pois... Mas que outras bandas haverão com uma sonoridade semelhante? Como demonstração de toda a originalidade, singularidade e creatividade, ouçam o single "Cousins" e pensem se se lembram de alguma música já igualmente feita. Viciante.

Avaliação: 9,1



terça-feira, 9 de março de 2010

You Me at Six - Hold Me Down

Artista: You Me at Six
Álbum: Hold Me Down
Data de lançamento: 11 Janeiro 2010
Género: Pop Punk, Rock alternativo
Editora: Virgin Records, Epitaph Records
Lista de faixas:



1 - "The Consequence" (com Sean Smith)
2 - "Underdog"
3 - "Playing the Blame Game"
4 - "Stay with Me"
5 - "Safer to Hate Her"
6 - "Take Your Breath Away"
7 - "Liquid Confidence"
8 - "Hard to Swallow"
9 - "Contagious Chemistry"
10 - "There's No Such Thing as Accidental Infidelity" (com Aled Phillips)
11 - "Trophy Eyes"
12 - "Fireworks"

"Hold Me Down", segundo álbum dos Britânicos You Me at Six, que até agora tem obtido recepções mistas. A minha crítica, por si só, já é algo mista. Acaba por se tornar confuso classificar este como um bom álbum ou apenas um álbum razoável. Será apenas mais um registo de Punk Pop, ou terá algo de especial, este disco? Fica aí a questão. É que mesmo ouvindo o álbum, o bichinho está sempre lá. Um gajo até se pode concentrar na música e até conseguir penetra-la e as canções agradarem e ficarem bem no ouvido. Mas por outro lado, pode-se estar sempre à espera que algo de mais entusiasmante aconteça... Afinal como é? De qualquer das formas, se há algo que se deve aclamar será a genialidade melódica que estes jovens aplicam a cada canção, com refrões bastante orelhudos. Enquanto não entrarem no irritante, bons refrões memoráveis são bem-vindos. As letras de Franceschi também são significativas e aplaudíveis. E, no fundo, talvez por não se tratar de uma banda Americana não haja aquele apelo pela atenção mainstream - não, não estou a dizer que todas as bandas recentes de Pop Punk Americanas são más... Fácil de se fazer ou não, original ou não, monótono ou o contrário, "Hold Me Down" é um álbum bastante misto, lá está. Mas eu, por mim, considero-o, talvez suficientemente bom. Não me vou armar em esquisito. Talvez até ouça isto mais algumas vezes...

Avaliação: 7,0


quinta-feira, 4 de março de 2010

Six Feet Under - Graveyard Classics 3


Artista: Six Feet Under
Álbum: Graveyard Classics III
Data de lançamento: 19 Janeiro 2010
Género: Death Metal
Editora: Metal Blade Records
Lista de faixas:



1 - "A Dangerous Meeting" (cover de Mercyful Fate)
2 - "Metal on Metal" (cover de Anvil)
3 - "The Frayed Ends of Sanity" (cover de Metallica)
4 - "At Dawn They Sleep" (cover de Slayer)
5 - "Not Fragile" (cover de Bachman-Turner Overdrive)
6 - "On Fire" (cover de Van Halen)
7 - "Pounding Metal" (cover de Exciter)
8 - "Destroyer" (cover de Twisted Sister)
9 - "Psychotherapy" (cover de Ramones)
10 - "Snap Your Fingers, Snap Your Neck" (cover de Prong)

Mais um "Graveyard Classics"!!! Este 3º mostra-se ser bastante melhor que o 2º, pois não passava de covers do "Back in Black" dos AC/DC. Regravaram apenas o álbum. Neste 3º volume, já voltam ao normal e fazem várias covers de bandas influenciais. Desde as bandas de peso-pesado como Metallica, Slayer e Mercyful Fate às clássicas Van Halen e Twisted Sister, passando pelos Ramones e pelos improváveis Bachman-Turner Overdrive... Temos o disco feito por homenagem e curiosidade por parte da banda de Chris Barnes. Sr. Barnes para vocês. Nem todos acham piada a isto. Existem sempre aqueles que acham que uma banda deve manter-se fiel às suas obras originais e que não devem perder o seu tempo a "estragar" canções desta maneira. Mas quem disse que os Six Feet Under estão a estragar alguma coisa? A única coisa que poderão estar a fazer é a divertir-se, pegando em excelentes canções e adaptá-las ao seu estilo de Death Metal groovy. Se a "The Frayed Ends of Sanity" ou a "At Dawn They Sleep" já soavam bastante brutais como eram originalmente, então estes SFU alastraram essa brutalidade e levaram o peso para outras extremidades. As músicas conseguem ser reconhecidas - assim que se ouve a "Psychotherapy" apercebemo-nos logo. É Ramones. - e manter o peso estilístico habitual de Barnes & Ca. Os riffs saltitam entre o brutal e o groovy - para quem já conhece bem Six Feet Under, sabe do que é que eu estou a falar - e a voz de Barnes soa maravilhosamente profunda, baixa e tremida, facilmente reconhecível, soando a mais ninguém. Para ouvir os seus vocais de forma mais extrema, só indo aos seus velhos tempos nos Cannibal Corpse. Portanto, o álbum soou-me bastante desfrutável. Sim, sim, eu sei, que o ideal e esperado mesmo, era um novo álbum de originais, mas até lá, não há-que se descontentar com este registo.

Avaliação: 7,8



quarta-feira, 3 de março de 2010

Kanye West - VH1 Storytellers


Artista: Kanye West
Álbum: VH1 Storytellers
Data de lançamento: 5 Janeiro 2010
Género: Hip Hop, Pop
Editora: Roc-A-Fella Records
Lista de faixas:


1 - "See You in My Nightmares"
2 - "Robocop"
3 - "Flashing Lights"
4 - "Amazing"
5 - "Touch the Sky"
6 - "Say You Will"
7 - "Good Life"
8 - "Heartless/Pinocchio Story"
9 - "Stronger"

Mais um artista que participou no "Storytellers" do VH1 e gostou tanto que decidiu lançar o concerto como álbum. Ou precisava de uns troquitos e teve que pôr alguma coisa nas lojas. Mas isso agora também não importa. Um herói da sociedade, Kanye West junta-se aos vários artistas que decidiram juntar a sua participação no "Storytellers" à sua discografia. Apesar de apenas ter 9 canções, o disco ainda tem bastante recheio, pois em Storytellers existem sempre os momentos de falar com o público. Com "Touch the Sky" a roçar os 10 minutos e "Heartless" alcançando já os 11, este álbum ainda é bastante extenso, mesmo para o número reduzido de faixas e só um verdadeiro fã de Kanye é que vai ouvir com gosto - já depois de ter visto. Os seus comentários variam entre a humildade "I'm sorry for acting like a bitch at award shows..." apesar de dito com uma certa ironia e causando risos do público e entre a arrogância e o ego colossal "My greatest pain in life is that I will never be able to see myself perform live". É certo que Kanye West já há um tempo que se tem vindo a tornar uma personagem facilmente detestável, mas este álbum - mesmo que não acrescente nada à sua carreira - oferece 1 hora de entretenimento para os fãs, com música ao vivo, piadas e homenagens.

Avaliação: 7,2




terça-feira, 2 de março de 2010

Ke$ha - Animal


Artista: Ke$ha
Álbum: Animal
Data de lançamento: 5 Janeiro 2010
Género: Dance Pop, Electropop
Editora: RCA Records
Lista de faixas:




1 - "Your Love Is My Drug"
2 - "Tik Tok"
3 - "Take It Off"
4 - "Kiss n Tell"
5 - "Stephen"
6 - "Blah Blah Blah" (com 3OH!3)
7 - "Hungover"
8 - "Party at a Rich Dude's House"
9 - "Backstabber"
10 - "Blind"
11 - "D.I.N.O.S.A.U.R."
12 - "Dancing with Tears in My Eyes"
13 - "Boots & Boys"
14 - "Animal"

Antes de começar com o texto crítico propriamente dito, vou antes de mais nada, assumir rapidamente que já 75% das pessoas que lêem isto já estão fartos da "Tik Tok". Sim, aquela cançãozinha de dança irritante que dá 2 vezes a cada hora na rádio e na MTV. E vou avançar, também muito rapidamente para o álbum em si, e digo já de uma vez: é practicamente igual a esse single. Tudo músicas de dança construídas à volta de beats electrónicos, samples, vozes distorcidas e refrões de se entranharem no ouvido - para desgosto de muitos. Já sabemos bem que é essa a música que Ke$ha pretende levar para a frente, portanto não se pode cair-lhe encima de imediato apenas pelo seu estilo... É um bom CD para ser dançado por meninas aspirantes a pop-star e para pôr adolescentes a saltar encima da cama. Letras pessoais - com bebedeira incluída em mais de metade e "D.I.N.O.S.A.U.R." a falar em ser assediada por homens mais velhos - e não são poucas as vezes que a palavra "shit" está para ser cuspida, mas é abafada por um som distorcido aleatório, em acto de auto-censura. Para Pop electrónica de dança, já nos chega a Lady Gaga, que panca tem ela que chegue para todos, graças a Deus; Já andam os Black Eyed Peas também a brincar com as tabelas de vendas, com hits a arranhar os ouvidos - e esses já foram bons, anteriormente. Pergunto-me... Precisamos de mais uma destas? (Nota: Terei sido eu o único a assustar-me seriamente com as semelhanças extremas do beat de "Blind" com a colossal "I Gotta Feeling"?!?!?!)

Avaliação: 4,0





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segunda-feira, 1 de março de 2010

Katharine McPhee - Unbroken


Artista: Katharine McPhee
Álbum: Unbroken
Data de lançamento: 5 Janeiro 2010
Género: Pop
Editora: Verve Forecast Records
Lista de faixas:




1 - "It's Not Right"
2 - "Had It All"
3 - "Keep Drivin'"
4 - "Last Letter"
5 - "Surrender"
6 - "Terrified"
7 - "How"
8 - "Say Goodbye"
9 - "Faultline"
10 - "Anybody's Heart"
11 - "Lifetime"
12 - "Unbroken"
13 - "Brand New Key"

Mais uma das caras bonitas e talentosas saídas do "American Idol"... Katharine McPhee regressa ao seu público, com o seu segundo álbum, "Unbroken". O resultado acaba por ser surpreendentemente diferente do primeiro, pois McPhee vira as costas ao seu antigo Dance Pop/R&B para um público jovem e procura algo mais Soft Rock contemporâneo e easy-listening para um público mais adulto. No entanto, este disco acaba por soar algo insípido. Se o primeiro soa demasiado batido e cliché, este segundo é muito diferente. O talento de McPhee é inquestionável - apesar de ser um programa feito para vender, seria difícil o "American Idol" deixar passar alguém que não soubesse cantar. Tem uma boa voz dócil e neste disco já participa mais activamente na escrita das letras. Mas lá está. Ainda falta qualquer coisa... A música é feita mais à base de acústica e piano... Talvez haja um elevado número de baladas... Se forem antigos fãs da antiga McPhee, certamente que se divertem mais se voltarem a ouvir o seu primeiro disco. Apesar da sensação de vazio que fica após a reprodução do álbum e do maçador que podem ser 3 baladas seguidas - "Say Goodbye", "Faultline" e "Anybody's Heart" - o álbum não pode ser considerado mau e McPhee soa bastante confortável nesta sua sonoridade nova. Indubitavelmente, um álbum para atrair novos ouvintes.

Avaliação: 6,0




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[Clássico do Mês] System of a Down - Toxicity


Artista: System of a Down
Álbum: Toxicity
Data de lançamento: 4 Setembro 2001
Género: Metal alternativo, Nu Metal, Hard Rock, Rock psicadélico
Editora: American Recordings
Lista de faixas:

1 - "Prison Song"
2 - "Needles"
3 - "Deer Dance"
4 - "Jet Pilot"
5 - "X"
6 - "Chop Suey!"
7 - "Bounce"
8 - "Forest"
9 - "ATWA"
10 - "Science"
11 - "Shimmy"
12 - "Toxicity"
13 - "Psycho"
14 - "Aerials"
15 - "Arto"

Em 1998, a banda Arménio-Americana System of a Down tinha lançado o seu álbum de estreia "System of a Down". Apesar do seu moderado sucesso comercial e da aclamação crítica, ainda faltava aos SOAD estabelecerem-se no mercado musical seriamente. Portanto em Setembro de 2001 saiu isto. "Toxicity". O 2º álbum, o que mais exige trabalho dum artista, o derradeiro álbum, o que pode construir ou destruir uma carreira. O 2º álbum de System of a Down é simplesmente "Toxicity", provavelmente a sua maior obra-prima e uma das mais importantes da década. Um álbum cheio de garra, poder, peso e muito Art-Rock psicadélico, fazendo uma deliciosa michorda, obrigatória para quem quiser começar a ouvir System of a Down. As canções são feitas com bases em riffs "ensurdecedores", no bom sentido e pelos vocais talentosos e soberbos de Serj Tankian - que neste álbum domina, enquanto que nos seguidores "Mezmerize" e "Hypnotize", a voz de Daron Malakian também preenche bem o CD. A forma como as canções são tocadas... É como se os System of a Down pegassem no Nu Metal de Korn ou Slipknot e lhe juntassem uma dose de Hard Rock psicadélico à antiga, com uma gigante porção de originalidade e singularidade, criando um som puramente único. Daí as dificuldades e discordâncias quando chega ao momento de classificar o estilo de System of a Down. Canções curtas - que, apesar de acabarem demasiado rapidamente, não nos deixa a sensação de que devia haver mais ou que falta alguma coisa - as letras saltam entre as críticas políticas e sociais de "Prison Song" ou "Science", as letras aleatoriamente humorísticas de "Bounce" - "Jump!/Pogo pogo pogo pogo pogo pogo pogo!/Bounce!/Pogo pogo pogo pogo pogo pogo pogo" ou "I went out on a date/With a girl, a bit late/She had so many friends/I brought my pogo stick/Just to show her a trick/She had so many friends" - e as mensagens pouco usuais do Rock, mas que com SOAD até chegam a fazer sentido como em "Shimmy" - "Don't be late for school again". Os singles "Chop Suey!", "Aerials" e "Toxicity" são agora hinos do Rock da década e staples dos seus concertos, com o seu merecido destaque. O único defeito deste álbum será a sua exposição à mainstream, que atrai qualquer tipo de audiência. System of a Down, ultimamente acabaram por se tornar das bandas "preferidas" de pseudo-metalheads e tornaram-se referência para qualquer adolescente nervoso que esteja a atravessar uma fase em que precisa de chamar a atenção e de dizer que é extremo. Isto vem a causar também algumas camadas de haters, para além do outro tipo de pseudo-metalheads - o que ouve, propositadamente aquilo que mais ninguém conhece... pelo menos na sua turma. É claro que se pusermos de parte esses indivíduos, podemos perceber que System of a Down são uma banda genial, talentosa e criativa e certamente das mais influenciais desta última década. Aguardamos o seu regresso...





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