sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Brian Eno - Small Craft on a Milk Sea


Artista: Brian Eno (com Leo Abrahams e Jon Hopkins)
Álbum: Small Craft on a Milk Sea
Data de lançamento: 19 Outubro 2010
Género: Ambiente, Electrónica
Editora: Warp
Lista de faixas:

1 – “Emerald and Lime”
2 – “Complex Heaven”
3 – “Small Craft on a Milk Sea”
4 – “Flint March”
5 – “Horse”
6 – “2 Forms of Anger”
7 – “Bone Jump”
8 – “Dust Shuffle”
9 – “Paleosonic”
10 – “Slow Ice, Old Moon”
11 – “Lesser Heaven”
12 – “Calcium Needles”
13 – “Emerald and Stone”
14 – “Written, Forgotten”
15 – “Late Anthropocene”

Brian Eno é já um nome conhecido pelos seus fantásticos trabalhos de produção com grandes bandas como U2, Talking Heads, James, Coldplay ou Toto. No entanto também já tem o seu reconhecimento na indústria discográfica em nome próprio, com um rico currículo de discos de música ambiente que servem como banda sonora a filmes imaginários – como é o caso de “Original Soundtracks 1” que gravou com os U2, sob o nome Passengers. Apesar de também já ter gravado vários discos “a sério” – porque estes trabalhos não são propriamente a brincar – são estes que mais se destacam. E depois de um projecto com David Byrne – dos Talking Heads – em 2008, intitulado “Everything That Happens Will Happen Today”, eis que Brian Eno se junta desta vez a Leo Abrahams e Jon Hopkins para o lançamento de “Small Craft on a Milk Sea”. Projecto que começou com a gravação de músicas para a banda sonora rejeitada do filme “The Lovely Bones”. 5 dessas músicas prontas acabaram por integrar o disco. E é todo esse feeling de “soundtrack” que paira no ar durante o CD. Quase que imaginamos uma cena de filme para cada faixa e visto que não existe realmente nenhum filme acompanhado por este álbum, pode tornar-se o filme e as cenas que nós bem quisermos. Eno a tratar da parte electrónica e experimental da música, criando estruturas ambientais construídas maioritariamente à base de improviso. Existem vários momentos ao longo do CD, começando com muita calma e depois passando por outras batidas mais rítmicas e enérgicas. Encontra-se aqui as várias emoções de um filme: há momentos calmos, há momentos de acção e até um pouquinho de suspense. Para além das estruturas experimentais e improvisadas em músicas que não são feitas para nos ficar na cabeça, mas sim para dar ambiente, temos por exemplo o uso de guitarra em “2 Forms of Anger” e “Paleosonic”. Menos positivo a apontar será a conclusiva “Late Anthropocene” cuja falta de som e actividade, faz com que os seus 8 minutos de duração sejam extremamente arrastados. De resto, nada mais a apontar num álbum que não foi feito com a intenção de ser um grande álbum. É para a mood. Ou melhor, para várias moods.

Avaliação: 7,0


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