segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Kings of Leon - Come Around Sundown


Artista: Kings of Leon
Álbum: Come Around Sundown
Data de lançamento: 15 Outubro 2010
Género: Rock alternativo, Southern Rock
Editora: RCA Records
Lista de faixas:

1 – “The End”
2 – “Radioactive”
3 – “Pyro”
4 – “Mary”
5 – “The Face”
6 – “The Immortals”
7 – “Back Down South”
8 – “Beach Side”
9 – “No Money”
10 – “Pony Up”
11 – “Birthday”
12 – “Mi Amigo”
13 – “Pickup Truck”

E em Outubro saiu o esperado 5º álbum dos Kings of Leon, sucessor de “Only by the Night”, disco que lhes deu mais reconhecimento comercial. Portanto, podiam dizer que este disco é menos comercial que as vendas iam disparar na mesma. Os novos fãs já se formaram – do tipo de fãs que sabe a “Use Somebody” mas torce o nariz a “Four Kicks” e pensa “que é isto?” duma “Spiral Staircase” – logo, gentinha para comprar já há. Mas eu sou daqueles que defende com força os Followills e acho convictamente que o “Only by the Night” é uma obra-prima de se louvar, tal como qualquer outro álbum da banda. Logo, já antes do lançamento deste “Come Around Sundown” que esperava algo bom, sabendo que estes 3 irmãos e primo sabem bem o que fazem, independentemente de quanto vendem e quantas pessoas os conhecessem – como se isso fosse um factor importante. Apesar de seguir uma veia semelhante ao “Only by the Night” ainda segue a sequência de que cada disco é sempre diferente do anterior. Este é, de certa forma, mais calmo. Começa com uma faixa quase atmosférica como “The End” com um refrão simples mas eficaz, apenas com o verso “This could be the end”. Introduz bem o disco – de forma algo irónica, começar o álbum com uma música chamada “The End” – e segue-se então o single “Radioactive”, que já todos devem conhecer. Uma fantástica composição, com um refrão de se colar à cabeça e ser constantemente repetido na nossa mente ao longo do dia, com direito a coros. Capta-nos a atenção desde o preciso momento em que aquele riff se inicia. De seguida, uma canção espiritual como “Pyro” e outra enérgica e apaixonante como “Mary”. Se em “The Face” não há nada específico a apontar, a não ser o facto de ser uma canção à Kings of Leon – não, não soa como o “Aha Shake Heartbreak”, peço desculpa – em “The Immortals” o que se explora aqui em grosso é a escrita de Caleb Followill, numa das letras mais profundas e sentimentais que ele já possa ter escrito. Um pouquinho de música Country pura em “Back Down South” e uma curta e rítmica música quase dançável, intitulada “Beach Side”, que estranhamente nem era para fazer parte do disco, mas sim um B-Side – daí o título “Beach Side” – algo estranho para a música orelhuda que é, apesar da sua simplicidade. Uma das músicas mais “rockeiras” do álbum, “No Money” abana bem o disco e é mais ou menos como uma “Crawl” do “Only by the Night”, “Black Thumbnail” do “Because of the Times” ou “Four Kicks” do “Aha Shake Heartbreak”. “Pony Up” agarra o ouvido com o seu riff inicial feito à base do baixo e em “Birthday” há mais um brilhante trabalho de refrão. “Mi Amigo” é uma situação semelhante a “The Face”, mas “Pickup Truck” e o seu emocional refrão e toda a sua abordagem duma ponta à outra, faz com que seja uma das faixas de maior destaque do álbum e que eu acho que seria perfeito para o próximo single. É um trabalho que, mesmo algo simples e calmo, não deixa de ser um excelente trabalho por parte destes jovens, que com certeza que ainda têm muito para dar. Um disco que se adapta a várias “moods” e que dá sempre para se ir ouvindo quando não se sabe bem por que optar – os KoL por acaso sabem bem fazer isso, já desde o “Because of the Times”. “Haters will hate”, mas é um excelente álbum, a destacar e a recomendar.

Avaliação: 9,1


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