quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Combichrist - Making Monsters


Artista: Combichrist
Álbum: Making Monsters
Data de lançamento: 27 Agosto 2010
Género: Aggrotech
Editora: Out of Line, Metropolis Records
Lista de faixas:

1 – “Declamation”
2 – “Follow the Trail of Blood” (com Brandan Schiepatti dos Bleeding Through)
3 – “Never Surrender”
4 – “Throat Full of Glass”
5 – “Fuckmachine”
6 – “Forgotten”
7 – “Just Like Me”
8 – “Slave to Machine”
9 – “Through These Eyes of Pain”
10 – “Monster:Murder:Kill”
11 – “They”
12 – “Reclamation”

E em Agosto chega o 5º álbum de originais dos Combichrist, “Making Monsters”. E já se sabe qual o pacote a esperar: um bom aglomerado de dança, agressividade, electrónica, peso e obscenidades. Aquilo a que estes Noruegueses nos têm habituado nestes 7 anos de carreira. O que há de bom na música dos Combichrist é o facto de não necessitar de factores novos a acrescentar na sua música, visto que já todo o estilo em si é uma constante exploração. Também não é uma banda que ande aí a bailar na mainstream, e a sua legião de fãs é daquelas que pede mais do bom, variações não são muito necessárias. E com o Aggrotech, esse estilo de música, cujas bandas conseguem meter muitos projectos de Dance no bolso. Com essa pouca variação no estilo e diferente abordagem de canções, este “Making Monsters” assenta-se bem no catálogo dos Noruegueses. Qualquer um que decida começar a ouvir Combichrist, pode começar tanto por este como por qualquer outro, visto que nenhum deles representa um ponto específico de destaque na carreira e com qualquer disco é possível uma viagem ao longo de diferentes canções que conseguem ser tanto dançáveis como pesadas – isso já conhecemos bem dos Combichrist. Desde a curta introdução “Declamation” que temos um beat que já serve para aquecer e para nos avisar do que aí vem. E logo a seguir “Follow the Trail of Blood” já por si só consegue fazer o trabalho de cativar o agitado ouvinte e de mantê-lo agarrado com um excelente trabalho industrial de sintetizadores, fortes beats, vocais e refrão potentes e uma participação especial de Brandan Sciepatti, vocalista da banda de Metalcore, Bleeding Through. De resto, aqui se encontra a tal abordagem em fazer canções diferentes e procurar novo conteúdo violento e obsceno como em “Throat Full of Glass”, “Fuckmachine”, cuja letra talvez deixe algo a desejar – “You’re such a dirty whore/You’re such a fucking slut/You’re a filthy slut/You’re my fuck toy/You’re a fucking toy/You’ll get what you deserve/That’s fucking beautiful” – mas ao fim e ao cabo é disto que os Combichrist nos habituaram. “Forgotten” é um exemplo de música quase improvisada sem vocais de princípio ao fim, tudo instrumental industrial/electrónica; há o início quase aleatório de “Slave to Machine”, reminiscente de música noise, antes de irromper num orelhudo beat; a estranha calma – algo pouco usual na música destes tipos – em “Through These Eyes of Pain”; e o uso de vozes robóticas – que já não são muito usadas nos dias de hoje, um pequeno recurso à electrónica “vintage”- em "Monster:Murder:Kill". Alguns dos destaques presentes neste disco. Para bom conhecedor de Combichrist, este álbum é mais que recomendável, o grupo de Andy LaPlegua e companhia brilha no que toca a manter o seu público-alvo fixo e em ganhar uns quantos novos, interessados num estilo de dança diferente. Muito diferente da que se ouve por aí.

Avaliação: 8,2


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