segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Duffy - Endlessly


Artista: Duffy
Álbum: Endlessly
Data de lançamento: 26 Novembro 2010
Género: Pop Rock, Soul, R&B, Soft Rock
Editora: A&M Records, Mercury Records
Lista de faixas:

1 – “My Boy”
2 – “Too Hurt to Dance”
3 – “Keeping My Baby”
4 – “Well, Well, Well”
5 – “Don’t Forsake Me”
6 – “Endlessly”
7 – “Breath Away”
8 – “Lovestruck”
9 – “Girl”
10 – “Hard for the Heart”

Parece que foi há muito pouco tempo que Duffy surpreendeu o mundo com um hit como “Mercy” e que mostrava um futuro potencial na música. Mas depois disso já passou um tempito e já deu tempo para esta jovem Galesa reinar em vendas, hits na rádio e estabelecer a sua fama. Também já deu para parar e entrar em estúdio para trabalhar naquele difícil segundo álbum, aquele que decide tudo. E com uma audição a estes 10 temas ficamos com a sensação vazia de ter ficado muito aquém da expectativa e não se encontra quase canção nenhuma que cative de imediato. E aqui não se pode falar em audições repetidas para acostumar-se ao disco, pois era precisamente isso que se destacava em “Rockferry”. Com uma audição apenas, já havia temas que se entranhavam de imediato. Aqui temos o single “Well, Well, Well” – que se torna uma daquelas estranhas canções com uma parte imune a ruído, não ouvimos bem a música, mas ouvimos sempre aquela parte, sem sabermos bem o que se está a passar – e pouco mais. Uma outra arma forte no anterior “Rockferry” foi a voz de Duffy, que quer se goste ou quer se ache irritante, deve ser inevitavelmente reconhecida como marcante e talentosa. Aqui neste segundo aproveitou-se disso e tentou construir o álbum à volta da sua voz – com um investimento mais discreto na instrumentalização – mas não parece estar a fazê-lo da melhor forma, como se, em vez de utilizar a voz com naturalidade, se esforçasse demasiado para dar-lhe força. E daí, temos vários momentos em que a voz lhe treme de forma pouco natural que quase soa a gozo. Mas, há que ter em conta que vendo o álbum em si não tem nada de mal, até é um disco agradável ao ouvido, suave, sem se estender a eixos desnecessários ficando-se pela sua simples e curta duração de pouco mais de meia hora, apesar de não haver nenhuma canção que nos agarre com a força que fez “Mercy” anteriormente, ainda há aqui algumas melodiazinhas engraçadas. O único problema aqui é mesmo a relação que tem com o anterior, que tendo o dever de o superar, fica muito atrás. Uns culpam a voz, outros acham que podia ser apenas sucesso passageiro, uns simplesmente acham muito difícil superar a genialidade de “Rockferry”, outros simplesmente acusam a parceria com o produtor Albert Hammond – singer-songwriter, pai de Albert Hammond Jr., guitarrista dos The Strokes. O certo é que, apesar de ainda ser um CD jeitosinho, é fraco para um segundo álbum. A sua carreira ainda está sólida, mas se este “Endlessly” fosse como “Rockferry”, já estava mais que bem estabelecida.

Avaliação: 7,1


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