sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

The Black Eyed Peas - The Beginning


Artista: The Black Eyed Peas
Álbum: The Beginning
Data de lançamento: 30 Novembro 2010
Género: Pop, Hip Hop, Electrohop, Dance, Techno
Editora: Interscope Records
Lista de faixas:

1 – “The Time (Dirty Bit)”
2 – “Light Up the Night”
3 – “Love You Long Time”
4 – “XOXOXO”
5 – “Someday”
6 – “Whenever”
7 – “Fashion Beats”
8 – “Don’t Stop the Party”
9 – “Do It Like This”
10 – “The Best One Yet (The Boy)”
11 – “Just Can’t Get Enough”
12 – “Play It Loud”

Dói. Doeu bastante ouvir a “I Gotta Feeling” 25 vezes por dia. Realmente uma música genial de versos repetidos e um beat feito às três pancadas – com 3 pancadas fazem-se beats melhores. Doeu quando saiu tal atrocidade como a “Boom Boom Pow”. Doeu qualquer single que tenha saído de “The E.N.D.”. Mas ainda dói mais saber que os The Black Eyed Peas anteriormente até nem eram nada maus… Mas depois de um “Monkey Business” medíocre, heis-que chegou o descalabro total e o seu resultado já o conhecemos bem, especialmente este último Verão. Logo, este “The Beginning” – sequela do “The E.N.D.” para já terem logo uma noção – é um álbum doloroso. Não estou a mentir quando digo que ia progressivamente diminuindo o volume das minhas colunas, porque o som tão mau, a música tão má tornava-se incomodativa. E também não exagero quando digo que isto consegue ser, à vontade, um dos piores lançamentos do ano. As 12 canções que aqui se encontram, soam àquilo que qualquer DJ de nome soante que ande por aí a animar não-sei-quantas “Club Nights” pelo país fora faça como banda sonora duma pesada e ridícula ressaca. Faixa após faixa. Nem sei por onde começar. É realmente muito bom deixar-se cair na miséria do mercado e fazer o que vende mais. Tem um beat chorudo que faça a juventude sem gosto próprio dançar? Óptimo, é usá-los até à exaustão e aqui só há beats repetidos, electrónica azeiteira, pormenores “experimentais” – já para não dizer à sorte – e estrutura de “dancefloor hit” que deve fazer os Daft Punk chorar de riso ou de vergonha e até fazer os Scooter corar. Também é muito bom “ligar a voz à maquina” e distorcê-la de modo a que soe… robótica? Futurista? Parva? Nem sei. Se o futuro da música fosse assim, estávamos bem aviados, qualquer um era uma “pop star” – e é quase assim, se formos a ver bem. Se restam dúvidas quanto à natureza foleira e gasta das músicas – ou “futurista” e revolucionária, como afirma will.i.am – então basta ouvir o single “The Time (Dirty Bit)”, com o seu grotesco assassínio a “(I’ve Had) The Time of My Life”, e que eu temo que se venha a tornar outro hit para os involuntários ouvintes de rádio terem que gramar. E como se não fosse suficiente a música ser terrivelmente má, ainda tem o facto de se tornar aborrecido. É tão “louco”, tão experimental, tão novo, que a meio do disco já há a impressão de estarmos a ouvir as mesmas tretas que tínhamos ouvido há pouco tempo. Nem há muito a dizer, há mais coisas a evitar a dizer, e prefiro ficar-me por aqui numa das críticas que me teve mais perto de dizer palavrões no texto. É que não há paciência para coisas destas…

Avaliação: 0,6


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