Artista:
Lamb of God
Álbum:
Resolution
Data de lançamento: 24 Janeiro 2012
Género: Groove Metal, Metalcore
Editora: Epic Records, Roadrunner Records
Lista de faixas:
1 –
“Straight for the Sun”
2
– “Desolation”
3
– “Ghost Walking”
4
– “Guilty”
5
– “The Undertow”
6
– “The Number Six”
7
– “Barbarosa”
8
– “Invictus”
9
– “Cheated”
10
– “Insurrection”
11
– “Terminally Unique”
12
– “To the End”
13
– “Visitation”
14
– “King Me”
Os Lamb of God fazem parte de uma onda de bandas
Americanas que atingiu sucesso na primeira metade da década anterior e
conseguiram levantar a orelha a muitos dos ouvintes mais novos da música
pesada. Partindo do Metalcore e desenvolvendo o seu próprio som pessoal mais
Groove, hoje em dia associámos rapidamente os Lamb of God ao seu som
característico. Assim, ao sétimo álbum “Resolution”, a tarefa dos Lamb of God é
provavelmente manter-se iguais a si mesmos, enquanto o souberem fazer.
É aí que reside a divisão de opiniões no que toca
a cada disco novo da banda: uns acham que o grupo assim se mantém porque assim
deve e não faz sentido mudar nada, o que se quer é uma data de malhas e que dê
para se pôr bem alto. Outros encontram aqui uma hora de aborrecimento e
redundância.
Depende também muito da demografia à qual se
intenciona projectar, pois afinal o que existe neste álbum são temas como os Lamb
of God bem sabem fazer e nos habituaram a fazer. Não é caso para dizer que a
banda está cada vez melhor, porque isso é difícil. O mais considerável é
reconhecer os primeiros três ou quatro discos da banda como o pique da
popularidade e da originalidade da música da banda e desde então para a frente,
a banda apenas tinha que manter o seu estatuto sem cair num desagradável
esquecimento.
Querem malhas simples e brutais? Aqui neste disco
encontram do mais simples e brutal em faixas como “Desolation”, “Cheated” ou “Visitation”
que funcionam como a desculpa mais-que-perfeita para se saltar para o meio da
moshpit. A principal exigência é um bom riff cheio de Groove? “Ghost Walking”
está lá bem para isso e “To the End” parece rebentar da semente de um estudo de
uns quantos capítulos do manual de instruções de Dimebag – já é habitual o som
dos LoG soar a sucessor de Pantera em qual quer que seja o trono em que eles
estivessem. Se um requisito notório também for umas quantas melodias que se
balancem bem entre o brutal e o orelhudo, destaco “The Number Six” para esse
propósito.
No entanto, no meio de todo o material de hábito
que resulta de um conhecimento integral dos fãs por parte da banda – eles não
devem pedir muito mais que o já mencionado acima – tem que haver sempre alguns
factores que mostrem que a banda sabe como se mobilizar em vez de se alapar
confortavelmente no mesmo sítio. A faixa de abertura “Straight for the Sun”
apresenta-nos um interessante riff com tons de sludge que abre interesse para o
resto do disco, a experiência mais limpa de “Insurrection” e o principal
destaque de todo o registo: “King Me” que com as suas partes narradas, arranjos
orquestrais e voz feminina no background torna-se a canção mais interessante de
todo o álbum e muito provavelmente se pode considerar – no meio de muitas
malhas antigas – uma das melhores músicas e mais épicas de toda a carreira dos Lamb
of God.
De modo geral, é um disco que caminha sempre rente
ao habitual e esperado da banda sem dar grandes passos na direcção do risco e
vai apenas procurando a maturidade naquele som que já sabem fazer, que lhes é
característico e que podem reclamar como sendo seu. Portanto vai passar ao lado
de alguns dos ouvintes com menos devoção, porque acaba por soar a um “Wrath,
Part II” se não for ouvido com os ouvidos de fã mais erguidos. No entanto, é
como já afirmei, o grupo já caminha para o território de veteranos e hoje em
dia já não estão na fase de se tornarem ainda melhores. O disco cumpre o seu objectivo
de fazer com que a banda se mantenha, mas não que se exceda ou supere.
Avaliação: 7,6